Um Adorável Amor Doloroso

1 - Bolo de cenoura.

O dia estava frio, o céu parecia que estava de mal com o sol, já que, apenas as nuvens cinzas, e escuras faziam parte de seu leito.

As coisas não iam tão bem como Jungkook esperava que fossem, tudo parecia que ia explodir a qualquer momento. Uma bomba sendo ativada a cada conversa entre o Jimin e ele. Mesmo que quisesse, não havia conseguido mantê-lo longe, nem que fosse por meras horas. Uma conversa antes de levá-lo para a mansão foi realizada, onde Jungkook deixava completamente claro todos os pontos: ele era casado, Capo e incluso nisso, conhecido nacionalmente no país.

Não tinha espaço para Park Jimin na vida dele, como o loiro achava que poderia ter. Entretanto, Jimin ainda guardavam consigo a esperança de se tornar mais que apenas um caso para Jungkook.

Taehyung evitava o moreno sempre que conseguia e tentava ignorar Jimin, passando metade de seu dia conversando com William, quando não estava ocupado trabalhando. A recuperação do garoto Coper ia bem, deixando Tae menos preocupado. Em breve, começaria seu verdadeiro propósito para o garoto.

William ainda não havia se acostumado com o fato de Taehyung lhe dar tanto atenção e cuidado, sem querer nada em troca. Ou quando o Kim velava seu sono, passando a noite na poltrona de seu quarto. Tudo estava muito estranho, e instável de todos os lados; Jimin, que até agora estava tranquilo com tudo, se surpreendia com os assuntos, que na maioria das vezes presenciava quando estava com Jungkook. A Red Moon, uma empresa a qual o mais velho usava para poder obter informações do exterior e manter negócios, o deixava enjoado. Porém ele nunca reclamava.

Podia-se dizer que tudo estava uma verdadeira bagunça. Dizer não, pois estava. Portanto a bomba ainda não tinha chegado aos seus últimos décimos de segundos.

Tudo era cansativo demais para Taehyung. Por mais que tentasse entender Jimin, não conseguia.
O que levava uma pessoa a se infiltrar na casa de outra? O que levava um homem a trair a pessoa que amava daquela maneira?

Não bastava ser quebrado tantas vezes?

E com os pensamentos do que se protagonizava nos últimos dias William Coper sorriu ao ver Taehyung se aproximar de onde estava. Com as costumeiras roupas largas, mas elegante, com uma calça creme e uma blusa de manga que ia até o antebraço, na cor branca e com sandálias de tiras nos pés. Os cabelos partidos parcialmente ao meio, deixando-o mais leve, trazendo calma e serenidade ao rosto simétrico. Mesmo que ele estivesse a beira de uma loucura, ele precisava parecer sóbrio.

William se encontrava no jardim grande da mansão onde assim poderia relaxar e tentar esfriar os pensamentos conturbados em sua mente. Quando Taehyung chegou sentou-se ao seu lado no banco de granizo.

- Como está se sentindo? - perguntou medindo o garoto de cima a baixo. - Ainda está muito dolorido? - a preocupação do Kim era palpável em sua voz. William sentia que era a única pessoa que conseguia ver este lado dele no momento.

- Senhor Kim, eu estou bem. - o garoto assegurou. - Ainda não me acostumei com isso. - se encolheu contra o banco.

Taehyung suspirou.

- Com o que exatamente?

- Estar ao lado do que muitos no ocidente consideram a morte, mas estar vivo. - ele tomou coragem e encarou Taehyung. - Seu nome é conhecido por todo Estado que eu já passei. Todos sabem, por sussurros ou histórias, quem você é e o que faz com as pessoas. Elas temem você, senhor Kim. - Taehyung encarou os olhos azuis intensamente. - Alguns sabem que é um Jeon, outros não. Já outros esperam nunca tornarem-se sussurros...

Taehyung desviou o olhar e encarou o canteiro de rosas negras.

- Eu tive muitas perdas na vida. Perdas que doem ainda... - Taehyung sussurrou. - Saber que hoje quem causa a dor sou eu, não faz a dor ir embora. Mas me faz sentir que foi vingado. - olhou novamente para ele. - Sabe por que nenhum deles querem ser sussurros, Will?