XIV

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Depois de ter me acalmado, Louis fez questão de segurar minha mão enquanto dirigia até a escola de Gemma. Me sentia culpado por ter feito ele passar por tudo aquilo com o meu pai. Era estranho saber que eu podia contar com alguém, ele deveria se sentir muito culpado por ter ocasionado aquela crise, minha mente me dizia para afastá-lo da minha vida.

— Acho que chegamos, como você se sente?

— Me sinto bem, obrigado. Vou esperar ela fora do carro, pode ficar aqui se quiser.

Saio do veículo e me sento em um banco. Queria chorar, as palavras do meu pai começaram a aparecer em minha mente, talvez ele estivesse certo e eu realmente fosse uma decepção. Será que Louis vai sentir minha falta quando eu morrer? Seria bom se eu escrevesse uma carta para ele também, mas é provável que eu não tenha notícias dele em uma semana, por um segundo esqueci que ele só estava passando um tempo comigo por pena.

Abro um sorriso ao ver algumas crianças saindo da escola acompanhadas por um tutor, era hora de esquecer todos os meus problemas e focar minha atenção para a minha irmã.

— Gemma! - grito assim que consigo vê-la.

— MANINHO!

Ela saiu correndo em minha direção, esquecendo completamente dos amigos e de avisar ao tutor, mas ele logo me viu e relaxou. Gemma pulou no meu colo e nós demos um abraço apertado por um bom tempo.

— Eu tô muito feliz, Hazza! Fazia tempo que você não me buscava - ela deixou um beijinho na minha bochecha e voltou a me abraçar.

— Eu também fiquei muito feliz de vir te buscar, princesinha. Você não vai acreditar quem me trouxe aqui - isso parece despertar sua curiosidade, o que me fez rir — O Louis!

— Calma, calma... Louis do The Rogue?

— Uhum... Não querendo me gabar, mas ele é meu amigo agora - ela estava boquiaberta.

— Impossível.

— Ele está esperando a gente ali no carro, vamos lá - Gemma concorda com a cabeça.

Sim, transformei minha irmã em uma grande fã do The Rogue, mas não me julgue, ela gosta de fazer as mesmas coisas que eu. Isso era algo que sempre me deixava feliz, minha irmã sempre fez questão de dizer a todos como eu servia como um exemplo, ela sempre procura fazer coisas que eu gosto é isso gerava vários momentos juntos.

Me sinto culpado de ir embora toda vez que penso nisso. Uma das coisas que eu mais tenho medo é que ela tentasse tirar a própria vida, me sentiria culpado demais se descobrisse que servi como um exemplo. Espero que ela saiba que nada é culpa dela, tentei deixar isso claro na carta.

Entrei com a minha irmã no carro de Louis e ela surtou. Gemma começou a rir e chorar enquanto me abraçava e dizia "Maninho, o Louis!" repetidas vezes, eu achei engraçado. Comecei a rir enquanto tentava acalmá-la de alguma forma.

— Vocês dois surtaram da mesma forma ao me ver - ele comenta rindo — Vou deduzir que ela também é uma fã.

— Com certeza! O maninho sempre coloca suas músicas para cantar e tocar, sabia que ele sabe tocar guitarra? É o melhor guitarrista do mundo, com todo o respeito para os garotos da sua banda...

La di die [larry stylinson]Onde histórias criam vida. Descubra agora