Capítulo único

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Notas: Tay, meu amor... essa fic foi um desafio dos grandes, já que na minha religião, não consigo escrever coisas que não sejam Todobaku, pelo menos com o Katsuki e o Shouto (OTP da minha existência kkk).

Então está aqui a prova do meu amor, esforço e carinho para te presentear neste aniversário.
Sinto muito por não ser uma boa escritora sem beta, afinal tu é minha beta, mas precisava te surpreender de alguma forma.
Enfim, sou péssima com parabéns, mas saiba que te adoro muito e desejo o melhor para ti, não só nas comemorações, e sim na vida por um todo.

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Katsuki pensou que estava ficando louco, que tinha bebido demais noite passada no luau organizado pelos amigos ou algo do tipo, afinal sereias, tritões e toda essas merdas não existiam, eram apenas lendas criadas por algum extra para vender livros de ficção e promover filmes da Disney.

Tudo era irreal, até que numa tarde nublada de verão, onde o mar não estava propício para surfar, quis desafiar a natureza e acabou sendo surpreendido por uma onda acima das quais estava habituado. Menos de um segundo de distração foi o suficiente para ser tragado para baixo, onde as correntezas eram fortes, arremessando-o para longe da prancha mesmo presa ao tornozelo.

As coisas foram confusas, afinal a água salgada ardeu a visão e queimou pelas vias respiratórias antecipando sua trágica morte, até que a magia aconteceu.

No meio da turbulência, algo dourado apareceu, como se fosse uma pepita de ouro contra a luz do sol, onde brilhava nos tons mais belos e quentes que viu na vida. Ele pensou que aquele era o caminho dos céus, mas com toda certeza não havia anjos tão loiros e com caudas de sereia, recobertos por escamas folhadas a ouro e feições cravejadas de pérolas nas laterais. Por mais que estivesse meio vivo ou meio morto, era impossível esquecer os detalhes que capturou na memória em câmera lenta, sondado por olhos amarelos tão únicos que lhe tiraram o resto do ar dos pulmões.

Katsuki sabia que criaturas mágicas eram irreais, mas não havia outra explicação para os lampejos de lembranças sobre o tritão, de ter acordado na costa da praia com a prancha do lado, onde pedaços da própria pele cintilavam como se a luz dourada antes vista estivesse impregnada em cada poro de pele.

Ainda grogue do afogamento, o loiro ergueu-se e acomodou a prancha embaixo do braço, encarando o céu forrado de grossas nuvens que impediam a claridade do sol tocar a costa. Não existia algo que reluzisse como ouro, mesmo certo do que viu quando estava submerso.

Os olhos vermelhos sondaram a área, foram para o horizonte e terminaram no mar solitário, imaginando se a criatura foi fruto da imaginação, aqueles últimos apelos antes de morrer. Estranhamente, Katsuki ficou esperando por algum chamado ou sinal, que a silhueta surgisse nos confins das ondas, que os olhos de cores de mel o encarasse mais uma vez para ter certeza que não estava ficando louco.

Bakugou estalou a língua no céu da boca em desgosto e marchou pela areia fofa, sentindo-se muito irritado por acreditar que talvez fosse possível ver um dos anjos do oceano.

No fim, foi apenas um idiota e inconsequente que se salvou de um afogamento sem muitas expliações, agraciado fodidamente pela segunda chance como diziam por aí. O estranho mesmo era que além da ardência no fundo da garganta e olhos sensíveis, os batimentos pareciam desnivelados, inundados por uma adrenalina de algo que imaginou.

Bom, pelo menos a praia estava vazia naquele dia, ninguém viu a merda do desastre que levaria para o túmulo como algo que nunca aconteceu.

[...]

Riptide • bnha | bkkm | bakukamiOnde histórias criam vida. Descubra agora