Saudade de suas raízes.

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       - Ok, vamos separar por partes. - encarei o enorme guarda roupa. - Camisolas, calcinhas e biquínis. - peguei uma sacola de tecido, Andrew abriu a minha gaveta de roupas íntimas.

       - Eu espero que isso não seja um biquíni...- ele levantou a calcinha rosa coque de um biquíni. - como ..como isso cabe na sua bunda, porque....acho que ela é bem grande pra isso aqui, deve cobrir tipo....uns 30%

        - Sim, é um biquíni. - ele colocou na sacola separada para isso.

        - Quero muito ver você usando isso. - ri de sua reação.

       Enquanto eu separava as roupas, ele as dobrava e colocava na mala, peguei calças jeans, camisetas, dois casacos apenas, um moletom, roupas íntimas, meias, três sandálias, três tênis, um deles de corrida, e um salto alto, caso eu tenha que ir em alguma festa.
       Separei minha roupa para o voo, chinelos, uma calça de moletom, uma camiseta de malha e um casaco.
       Naquela noite, fui dormir com Andrew e o ajudei a arrumar sua mala, e foi um desastre, ele apenas escolheu quais levaria, e eu fiz os conjuntos de shorts e calças camisetas e blusas.

        - Como sua família é? É muita gente?

        - Minha mãe tem duas irmãs e um irmão, tenho cinco primos e primas, desses cinco, três tem mais ou menos minha idade, e tem namorados ou namoradas, então podem contar eles também....minha avó e meu avô....acho que só. Acho que se juntar todo mundo....quinze ou dezesseis....se contar com o marido e a esposa.

         - É, bastante gente. - ele sorriu me observando. - Acha que eles vão gostar de mim?

          - Vão com certeza, não ache que não gostam de você só porque te zoam, porque vão fazer isso, vão zoar você bastante.

         - Por que?!

        - Pra ver se você aguenta a pressão brasileira. - Andrew gargalhou. - Mas não vão pegar pesado.

        - Sei, quero só ver. E os outros primos, são crianças?

        - Sim, tem dois meninos de nove e doze anos. Todos eles do meu tio mais novo.

        - Eu tô bem ansioso. - ele admitiu. - Acho que vou ficar com vergonha quando chegarmos lá.

         - Se não ficar, eles te deixarão, não se preocupe. - ri. - Terminei sua mala.

         - Obrigado, querida. - me aproximei dele, tendo meu quadril puxado para mais próximo, o abracei sentado em seu colo. - O voo é as 15, que horas devemos chegar lá?

         - Calculando com o jetlag eu diria umas nove ou dez da manhã. Devemos ir de carro por mais meia hora e aí chegamos, vamos chegar na hora do almoço. E como vai ser no aniversário de casamento dos meus avós, a família toda vai estar junta.

        - Mas como você sabe onde vai ser o almoço de comemoração?

        - Minha mãe me contou. - pisquei. - Na casa dos meus avós mesmo, mamãe e minhas tias vão lá fazer a comida.

        - Vai sobrar comida pra gente chegar de surpresa?

         - Amor.... é claro. Sempre sobra. - ele riu. - É cultura, você vai viver o clássico jeitinho brasileiro, verá com sues próprios olhos. 

         - Se você está dizendo, eu acredito. - ele me deu um beijo. - Vamos deixar Anúbis e Nimbus naquele hotelzinho de pets mesmo né?

          - Sim, já liguei para a responsável e ela disse que podemos deixar eles lá amanhã a tarde.  E aí depois, vou fazer minha unha, e pronto, preparada para a viagem.

o rítmo de nossos corações - Andrew GarfieldOnde histórias criam vida. Descubra agora