23. Now I'm in town, break it down

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Queria agradecer as novas leitoras que estão comentando e até mesmo as que não tem conta. Olá, e obrigada por lerem!

Sobre o capítulo: 1,2... 1,2,3 SURTEM!

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Os dias que se seguiram não foram diferentes. A série de pesadelos aumentava, assim como as doses da meph, proporcionalmente com sua insônia. Angel não falou com Sarah, nem Danna, nem nenhum dos rapazes do abrigo. Apenas fazia as coisas no automático, e guardava seus pensamentos para si.

A parte boa é que todos a respeitavam no abrigo, pois achavam que ela era durona. E isso a deixava feliz.

Depois de ter pego três caras pela manhã, Britanny liberou Ang durante a tarde, que agora fazia a árdua tarefa de esconder a meph dentro de seu casaco. O frio não diminuía e Angel tremia bastante, o que tornava tudo mais difícil.

Se a droga caísse na neve Angel jamais saberia, então estava sendo o mais cautelosa possível.

Não demorou muito até chegar ao Abrigo. Então, percebeu que tinha muito mais pessoas com a camisa da logomarca do Crisis do que o normal.

Só então reparou a grande faixa com cada letra colorida de uma cor diferente pendurada no teto:

Service Day! Play some games, listen to some music, cut your hair and much much more!” (Dia do Serviço! Jogue, escute música, corte seu cabelo e muito mais!)

- Só podem estar de sacanagem. HOJE? – Angel quase gritou, de frustração.

- Por que grita? – Bill apareceu, com os dentes mais claros, a barba feita, o cabelo aparado, uma blusa branca completamente nova e calça verde escuro, com um sorriso satisfeito.

- Eu preciso esconder algo. Você pode me ajudar? – Ang resolveu que abriria o jogo. Afinal, não tinha nada em suas regras dizendo que ela não podia cheirar a meph. O fumo incomoda os outros, devido a fumaça. Mas não sua droga.

- Está lotado aqui, não vai ser nada fácil. – ele constatou.

- É por isso que eu estava gritando. – ela explicou, e ele riu, entre tossidas.

- Eles podem me deixar novo em folha, mas a tosse do velho Bill, ninguém cura. – ele brincou. – Bom, mas do que estamos falando, exatamente?

- Meph.

- Meph?

- Hmmm... Miau-miau. – ela tentou lembrar no nome que um dos caras que ela pegou tinham falado.

- OH! ISSO É NOVO! Mas eu conheço. – Bill disse, rindo novamente, e Angel se espantou. – Bom, nunca me subestime, meu bem. Olha, com a vida que levamos, tacados aqui, precisamos de um entretenimento, não? Alívio do peso na consciência...

- Sim, é o que acho. – Ang concordou, e ficou aliviada por ele lhe dar apoio.

- Eu só vou pedir para que você tome cuidado com as quantidades e fornecedores, mas eu posso te ajudar. – Bill falou, como se de repente tivesse se tornado especialista.

Ele sussurrou algo no ouvido de Angel, que ouvia atentamente, e concordava, nos momentos que ele perguntava se ela tinha entendido. O plano era bem simples: Ele fingiria uma crise de tosse intensa, e todas as atenções se voltariam para ele, enquanto Angel passaria despercebida pelos cantos, indo à direção a sala de artes, onde um velho ar condicionado quebrado estava, e seria lá que ela guardaria sua meph.

Ao entrar no salão, Ang viu muitas pessoas, estava tudo uma zona. Bill logo começou a tossir. Ele estava bem convincente, Angel não sabia mais se ele estava fingindo ou se realmente estava tossindo.

- Precisa de ajuda, senhor? – um homem uniformizado de cabelos castanhos perguntou.

- Está tudo bem... É só uma... Tosse. – Bill respondeu entre tossidas, se inclinando para frente e olhando para o chão, enquanto botava a mão em suas costelas.

- Bom, estou aqui se precisar de qualquer coisa. – o rapaz se afastou.

- Acho que, na verdade... – Bill tentou dizer, mas tossia demais. Estava perdendo o equilíbrio e buscava por ar incessantemente, mas era interrompido por mais tossidas. Ele olhou discretamente para Ang e piscou, enquanto pessoas se aglomeravam ao redor dele.

Angel suspirou aliviada ao ver que ele estava encenando – muito bem, por sinal-, e seguiu o caminho até a sala de artes.

Ela fechou a porta, mas não trancou – seu primeiro erro?- e se sentou em uma das cadeiras, de costas para a porta, já arrumando as carreirinhas para poder cheirar. Após a primeira cheirada, alguém entrou na sala. Ela virou bruscamente.

- Hmm... Oi. – a voz vinda da porta disse.

- O que você quer? – ela rebateu ríspida. Então percebeu que seu nariz deveria estar sujo da droga, e rapidamente limpou, mas não a tempo.

- Você é a Angel? Dos... Cartazes? – ele quis saber.

Ele trazia um pequeno violão com uma pata estampada no canto, um casaco verde de zíper e uma calça jeans. Seus cabelos eram ruivos e bagunçados, e seus olhos eram azuis como ela jamais havia visto.  O rapaz parecia estar com vergonha. Tudo que ela sabia é que tinha a impressão de conhecê-lo de algum lugar. E ele também, porém guardara aquilo para si, assim como ela.

- Por quê? – ela continuou desconfiada, ignorando seu coração bater mais forte, o que possivelmente era efeito da meph.

- Eu me chamo Ed. Eu posso tocar algumas músicas para você, se você quiser. – ele sugeriu, puxando uma cadeira ao lado dela e apesar de saber exatamente o que ela estava fazendo, ele ignorou o fato de ela estar cheirando.

- Eu não gosto muito. – Ang disse, como se fosse um sinal para ele ir.

Isso causou o efeito contrário que ela desejou, ele só pareceu mais curioso. Ela parecia ser uma criaturinha prestes a ser estudada.

- Essa vai ser uma longa tarde. – ela suspirou em voz baixa.

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O próximo ainda não foi escrito. Preparadas para surtar MAIS E MAIS? Pois então hehehe

Posso agradecer a vocês só mais uma vez? Tá, parei <3

sheerangay, seja bem vinda, Teamer :)  (melhor user ahahahah)!

The A Team Story (#Wattys2016)Onde histórias criam vida. Descubra agora