MEU AZARADO DESTINO! FINALIZADO!!!

11

Não sei quanto tempo durou, ou quanto tempo deixei de sentir algo, mas minha mente começou a assimilar tudo, flashbacks rodavam minha mente como uma fita cassete estragada, ao mesmo tempo que minha consciência gritava, tudo estava um completo silêncio, ao olhar pra fora vejo que o dia já amanheceu.

A batida do relógio marcando que são 8 da manhã me faz piscar, não sei quanto tempo estou assim, mas me levantando, vou ao banheiro banhar, não sei se agia só no automático, ou se realmente aquela vida não significou nada pra mim, poderia dizer que isso tudo está tão rápido, mas entendia, talvez agora eu entenda mais que antes e amanhã mais que hoje.

Preciso de um café.

Logo após de um bom banho e de escovar os dentes, ouço a batida familiar de todas as manhãs na porta, amarrando meu cabelo e colocando uma roupa adequada, vou até o morto e pego minha chave, indo destrancar a porta.

- Bom dia. - Dou um sorriso genuíno prós três. - Querem café ? - Abro mais a porta, mas nenhum entra ao reparar no meu encosto. - Ah claro, esqueci de avisar, ganhei um encosto pra os pés, o que acharam? Não é uma gracinha? - Então passando por mim Celeste corre até ele e remexe nele todo.

- Ela.. - Olha prós lados até achar a cabeça do cara ( não a de cima hein?) - CORTOU A CABEÇA DO PÊNIS DO CARA! - Disse logo arrancando numa risada histérica, que parecia a mistura de uma moto com uma baleia morrendo.

- Na verdade eu mordi - Az me olha como se me visse pela primeira vez ali, seus olhos estavam arregalados.

- Me diga pra nunca, nunca deixar o meu a vistas, não quero ter que ter o mesmo fim que esse cara.

- Só não me abuse e achando que vai sair ileso. - Pisco pra ele.

Então Aszel entra e começa a olha pra ele todo, mexendo, como se pudesse voltar no tempo e saber como foi isso tudo. Mas Miguel permanece na porta.

- Yully? Você está bem? Como isso aconteceu ? - Pega na minha mão com delicadeza. - Se não se sentir confortável pra falar sobre, tudo bem. - Meus olhos se arregalam ao ouvir suas palavras.

- Tá tudo bem, entra e eu explico pra vocês.

Depois de sentarmos e eu explicar em detalhes o ocorrido, todos me olhavam de forma diferente, mas ainda sim orgulhosos, o que de certa forma me deu raiva, achavam que o que? Eu não poderia me proteger?

Claro que sim, na verdade eu dei essa dúvida pra eles, dependendo deles, chamando eles, implorando pra ser salva por eles, mas já chega, chega dessa Yully.

- Aszel quando começamos ? Já é quarta feira e só temos até a próxima sexta pra está preparada, Miguel pra me ensinar mais sobre o inferno e como vou enfrentar Adão e Celeste pra me ajudar com a magia depois negócio lá da lua cheia, mas pelo menos já indo me falando teoricamente como faz tudo, já ajuda.- Decidida então resolvo aceitar meu destino, quanto mais enrolar pior vai ser, tô cansada também de ser um peso. O caminho vai ser logo e eu não posso mais agir como uma criança, todos surpresos, logo Celeste estende sua mão pros meninos .

- Não me diga que você quer um grito de guerra, como fazemos no interclasse da escola - A questiono rindo, ela faz o mesmo.

- Não, é por que eu e os meninos apostamos quanto tempo você demoraria aceitar tudo. - Desacreditada vejo então que enquanto As tá emburrado, o Miguel tá me encarando como se estivesse decepcionado.

- E apostaram o que?. -  Sorrindo, Celeste vem até mim e se senta no meu colo com uma perna em cada lado.

- Isso. - Então deslizando sua mão pelo meu braço até meu pescoço mordiscando o mesmo, nossos olhos então se encontram, parecia que eu estava paralisada, mas meu coração tava acelerado e eu me sentia quente e excitada.

Sua boca entra em contato com a minha primeiro devagar, era macia e uau, me sentia elétrica, correntes de adrenalina passeavam por todo meu corpo, pego sua bunda com vontade e subo mais ela, minha mão indo em direção ao seu cabelo puxando, então um beijo delicado, virou selvagem, não me importa se os meninos me olhavam na verdade isso me dava mais desejo, eu sentia que podia mostrar que não era uma menininha e sim uma mulher.

Minha língua passeia pela sua boca, guerreando com a sua, toda vez que se chocavam eu gemia contra sua boca, me afastando um pouco pela falta de ar, mordo e chupo seu lábio de baixo, dando três selinhos, abro meus olhos e vejo que os seus estavam tão intensos quanto nosso beijo, dou um sorriso então.

Saindo do meu colo, arrumando o cabelo vejo que só o AZ tá presente, quando pergunto sobre Miguel ele só me olha e balança os ombros, meu corpo parecia que ainda tava dormente, não encarei Celeste, pelo amor da minha sanidade, não sei o que seria que aconteceria se ela vinhesse de novo

Tinha perdido meu BVL e BV com ela.

E uau, aquilo me deixava alegre, mas pera qual era a aposta? O prêmio era meu beijo ou outra coisa? Não tinha entendido direito, me preparando pra perguntar pro Aszel, ele se levanta e sai seguido por ela, novamente sem respostas, frustada vou tomar um banho gelado, precisava.

[...]

Quando termino vejo que minha roupa de correr tava na cama, fazia tanto tempo que eu não corria que tinha até me esquecido da sensação, um medo me corre pelo corpo, mas respirando fundo, decido que não posso deixar de fazer as coisas que eu gosto por simplesmente medo, então coloco um short legging, uma joelheira colocando atrás uma faca afiada e meu tênis de sempre.

Correr sem dúvidas era como voar sem asas, o vento competia com você, tudo passava por você em câmera lenta, a vista era bonita e a medida que eu pensava que não conseguiria mais, eu acelerava, eu sempre posso mais, agora vou ter que treinar por 3 anos pra me tornar a rainha que todos esperam, tenho que treinar por 3 anos pra ser alguém que todos temem, sem perguntas, sem alguém pra me ditar, não há ninguém abaixo de mim, eu sou a rainha, mesmo que tenha que abandonar minha antiga personalidade, eu pude perceber bem até de mais nesses dias  o mundo não é colorido, muito menos doce, era malvado, cruel e eu tinha que ser pior.