Luiza Eduarda

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POV : LOUIS

— Harry, não ! –gritei saindo pela porta e andando apressado.

— Louis não me deixe, por favor ! –ele saiu rapidamente da casa e veio até o lado de fora pegando no meu braço, me fazendo olhar pra trás. — Por que está fazendo isso? Pensei que estávamos bem, não estávamos?

— Nós...–fiquei em silêncio engolindo a seco e sem parar de encarar seus olhos levemente franzidos. — Acabou Harry. –disse, por fim soltando meu braço e caminhando até meu carro.

— Louis. –ele chamou e eu olhei pra trás com a porta do carro já aberta. — Você não me ama mais?–sua voz soou meio irônica e eu quase ri com aquilo, ele era um ótimo ator.

— Adeus Harry Styles. –entrei no carro e antes de dar partida Harry estava agora na porta de casa do lado de dentro e sorriu cúmplice dando uma piscadela, que me fez rir discretamente e dar partida no carro, balançando a cabeça negativamente.

Parei no final da rua quando meu telefone tocou, naturalmente eu deveria estar chorando ou pelo menos triste. Então tive que atuar nessa hora também.

— A-alô? –disse com a voz embargada meio chorosa.

— Louis, está chorando? –era Dylan com sua voz levemente preocupada e que me causava nojo.

— Talvez. –funguei o nariz teatralmente.

— Sei que está. –ele disse e eu fiquei em silêncio até que ele se pronunciou. — Meu vigia está indo aí. Entre no carro dele, nos vemos aqui amorzinho.

— Ok. –disse seco e desliguei revirando os olhos.

Não sabia de onde o tal homem iria vir e fiquei atento olhando para todos os lados. Até que alguns segundos depois vi um homem alto, musculoso e de boa aparência se aproximar do carro.

Respirei fundo tentando não ficar mais nervoso do que já estava, e quando ele chegou perto bateu no vidro e eu o abaixei. O homem de terno preto com a feição séria me chamou com o dedo e eu saí do carro o seguindo.

Demos poucos passos até a rua de trás, onde tinha um carro importado preto, estacionado numa vaga ali. Ele abriu e eu entrei no banco de trás.

×

Eu não sabia se meu celular estava sendo rastreado ou algo do tipo, então pedi a Harry que não me ligasse e nem mandasse mensagem. Eu estava tão apreensivo, eu não sabia o que me esperava, e não sabia minha reação ao ver Dylan na minha frente depois de 4 anos daquele trágico acontecimento.

"Eu só não quero chorar."

Foi o que eu pensei assim que saí do carro e entrei num prédio muito elegante, a poucos metros da minha casa. Ali era onde Gemma e Zayn estavam todo esse tempo? Meu Deus, estavam tão perto, a minutos de distância.

Subimos de elevador até a cobertura sem dizer nada. O homem bem vestido agia como meu segurança e ninguém desconfiava de nada.

— Obrigado. –disse depois do homem abrir a porta.

— Que saudade meu amorzinho ! –disse alto com os braços no ar sorrindo largo, veio em minha direção e eu simplesmente congelei. Sentia todo o meu corpo tremer e um medo terrível, eu sentia que de alguma forma ele me faria mal novamente.

— Se afasta ! –foi tudo o que eu disse, entre os dentes sem tirar os olhos dele.

— Ei ei, calma docinho. –ele levantou as mãos como se estivesse rendido.

Um Covarde Para O AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora