Boa leitura
Jeff Aproxima-se lentamente, com um brilho nos olhos e um sorriso macabro, finalmente estava fazendo o que ama fazer, caçar sua pobre presa indefesa.
Ramon pegou um dos objetos pontiagudos que estava utilizando para torturar Maya, que permanecia desmaiada devido a dor que estava sentindo. A ponta de seus dedos sangrava, fazendo com que gotas caíssem no chão branco, aumentando gradativamente a raiva de Jeff.
Jeff sabia muito bem que Ramon não tinha a menor chance com aquele alicate. Afinal, quem poderia detê-lo agora? Ele estava solto, e finalmente poderia fazer o que ama, é finalmente, poder punir o imprestável que causou-lhe tanto horror.
Ele nunca teve motivos para lutar, até tentou, mas nada era suficiente, ele nunca teve motivos para levantar qualquer força real. Apenas esperava pela morte, mas, até lá, brincaria com cada funcionário que cruzasse seu caminho maldito. Mas, uma moça acabou fazendo o que nenhuma outra pessoa fez em toda a vida infeliz do homem, fez seu coração bater.
E aquele coração agora poderia bater de verdade por um único sentimento puro dentro de si, um único sentimento que não buscava um caminho cheio de sangue e morte. Aquele coração poderia bater por Maya.
Por isso, não mediu esforços para derrubar Ramon no chão, e cortá-lo em todos os lugares que o mesmo o cortou, Ramon chorava por misericórdia, mas, Jeff não sabia o significado dessa palavra.
Jeffrey gargalhava, feliz por estar acabando com aquela "fruta podre". O estômago de Ramon já era visível, assim como boa parte dos órgãos internos, Ramon sabia que não tinha salvação, então apenas queria permitir que a morte o conduzisse.
— Jeff…
A voz fraca de Maya ecoa, fazendo Jeff voltar-se para a mesma naquele exato momento.
— Jogue ele...no buraco…
— Não! — Ramon grita.
— Ele tem que morrer dentro do covil podre que criou...com todas aquelas pessoas inocentes…
— Apenas me mate Jeff! Faz o que gosta! Vamos!
— Você não merece nem que minhas mãos te matem.
Jeff se aproxima do mesmo, segurando em seus cabelos, o arrastando até o local. Ramon lutava para manter seu estômago dentro do corpo, para que ele não ficasse pelo chão do lugar inteiro. Maya via aquilo com os poucos flashes de luz que podia ver, ainda estava fraca para levantar.
— Por favor... não!
Jeff joga Ramon naquele buraco, fazendo o mesmo estourar-se no chão, ao lado de todas aquelas pessoas que nunca mereceram estar ali. Com um sorriso no rosto, Jeff retorna a sala, socorrendo Maya.
— Vamos sair daqui.
Jeff põe a moça nos braços, e passa por todos os funcionários que estavam assustados com aquilo, alguns atiraram no mesmo, fazendo com que ele caísse no chão.
— Chega!
Maya grita, vendo todos os funcionários parando imediatamente, alguns imaginavam que Jeff estava sequestrando a mesma.
— Eu vou levá-lo comigo, ele ficará sobre minha custódia!
— Doutora, a senhora sabe o que está tentando fazer? Quer soltar um assassino?
— O único assassino aqui era Ramon, e agora ele está morto.
Os funcionários trocaram olhares, indignados com a situação.
— Eu vou com Jeff, e vocês vão me dar a custódia dele, ou contarei tudo o que faziam aqui.
— Sendo assim, enviaremos os papéis.
— Que assim seja.
Jeff volta a pegar a mesma nos braços, e sai do lugar, correndo em direção ao estacionamento. Maya entregou-lhe as chaves de seu carro, e Jeff dirige pelo caminho que a mesma guiava.
Chegando na frente da casa da moça, ela já sentia-se melhor e conseguia andar, por isso, destrancou a casa, empurrando Jeff para dentro.
— Você percebe o que eu tô fazendo?
Jeff faz sinal positivo com a cabeça.
— Não me traga problemas, você já sabe como isso acaba.
Maya pega seu telefone, e liga para Richard, seu amigo médico, sua aparência sempre chamou a atenção na faculdade, um loiro de olhos azuis, que tornou-se seu grande amigo, e basicamente, a única pessoa que saberia da presença masculina na casa. Maya e Jeff tomam um banho quente, retirando toda a sujeira daquele lugar.
— Eu acho que tenho alguma roupa do meu pai por aqui, espere um pouco.
Maya revira seu guarda roupa, até achar uma calça azul antiga de seu pai. Toma um susto ao virar-se e esbarrar em Jeff pelado em sua frente.
— Aí meu Deus! O que você tá fazendo?!
— Esperando.
— Tá, toma, veste isso. — Maya empurra a calça no peito do mesmo.
Ela escuta batidas na porta, e vai correndo abrir. — Você vai me explicar o que droga está ocorrendo. — Disse Richard, irritado.
— O que merda aconteceu com você? E quem é o cara que parece um ex lutador? — Fala, olhando os dois de cima a baixo.
— Olha, só me faz esse favor, eu fico te devendo uma.
— Você não é de arrumar encrenca Maya.
— Por favor, não conte nada disso a ninguém.
— Tudo bem, não vou contar.
Richard cuida dos ferimentos, retira as balas das costas de jeff, Maya inventa qualquer desculpa para aquela situação e manda o mesmo embora, precisava pensar agora em como abrigar um assassino em casa. Maya o olha, estava pensativo, até parecia ser alguém normal, mas, Maya sabia que não era.
Porém, por hora, ela preferiu dormir. Arrumou sua cama, e organizou um lugar no sofá.
— Você fica na cama, está mais machucado do que eu.
— Não. — Jeff segurou o pulso da mesma.
— Não quero ficar sozinho.
Maya admirou aquelas palavras, por isso, puxou a coberta e deitou-se ao lado do mesmo, receosa, mas, talvez não custasse nada tentar.
— Boa noite, Jeff.
— Boa noite, doutora Maya.
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The Experiment
FanfictionCONCLUÍDO Até onde um psicopata iria para conseguir aquilo que quer ? Até quando, ele torturaria as pessoas, e retiraria aquilo que lhe fosse útil, e depois jogasse fora? Como poderia agir, de tal forma, uma mente insana? FanficObsession