You're messing with the wrong person.

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Puto. Esse era o estado de Mingi. Era o que mais o definia no momento, no qual puxava San até o vestiário masculino depois de todo aquele showzinho.

Bufava durante o caminho, sem mais um pingo de paciência, enquanto o menor mantia o típico sorrisinho sapeca em seu rosto.  Tinha total noção do que havia feito, e além disso, conseguiu alcançar seu objetivo: deixá-lo irritado.

Sabia que era uma péssima ideia quando o Choi comentou algo sobre entrar no grupo de líderes de torcida. Dito e feito. Há um tempo desde que entrara no time, e a partir dai foi apenas dor de cabeça para o pobre Song, membro da equipe de basquete.

Mas, hoje foi o seu ápice. Devido ao fato de o de cabelos negros ser muito talentoso, seu time o escolheu para fazer um solo no dia do jogo, onde ele mesmo planejaria sua própria coreografia.

Antes de começar o jogo, seu grupo entrou na quadra, iniciando a coreografia coletiva. A torcida estridente ecoava pela quadra, talvez até gostassem mais dessa parte do que da principal.

Logo após o término da apresentação, apenas o garoto ficou no meio da quadra, atraindo as centenas de olhares presentes no local. Como o bom provocador que era, sua dança não era nada comportada.

Ele adorava atrair olhares alheios, rebolando ao som da música, as vezes até empinando. Quando assim fazia, parte da saia preta e vermelha, um tanto curta, se levantava, dando a visão da lingerie de rendas que o garotinho vestia. Os gritos e elogios das pessoas eram agrados para seus ouvidos.

Por outro lado, havia alguém fervendo. Tanto de ódio, quanto de tesão. O loiro apertava a mão em punho, observando-o fixamente. Permanecia inquieto, sua perna balançava em nervosismo e ansiedade. Como poderia jogar daquele jeito, com um quase pau duro?

De vez em quando, seus olhos se encontravam, e tinha a sensação de que exatamente nesses momentos, San provocava mais. As mãos delicadas contornavam o corpo magro, e como desejava substituí-las por suas próprias... Não era hora de pensar naquilo, não podia. Não quando a partida logo começaria.

Assim, depois de muita tortura, deu-se por encerrado. Quase correra o risco de ser parado no meio da performance, pois- nem precisa ser dito, certo? A torcida era maior para o Choi do que para os jogadores que agora adentravam a quadra, inflando o seu ego (e também, o ódio de Mingi).

Bom, e quem diz que conseguia focar? Perdera as contas de quantas vezes quase levou uma bolada na cabeça. Estava aéreo. Já havia levado tantos xingos dos outros, o time inteiro já estava o odiando. Tudo culpa daquele baixinho... Ah, ele pagaria.

Ao chegar onde queria, bateu a porta com força, trancando-a para não serem incomodados. Aquele não era lá o melhor lugar para puní-lo, mas não podia aguentar mais. Precisava se aliviar. Tinha sorte que todos os companheiros de time já haviam saído dali, então teria privacidade.

Prensou o corpo magro contra a pia, cobrindo-o com o seu próprio. San podia sentir o volume se esfregando em sua perna, não contendo o sorrisinho safado. Então ele já estava duro...

Teve as coxas seguradas por baixo para ser colocado em cima da pia, vendo-o se colocar no meio das suas pernas afastadas.

– O que tem a dizer, hein? – pela primeira vez se pronunciou, o tom de impaciência presente na sua fala.

– Sobre o que, hm? – perguntou inocente, com um falso brilho nos olhos. Suas mãos foram até os ombros largos e tensos, apoiando-se ali.

Riu cínico, encarando intensamente os olhos do outro. Puxou-o pela gola da camiseta curtinha, que deixava seu abdômen exposto, e colou mais os corpos.

Thristy • sangi.Onde histórias criam vida. Descubra agora