O peso de um colar de setenta pérolas brancas e quatrocentos e cinquenta e seis diamantes é totalmente insignificante, posicionado no pescoço branco e macio, caindo graciosamente sobre as clavículas aparentes. Com uma jóia de vinte e seis mil dólares no pescoço, Harry Potter nem consegue se lembrar do tempo em que se preocupava com as goteiras no teto de seu apartamento velho no subúrbio de Londres.
O dinheiro pode fazer maravilhas, pedaços de papéis movem a porra da sociedade, a porra do mundo. Quanto mais você tem, melhor você vive. Harry sente na pele o quanto o dinheiro mudou sua vida, o quanto ele está mais feliz hoje em dia deitado em lençóis de seda com mil e duzentos fios egípcios. Ele não reclama, em nenhum momento ele reclama. Ele tem tudo que um ser humano deseja.
Felicidade, poder, dinheiro e sexo.
Harry tem a memória vívida e encrustada de quando algo mudou sua vida, ou melhor, alguém. Draco Malfoy mudou a vida de Harry. Um homem de vinte e cinco, com um patrimônio de bilhões de dólares e uma empresa transacional, solitário e nadando em dinheiro. Eles se conhecerem quando Harry estava fazendo faculdade, com dezoito, calça skinny grudada nas pernas longas e delineadas, um cabelo irritante em crescimento e dívidas, muitas dívidas. Harry sempre soube da existência de Sugar Daddy, alguém disposto a bancar outra pessoa a troco de tudo ou nada, mas ele nunca se atreveu a pensar na possibilidade de viver às custas de alguém, era um pensamento estranho, um pouco tentador, mas definitivamente estranho.
Draco Malfoy era um homem solitário e entediado que estava bebendo seu magnifico e delicioso champanhe quando alguém derramou vinho em seu terno branco de alfaiate. Ele olhou para cima e a visão do salão de festa estava interrompida por garoto de pernas longas, as bochechas pintadas em um vermelho profundo e um cabelo ondulado e oleoso caindo graciosamente sobre os ombros. Ele estava vestido com um uniforme de garçom, o terno preto caindo perfeitamente sobre os ombros largos e um pano branco dobrado no bolso da lapela. A gravata preta estava torta e amarrada de forma incorreta.
O garoto de pernas longas estava deliciosamente envergonhado, se agachando na frente de Draco para limpar o vinho derramado nas calças
- Parece que você fez uma bagunça em mim, amor.
- Me desculpe, senhor, por favor me perdoe, eu não quis...e- eu não quis causar um incomodo, por favor, me desculpe.
Harry estava quase chorando de vergonha, tentado limpar a bagunça de vinho respingada nas coxas e no braço de Draco. O vermelho do vinho estava manchando o tecido branco e imaculado, tão, tão caro, mas Harry estava tentando tirar a mancha com um guardanapo de mesa.
Draco percebeu as bochechas molhadas com lágrimas, as mãos trêmulas e as fungadas que Harry estava dando. Ele estava soluçando baixinho, chorando pelo vinho derramado, tão perdido
- Hey, está tudo bem, não chore, por favor não chore. Olhe para mim.
Harry nem pensou duas vezes antes de acatar a ordem, ajoelhado a frente daquele homem que ele nem sequer conhecia, chorando desesperadamente. Naquela época, Harry estava com problemas com sua família, seu pai estava doente e ele não conseguia adiantar ainda mais o pagamento do apartamento no campus da Universidade.
Harry estava tão perdido, ele tinha apenas aquele mísero trabalho como garçom em uma festa, dentro de uma mansão exageradamente grande e decorada de forma extravagante. Ele não pôde evitar o choro.
Draco passou os dedos em suas bochechas e retirou delicadamente o cabelo grudado na pele, colocou um cacho através da orelha e sussurrou um ''shh''. Harry relaxou imediatamente, ele estava quase deitando a cabeça na coxa do homem desconhecido quando olhou nos olhos azuis e tempestuosos do homem com seus próprios olhos verdes e veneráveis, brilhantes com as lágrimas e mergulhados em admiração. Ele era tão lindo, como uma pétala de rosa florecida no início da primavera, fresca e jovem.
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My Crystal - Drarry Adaptation
FanfictionHarry Potter gosta de ser mimado, ele gosta de ser tratado como um cristal lapidado, ele gosta do peso dos anéis de ouro puro que rondam seus dedos, os tecidos caros que cobrem sua pele macia e deslizam delicadamente. Ele gosta do cheiro do dinheiro...