Na mesma madrugada da festa, no quarto de Namjoon, estava Jin. Após o ajudar no banho, o que fez a consciência do bêbado retornar quase que completamente, ele o ajudou a se vestir e o deitou na cama.
Os dois estavam em um relacionamento há pouco menos de um mês, mas ainda não se sentiam confortáveis para contar aos seus amigos. Ainda estavam testando se a relação de ambos poderia funcionar no plano amoroso. Jin já tinha certeza que queria algo mais sério com o mais novo, mas esse ainda estava inseguro sobre seus sentimentos.
Enquanto o observava ali deitado, com um semblante tranquilo e engraçado pelo cansaço e pela tontura do álcool, o ouviu chamar:
- Jin, por que você não deita aqui comigo, hein? Podemos nos divertir.
- Cai fora, Namjoon. Não curto necrofilia não, e você está quase morto de bêbado.
- Ah, não fala assim – disse o maior segurando em sua cintura e o puxando para baixo, forçando-o a sentar na cama ao seu lado –, você é tão cheiroso.
Disse ele, cheirando o pescoço de Jin, que se arrepiou, mas sabendo que Namjoon não estava em seu estado de juízo perfeito, o empurrou para longe.
- O que está te impedindo de ficar comigo, hein, Jin? – Namjoon dissera irritado, quase agressivo. – Está com medo de não me aguentar?
E então mudou seu tom, sorrindo maliciosamente. Jin riu debochado.
- Ah, se enxerga, né, Namjoon. Você que não aguentaria passar uma noite comigo.
- É? E por que não me prova isso?
- Já disse o porquê. Não adianta insistir. Diferente de você eu sei me controlar.
- Hunf – Namjoon fungou emburrado –, tô é achando que você não gosta de mim e está me rejeitando indiretamente.
Jin riu, pois ouviu com dificuldade o que o outro dissera de tão embolada que estava sua dicção, fato reforçado pelo seu biquinho.
- Por que você não fica quietinho e vai dormir, hm? – disse enquanto o cobria com um lençol. Já de olhos fechados, Namjoon sussurrou sem forças:
- Eu te amo, Jin.
O mesmo arregalou os olhos sem acreditar na declaração que acabara de ouvir. Mas fora dita de uma maneira tão enrolada, que mal podia dizer com certeza se realmente ouvira corretamente ou se era apenas sua mente lhe pregando peças. Jin levou a mão ao peito, sentindo seu coração bater velozmente enquanto experimentava aquela quentura de felicidade. Ao conseguir voltar a si, o acastanhado levantou-se, encarando o dorminhoco.
Matutava calado se Namjoon havia sido sincero ou se era apenas um delírio alcoólico. Torcia pela primeira opção, pois naquele instante, o que mais queria era amá-lo intensamente, protegê-lo, conhecê-lo de uma nova forma, e sobretudo, tocá-lo. Mas devido ao seu estado, limitou-se a beijá-lo na testa, indo de volta para seu dormitório logo após apagar as luzes do ambiente.
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Na manhã seguinte, Jimin acordou mais cedo que Jungkook, porém permaneceu em seus braços, aproveitando-se do momento juntos. Não demorou muito para que Jungkook acordasse e abrisse os olhos, e ao sentir o toque tranquilo de Jimin e encarar seus lindos olhos brilhantes, toda a memória da noite anterior retornara à sua mente, junto com uma latente dor de cabeça pela ressaca, que, ao lembrar a forma como agira e o "favorzinho" que prestara a Jimin, teve seus efeitos ampliados. Sentiu seu rosto ferver em vergonha. Não acreditava que tinha cedido aos seus encantos mais uma vez, e, tão naturalmente, jogado suas convicções ao ar, como se fossem nada. No entanto, não estava arrependido.
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Jikook/Kookmin: A Culpa é do Cupido
FanficEm um Mundo em que o amor e o destino são gerenciados por entidades sobrenaturais, o humano Park Jimin se vê perdidamente apaixonado por seu próprio Cupido, Jeon Jungkook, filho da fria e super exigente líder do Conselho Amoroso. Agora, para evitar...