─ ❝Eu vivi a minha vida inteira seguindo um único lema: A gangue na frente. Sempre.
Mas isso foi quando eu não conhecia Nailea Devora
A Baixinha com aqueles maravilhosos olhos castanhos e um corpo que faria todo homem rastejar. Foi idiota achar que...
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Vinnie
"Quer me contar o que está acontecendo nessa cabeça?" Nailea finalmente me questiona. Desde que cheguei ontem a noite da escola, e Harold começou a alucinar sobre Landon, eu não parava de pensar nisso. Eu busquei Nailea na escola hoje, e nós viemos para o lago. Busquei, porque não fui a escola. Apenas não queria.
Normalmente, eu iria dizer para ela que não era de sua conta ou apenas fazer uma piada para afastar o assunto, mas eu sabia que se quisesse que isso entre nós funcionasse, e eu queria, teria que ser o mais honesto possível, mesmo que isso não significasse muito.
"Estou apenas pensando no meu pai. Meu pai adotivo." Nailea se vira na grama para poder me encarar. Estávamos deitados na beira do lago, ela deitada em meu peito e nos estávamos olhando para o céu. Agora, ela me encarava com seu selvagem cabelo castanho caindo no rosto. Tiro algumas mechas de seu olho. "Ele tem câncer. É ruim. Bem ruim." Eu fui treinado desdos dez anos a não demonstrar meus sentimentos, mas Nailea não tinha a mesma habilidade. Desde antes da gangue, eu já está envolvido em bastante coisa, então não podia demonstrar minhas fraquezas... Mas ela tinha um brilho de tristeza em seus olhos. "Quando ele me acolheu, eu ganhei não só um pai, mas uma família inteira. Harold tinha adotado uma menina, que na época tinha cinco anos, Charli, e os pais de Kio e Chase eram muito amigos dele, então nós crescemos como irmãos. Eu, Charli, Kio, Chase e Blake, irmão de Chase." Ela escuta a cada palavra atentamente, enquanto eu apenas mexia com seu cabelo. Ela não piscava. Deus, ela era linda. "O bar foi um negócio que Harold herdou de seus pais, e assim por diante. O pessoal que vai lá é bastante unido, e da família." E, claro, nós tínhamos uma gangue que eu pretendia liderar assim que meu pai batesse as botas, penso. Mas Nailea não entenderia. Ela, assim como Gina, iria embora, e eu não podia deixar isso acontecer. Não com ela."Sinto muito, Vinnie." Eu ouvi isso a minha vida inteira. Sinto muito pelos seus pais, ou, Sinto muito por Harold, ou, Sinto muito pela sua irmã... Eram todos sem sentido. Nunca tinha visto uma real sensação de perda nos olhos de alguém ao falar isso... Até agora. Parecia que Nailea sentia o que eu sentia.
Ela deita novamente em meu peito, e eu continuo fazendo carinho em seu cabelo, deixando a leveza dos fios me acalmarem. Preciono um beijo na sua cabeça.
"Eu também, baixinha, eu também..." Falo.
Ficamos assim por segundos, minutos, horas, ou talvez até dias... Não percebi. Não me importei. Eu sentia tanta paz naquele momento, que se não fosse pela vibração do meu telefone naquele exato momento, eu poderia jurar que ficaria ali para sempre.
Impeço Nailea de se mexer, e sinto uma risadinha vibrar de seu corpo para o meu. Eu amava essa risada.
Assim que vejo o nome de Chase na tela do meu telefone, atendo."Ei, cara. O que foi?" Falo, e logo percebo que ele parece um pouco nervoso. Nailea começa a arrastar seu dedo indicador para cima e para baixo no meu abdômen.
"Bem, ataque a um hotel. Vários caras armados. Parece conhecidência?" Eu sorrio. Parece que Hunter Moonlight recebeu a mensagem.
Nailea começa a rebolar. Merda, ela não vai... Sim, ela vai. Assim que ela começa a beijar meu pescoço, arrastando sua mão para o novo volume nas minhas calças, enquanto montava em mim, eu soube exatamente o que ela estava fazendo. Vingança, pelo nosso pequeno episódio no refeitório.
