Ten; Feelings.

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- Obito? - Sussurrei em meio aos soluços, causados pelo choro
- Ha quanto tempo. - Ele disse enquanto não soltava meu corpo

Naquele momento, quando essas palavras saíram de sua boca, eu tive certeza que não era apenas um sonho, que não havia enlouquecido de vez, era tudo real. Seu corpo colado ao meu exalava alívio ao me encontrar, ao me ter em seus braços, meu corpo relaxou, percebi que tudo que eu queria há muito tempo era esse sentimento, essa tranquilidade, algo que ele sempre me trouxe.

O estranho era entender esse sentimento, já tentei com tantas mulheres, incluindo tsukine que é uma mulher incrível, porém nenhumas chegou minimamente perto do sentimento que tenho por Obito.

- Como sabia que estaria aqui? - disse se afastando minimamente de seu corpo, estando agora a poucos centímetros de distância
- Nunca perdi o contato com Sasuke, ele me ligou e algo me disse que eu precisava vir, acho que estava certo - Ele disse em um tom confiante, abrindo um lindo sorriso ao final da frase.

O silêncio pairou sobre o ambiente, eu precisava dizer algo para ele, mas o que? Nada saia da minha boca, estava paralisado, gostaria de parar nesse momento para sempre, gostaria de tê-lo para sempre, gostaria que isso fosse possível.

Depois de um curto tempo, que pareceu uma eternidade, Sasuke bateu a porta, Obito se virou rapidamente, "Tsukine ligou" o homem mais novo disse, a última pessoa que gostaria de ver naquele momento era ela, o Uchiha se retirou e Obito me olhou novamente.

- Lave o rosto e converse com ela. Vou te levar a um lugar depois. - Ele pronunciou e se retirou do pequeno cômodo.  Tudo que queria era resolver meus problemas rapidamente para poder voltar aos seus braços o mais rápido possível.

Com isso em mente, retirei meu celular do bolso, que havia percebido apenas agora que estava vibrando, olhei a tela e vi a notificação de inúmeras chamadas perdidas de Tsukine, ainda relutante, atendi a chamada. 

- Mas que porra, Kakashi, onde caralhos você está? Temos uma reunião importante agora, como pôde se esquecer? - Ela esbravejou rapidamente, me deixando atordoado, "caralho" foi o que eu pensei, como poderia ter esquecido a reunião.
- Ok, estou a caminho - Foi a única coisa que consegui dizer e logo desliguei o telefone, a última coisa que eu queria era ouvir mais xingamentos dela, já tinha entendido o recado.

Saí apressado do cômodo, o rosto vermelho do choro foi substituído por uma cor pálida de medo, peguei as chaves do carro que havia deixado na cômoda perto da porta, abri a mesma rapidamente e sem ao menos dar alguma satisfação, entrei no carro, quando estava o ligando, um outro homem entrou no veículo, olhei de forma assustada para o banco do carona, mas me tranquilizei quando percebi que era Obito.

- Onde caralhos você tá indo com essa pressa toda? - Ele perguntou de forma confusa
- Eu esqueci da porra da reunião que eu tenho, Tsukine me ligou milhares de vezes, como eu esqueci isso? - Proferi como um desabafo e liguei o carro.
- Que reunião é essa que é tão importante?
- Um patrocinador importante do desfile que minha empresa vai fazer - Respondi enquanto acelerava pelas ruas, dirigia como um louco, porém a adrenalina e o medo falavam mais alto.
- E você precisa quase atropelar a velhinha na rua por causa disso? - Ele insistia
- Mas é claro, porra, se eu não conseguir esse patrocinador, não tem desfile. - Disse já perdendo o último fio de calma que me restava.

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- Tsukine, estou aqui - Disse esbaforido me aproximando da mulher que se encontrava ansiosa ao lado de fora da sala de reunião
- Finalment... - Ela interrompe a frase ao perceber quem caminhava atrás de mim, então sem dizer mais nada, ela entrou na sala e se calou.

Adentrei a sala e observei meus patrocinadores, o medo de te-los irritado era grande, mas precisava tanto disso que apenas prosegui como se estivesse tudo bem, pedi desculpas pelo atraso e comecei a minha apresentação.

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Depois de longas horas tentando convencê-los que éramos uma boa empresa, conseguimos o patrocínio, o que significava que conseguiria fazer o desfile, mas também que estava exausto por ter tido um dia tão longo e cheio de emoções.
Exausto, entrei na minha sala, em busca de refúgio, voltar para casa estava fora de cogitação, não aguentaria ver Tsukine, porém esqueci completamente quem estava me esperando há horas. Dei de cara com Obito, sentado em minha cadeira, aparentemente cansado de tanto esperar.

- Você ficou.. - Sussurrei um pouco surpreso
- Eu não quero mais fugir. - Ele disse se levantando da cadeira e andando até mim em passos largos, me apressei em fechar a porta e esperar o contato.

Ao chegar até mim, o homem me beijou, nossas línguas estavam em sincronia, suas mãos exploravam meu corpo, sedento por cada pedaço, fui empurrado na parede com força, ficando completamente entregue aos seus braços.
Infelizmente, alguém bateu a porta, interrompendo nosso contato abruptamente pelo susto, a abri e fui surpreendido pela faxineira do local.

- Matsuri, desculpe, já estou de saída, não irei te atrapalhar - disse recolhendo minha bolsa de cima da mesa e chamando Obito para me acompanhar.
- Tudo bem, tenha uma boa noite - Ela disse em meio a um sorriso caloroso.

- Quem é ela? - O homem sussurrou
- Matsuri Kiw, a faxineira do prédio, geralmente ela entra quando a empresa fecha, acho que demoramos um pouco.
- Ainda vamos terminar isso. - Ele disse enquanto entrávamos no elevador.
- C-Certo - Gaguejei, aquela sensação era nova, geralmente eu que fazia esse tipo de provocação, porém agora estava completamente vulnerável a suas ações e palavras.

Saimos do elevador e nos encaminhamos para o carro, onde entramos e eu comecei a dirigir, agora com mais calma.
Porém, no meio do percurso Obito me lança um olhar diferente, que vejo com minha visão periferica, suas mãos começam a se aproximar da parte interna da minha coxa, pressionando contra meu membro, agora ereto, o lancei um olhar como quem perguntava, "o que você está fazendo?", ele apenas balançou a cabeça para eu focar na direção novamente e começou a subir sua mão lentamente para a barra da minha calça.






Continua...

Amor proibidoOnde histórias criam vida. Descubra agora