1.(10) A jovem senhorita tímida e seu príncipe moderno.

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1.(10) A jovem senhorita tímida e seu príncipe moderno.

Mellyn ergueu a mão até o rosto, sentindo o toque úmido sobre os dedos.

Esses eram os sentimentos da Melly original? Ou ela passou a se importar mais do que o devido com esse mundo?

Sendo sincera, desde que entrou nesse mundo ela nunca planejou se envolver mais do que o necessário, porque ela sabia que, cedo ou tarde, ela iria embora.

Era uma despedida inevitável.

Mellyn nunca gostou de despedidas emocionantes ou sentimentais, por isso, desde o início, nunca esteve em seus planos se envolver profundamente com qualquer pessoa daqui. Ela esperava apenas manter tudo o mais superficial possível mas...

Ela estava confusa agora.

Sendo realista, até que ponto ela podia separar os seus sentimentos dos da Melly?

Ela não sabia, mas quanto mais ela olhava para essa casa e as fotografias a sua volta, mais as lembranças se tornavam dolorosas.

Mellyn respirou fundo, pegou as chaves do carro e dirigiu rua a fora. Ela se sentia sufocada ali dentro e precisava de um tempo para respirar.

Esse mundo mexia mais com ela do que o esperado.

Era tarde, as ruas, iluminadas pela lua e as luzes da rua, excerto por alguns comércios e pessoas noturnas, estavam vazias, o vento frio da madrugada entrava pela janela entreaberta se chocando contra seu rosto, refrescando um pouco da sua mente conturbada.

No fim, seu passeio sem rumo acabou levando a até a frente de um prédio, porque era tarde da madrugada as luzes estavam apagadas, muito diferente da brilhante KML durante o dia.

Ela mesma não sabia porque veio até aqui, apenas queria desabafar um pouco desses sentimentos pesados e, antes que percebesse, já havia dirigido até esse lugar.

Mellyn olhou para a rua deserta se perguntando se deveria entrar.

Já fazia dois dias desde que ela não vem até o estúdio de música, ultimamente as construtoras entrou em um novo projeto que exigiu sua atenção. Ela não podia negar que sentia saudades de sentir o cheiro amadeirado do piano ou o sentimento da melodia fluindo pelas suas mãos.

A habilidade de apreciar uma boa música como se aprecia um bom vinho também foi algo que ela aprendeu com a Melly original.

...

No fim, Mellyn não conseguiu resistir e acabou entrando para dar uma olhada. Por sorte, ela esqueceu o cartão de acesso mestre no porta luvas do carro da última vez, por isso não houve dificuldades para entrar no lugar.

O estacionamento subterrâneo, assim como o esperado, estava vazio, ela olhou no relógio, eram 01:20.

Mellyn caminhou até o elevador com apenas a luz fraca do estacionamento iluminando o caminho.

Apesar do clima sombrio, ela não se sentia amedrontada, porque estava familiarizada com o ambiente atual; devido ao seu envolvimento com a KML ainda ser um segredo, Mellyn frequentemente vinha até o estúdio durante a madrugada, evitando a vista do público.

Mellyn desceu do elevador, estranhamente, diferente do silêncio comum ouvia-se um fraco som ao longe.

Ainda havia alguém aqui a essa hora?

Mellyn não resistiu a curiosidade e seguiu o som atravéz do corredor escurecido.

Normalmente, não era incomum para os artistas terem um lapso de inspiração e começarem a compor no meio da madrugada, sendo mais precisa, muitas grandes obras foram feitas no silêncio da madrugada.

O Contra-ataque da Vilã (Transmigração rapida)Onde histórias criam vida. Descubra agora