_ senhorita Heloisa Potts Stark _ o senador começa dizendo, lendo de um formulário em cima da mesa
_ sou eu mesma _ respondo indiferente
_ quantos anos tem? Não tivemos tempo de pesquisar sobre seu passado ou documentos de adoção
_ você sabe quantos anos tenho. Você sabe de onde eu vim. Você sabe todos meus parentescos e sabe muito sobre meu passado. _ afirmo convicta
_ tem razão _ ele responde _ eu sei de tudo isso. Como percebeu que eu sabia?
_ é óbvio _ debocho _ se não como saberia que sou adotada, meu nome no cartório está com o sobrenome da minha mãe adotiva
_ bem observado _ ele admiti _ e também sei que tirou o sobrenome da sua mãe biológica não faz muito tempo, também sei das intrigas que tem com ela. E espero que saiba de que ela será avisada de todos os acontecimentos com você aqui dentro, e que ela estará liberada para visitar você
Suspiro _ você me cansa _ confesso _ sei de que ela não será avisada de nada e que neste momento não tenho direito a visitas de ninguém, e mesmo depois, somente meus responsáveis legais ou pessoas autorizadas por eles podem me visitar. Então não, não vai me obrigar a vê-la _ termino convicta _ e eu quero um advogado
_ como sabe disso? _ ele pergunta ignorando a parte do advogado
_ o artigo 41, inciso X, da lei de execução penal _ respondo
_ é _ ele responde já irritado _ me pegou dessa vez. Até que é bem esperta sabia?
_ é, eu meio que sempre soube _ respondo _ e meu advogado?
_ acho que não precisamos disso, vou ser direto
_ finalmente _ respondo
_ você tem 16 anos Heloisa, ainda tem muita, muita vida pela frente. Você é quem escolhe. Prefere passar o resto dos dias naquela cela fria junto de seus amigos mágicos. Ou, me diga para onde Rogers e Barnes foram e vejo o que posso fazer.
Esse cara é inacreditável. Enquanto me interrogava reparei algumas coisas na sala. Não tinham câmeras, apenas gravadores de voz. Vejo uma linda oportunidade pela frente. Finjo estar pensando em tudo que ele falou, faço expressão como se estivesse me sentindo culpada por dentro e como se tivesse chegado a uma conclusão.
Faço sinal com a cabeça pra ele chegar mais perto e a cara mais ingênua que consigo. Quando ele chega pra frente pra escutar também me coloco mais pra frente com os braços algemados em cima da mesa e sussurro no ouvido dele
_ vai se fuder
Bato com o punho na mesa de metal que faz bastante barulho e começo a gritar
_ AAAA NÃO ENCOSTA EM MIM, PARA POR FAVOR, ESTA ME MACHUCANDO.
como se ele estivesse me agredindo. Balanço forte minha cabeça para embaraçar meu cabelo e mordo com toda forca meu lábio inferior o fazendo sangrar.
Ele se assusta e percebe o que eu fiz. Ele se levanta da cadeira e bem na hora em que os guardas estão entrando na sala por causa dos gritos ele tenta tapar minha boca pra eu parar de gritar e sua mão fica um pouco manchada com meu sangue.
Quatro guardas entram na sala e "vendo" o que aconteceu fazem o senador se render no chão enquanto aquele guarda de antes loiro e mais jovem vem até mim ver se estou bem.
Parece que mordi minha boca até forte demais, sentia o sangue escorrendo pelo meu queixo
_ aí meu Deus, você está bem? _ o guarda me pergunta tentando olhar o ferimento
Eu fingi estar assutada e comecei a chorar (sou uma ótima atriz, sinceramente)
_ ele, eu não sei onde o Rogers foi, eu juro, juro por tudo, ele não contou a nenhum de nós. Mas ele se irritou, ele.. eu diria se soubesse pra que ele não tivesse me machucado
_ ei está tudo bem _ ele fala tentando me acalmar e acaba me abraçando
Apoio meu rosto em seu ombro e continuo fazendo meu teatro
_ essa vagabunda está fingindo _ o senador gritava enquanto os guardas tentavam o segurar
_ olhe bem como fala com ela, não tente piorar sua situação _ falou o guarda que me consolava
Os guardas conseguiram algemar o senador e o puxaram pra fora da sala.
_ leve ela para cela, pegue um kit médico para um curativo rápido, e de um calmante se precisar _ um guarda um pouco mais velho que eu ainda não conhecia disse antes de sair
_ vem, vou te ajudar _ o loiro diz e me ajuda a levantar da cadeira
Nós saímos da sala e fomos de novo em direção às celas, mas no caminho paramos em uma sala onde ele pega uma maleta pequena de primeiros socorros e então chegamos no lobe
A porta grande se abre e consigo ver Pietro e Wanda em suas celas. Os dois ficam de pé quando entramos
_ o que fizeram com ela? _ Wanda pergunta com ódio
_ por que está sangrando? _ Pietro também pergunta com raiva
Eu olho pra eles enquanto o guarda colocava a senha para abrir minha cela
_ eu vou explicar tudo _ digo chorosa aos dois
Entramos na cela e ela se fecha. Ele me ajuda a sentar na cama e abre a maleta pegando gazi e soro fisiológico
_ eu sinto muito por ele ter feito isso _ ele confessa parecendo culpado
_ não é sua culpa
_ mas eu não deveria ter te deixado sozinha na sala com ele, eu não imaginaria que ele tentasse algo.
Ele encharca a gazi com soro e começa a limpar minha ferida e meu queixo sujo de sangue
_ sabe, você foi a única que não voltou machucada dessa guerra de vocês
_ eu tenho poderes de cura _ respondo quando ele para de limpar para pegar as coisas do curativo _ talvez por isso tenha doido tanto, faz um tempo que não sinto dor
Ele olha pra mim e depois pega o antisséptico em spray
_ isso arde um pouquinho _ ele fala e eu concordo com a cabeça
Ele passa e poha, um pouquinho? Ele tá passando o spray ou me dando outro soco. Acho que estou realemnte desacostumada com dor
No final ele pega um adesivo de corte e une os dois lados do corte com o adesivo para que cicatrize mais rápido
_ prontinho _ ele diz e se levanta com a maleta na mão
_ ei _ eu o chamo antes de ele sair _ obrigada
_ Rhyan _ ele responde
Não entendo o que ele quis dizer
_ é meu nome _ ele completa _ meu nome é Rhyan
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A filha de Tony Stark
Ficção AdolescenteApenas uma noite foi suficiente para mudar a vida do nosso "gênio, bilionário, playboy, filantropo" completamente. Uma filha? Sério? Mas como pode uma garotinha tão pequena depois de tantos anos ainda ser seu bem mais precioso. Fanfic em andamento.