Cobra Kai- Robby keene

Piloto

As coisas finalmente parecem estar dando certo na minha vida, comecei a trabalhar com o senhor Larusso, o mesmo está me ensinando karatê, não me meti em problemas desde então, e nem fui atrás do meu pai, acho que é um grande progresso.

Estava trabalhando, mesmo com dores terríveis nas costas, não só nas costas, mais sim no corpo todo, por conta dos treinos, meu corpo paralisa ao escutar uma voz conhecida. A voz de uma das pessoas mais importantes pra mim, a mesma que sempre aparece nos meus sonhos, Anne...

Olho para os lados, e meus olhos param encarando a mesma que estava conversando com o senhor Larusso, ela estava mais alta, vestia um vestido branco, um pouco acima do joelho e estava acompanhada de um homem que parecia ter uns dois metros de altura, pensei.

Eu fiquei os observando de longe, mesmo querendo muito ir falar com ela, a conheço desde sempre, sei que ela ainda estaria furiosa comigo, não se engane por aquele sorriso de anjo.

Escuto o senhor Larusso me chamar, para me apresentar, estava de costas e com os olhos fechados, respirei fundo antes de me virar, vendo a expressão da loira mudar da água pro vinho.

__ bom... Esse é Robby, meu ajudante. Disse ele me apresentando__ Robby?! Me chamou

__ sim. Digo

__ vamos precisar ir a uma reunião.. pode fazer companhia para senhorita Anne? Perguntou o senhor Larusso, concordo na mesma hora, e os vejo se distanciarem, nos deixando sozinhos.

__ o que faz aqui? Pergunto sorrindo de lado e tomando coragem de encarar a loira.

__ estou a trabalho. Disse Anne dando de ombros, e indo se encostar em um dos carros

__ achei que estivesse com saudades de mim. Digo dando de ombros

__ não seja tão convencido. Responde ela, com o nariz empinado

__ senti sua falta. Revelo

__ não se atreva a dizer isso. Ela me repreendeu

__ por que? Pergunto mesmo já sabendo a resposta

__ porque você foi embora... Me deixou sozinha e nem se despediu. Disse ela seu tom estava cheio de mágoa, eu a intendo

__ eu intendo... Está brava... Começo a dizer mas sou interrompido

__ não estou brava... Estou furiosa... Começou a dizer, já ficando com as bochechas vermelhas de raiva, igual quando pequena, a interrompi, a puxando para um abraço apertado, que demorou para a mesma retribuir, mas ela o fez depois de alguns segundos. __ também senti sua falta.. Revelou Anne

__ eu sabia! Digo arrancando um sorriso da loira, que me solta do abraço

__ estou com fome... Será que vai demorar para eles voltarem? Perguntou ela

__ Tem uma lanchonete aqui perto... Podemos ir lá, já que é minha hora de almoço. Digo e Anne concorda,  caminhamos até a lanchonete, no caminho apresentei o bairro para a  loira.

__ então o que vai pedir? Pergunto olhando o cardápio

__ uma salada talvez. Disse e eu a encaro __ o que? Perguntou

__ não vai pedir isso. Digo chamando a garçonete

__ por que? Perguntou Anne cruzando os braços

__ porque não se sai de casa pra comer salada.  Digo e a mesma revira os olhos

Já fazia uns cinco minutos que havíamos feito os pedidos, enquanto esperávamos a porta é aberta nos chamando atenção.

__ A não. Digo fazendo uma expressão de desgosto

__ o que houve? Anne perguntou com as sombrancelhas levantadas

__ meu pai está aqui. Digo colocando o cardápio na frente do rosto

__ isso não é bom? Pergunta

__ seria... Se agente tivesse se falando e ele tá com o Miguel. Digo ainda com o cardápio no rosto, mesmo não vendo a Loira, sei que a mesma estaria com um sorriso no rosto me repreendendo mentalmente.

__ Robby. Escuto a voz de Johnny, e abaixo o cardápio, o encarando __ precisamos conversar. Disse

__ estou ocupado... Não está vendo? Pergunto irônico apontando para Anne que olhava a situação como se estivesse assistindo um filme.

__ sou Johnny, você é? Disse esticando a mão para a loira

__ Anne..

__ sua namorada? Perguntou se dirigindo a mim, vi Anne ficar com as bochechas vermelhas na hora

__ sensei podemos ir? Miguel apareceu com duas sacolas nas mãos, e encarou Anne por tempo demais, pensei.

__ já vamos... Robby eu realmente preciso falar com você... O que acha de ir lá em casa? talvez um jantar... Sua namorada pode ir também. Disse meio atrapalhado, confesso que não esperava esse convite, me pegou de surpresa tirando minhas palavras, não conseguia falar e todos me encaravam, até o sonso do Miguel.

__ ele vai pensar... E depois te liga para confirmar. Disse Anne ao perceber que eu não iria falar nada __ pode me passar seu número? Eu te ligo para confirmar. Perguntou ela para meu pai, que a encarava com um sorriso de lado no rosto.

__ ele não tem... Digo o celular, ele tinha um que era da época das pedras... Estamos arrumando isso ainda... Mas eu te dou o meu e eu aviso ele. Disse Miguel gaguejando um pouco, e escrevendo uns números em um pedaço de guardanapo, fechei o punho, respirando fundo.

Os dois foram embora finalmente, o que me fez respirar aliviado, olhei para frente e a loira me encarava com a expressão divertida.

__ você vai? Digo no jantar. Perguntou

__ não sei... Mas pode deixar comigo. Digo apontando para o guardanapo e tentando pegar o mesmo.

__ não... É meu! Disse o guardando na bolsa, fecho a cara __ está com ciúmes? Perguntou rindo e a garçonete deixou nossos pedidos, e sorriu para mim, me entregando um papel pequeno,com um número e escrito me liga.

__ está com ciúmes? Pergunto para a loira que fica encarando a garçonete de longe, com uma expressão nada amigável.