EternaMente Hellena

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O MUNDO POR TRÁS DA SEXUALIDADE
 
Acompanhei-os por longos dias de minha vida. Estava procurando presas fáceis que pudessem satisfazer os meus desejos sexuais.
Porém, com o tempo, fui tomada por um desejo de melhorar, de me curar daquela doença vampiresca que me impulsionava a aproveitar de pobres almas desviadas do pensamento de Deus.
Não sabia o que fazer, e nem como! Procurei por pessoas que pudessem levar-me à casa de Deus. Em meu íntimo, sentia a necessidade de estar próximo a Ele.
 Fui expulsa de templos, diversas vezes com palavras deprimentes que simplesmente rebaixaram-me. Fui chamada de demônio e de muitos outros nomes pejorativos. Aquilo tudo me machucava profundamente.
Já havia procurado algumas casas que se diziam espíritas, com a esperança de que pudessem me ajudar. No entanto, ocorreu justamente o contrário, pois eram lugares onde me sentia presa e nem sequer deixavam-me falar. Colocaram em mim diversos nomes horripilantes. Esqueceram que eu era apenas uma pobre mortal que sofria pelos meus próprios desatinos e que precisava muito de ajuda.
Mas acabei encontrando, neste meu caminho fundado na escuridão dos séculos, uma pequena luz de esperança, de amor e de compaixão. Serei eternamente grata à Amália e ao Mestre Jesus.

Cap. I
Entrega de Hellena
 
Lembrai-vos daquele que julga em última instância, que vê os movimentos íntimos de cada coração e que, por conseguinte, desculpa muitas vezes as faltas que censurais, ou reprova o que relevais, porque conhece o móvel de todos os atos. Lembrai-vos de que vós, que clamais em altas vozes anátemas, tereis, quiçá, cometido faltas mais graves (O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO – Cap. X, Item 16).
 
INÍCIO DO SÉCULO XIV[MCR2] .
ERA TARDE DA NOITE. Estava bem escuro e chovendo muito. O relógio marcava uma hora e meia da madrugada.
Os raios e os relâmpagos eram fortes. A cada momento em que o céu clareava, via-se, do outro lado da rua, a grande placa estampada na varanda de entrada.
Era de uma casa velha, situada na Rua da Conceição, número 36 - Quadra 22. Era mais conhecida como a casa da família francesa.
Uma jovem tocou a campainha – Tlindlon, Tlindlon. – Depois, ela aguardou impacientemente.
Um homem subitamente abriu a porta. Tinha cabelo grisalho, apesar de ter a aparência de aproximadamente trinta e dois anos, além de ter o semblante sério e descontente. Era Fernando.
— Você? – franziu o cenho. – O que faz aqui a uma hora dessas? – olhou o pacote que a jovem moça carregava nos braços, mas, depois, se deu conta do que era aquilo. – Ainda mais com uma criança! Não existe mesmo uma boa ideia nessa sua cabeça, não é?!
Ela estava pálida e descabelada, com uma aparência conturbada. Acima de tudo, estava preocupada com o destino da sua filha.
— Por favor, Fernando, cuide dela para mim! – olhou de relance para a rua, ao se assustar com um carro Ford preto [MCR3] que passou por perto e que depois sumiu rápido em meio à tempestade.
— Você está louca, Marta? Não posso! Já tenho uma criança e não preciso de outra para me dar ainda mais despesas e mais trabalho – ameaçou fechar a porta. – Saia daqui ou chamo a polícia!
— Escute aqui, Fernando! Não a fiz sozinha! – deu de ombros. – Preciso que cuide dela para mim! Por favor, não recuse ajuda neste momento!
Marta estava conturbada e havia motivos reais para estar assim. Não buscaria a ajuda de Fernando naquele momento se não estivesse desesperada.  
— Já lhe falei, Marta! Não posso ficar com mais essa criança!
— Por favor, eu imploro! – olhou novamente para a rua. – Meu marido está voltando do exército e ele não pode sonhar que tive uma filha. Como vou explicar para ele que tive uma filha, Fernando? Por favor, não me deixe carregar mais esse fardo na minha consciência! Sei que, com você, ela estará protegida!
— Este problema é seu, Marta.
— Você... Você precisa me ajudar, Fernando! – parecia não ter ouvido as palavras dele. – Afinal, você sabia que ele não estava em casa! Aproveitou bem esta situação, aliás! Quando engravidei, ele já estava há três meses no exército. Como vou explicar tudo isso a ele? Também não tenho condições de sustentar outra boca, mas o meu maior medo é a reação dele ao saber que o traí. Por favor Fernando, tenho seis filhos para criar!
— Se vira, Marta! Diga que é de uma prima sua e que ela deixou com você.
Ignorando completamente o que Fernando havia acabado de falar, Marta entregou a criança e saiu correndo.
— Cuide dela! Cuide dela! – gritava desesperadamente, ao se afastar.
— Não, Marta! Espere! Espere!
Marta deixou Fernando desesperado. Depois de um certo tempo, ficou pensativo. Não havia mais o que fazer. Marta já havia sumido de sua vista e a criança ficou ali. Mas como criar outra criança? Como sustentar outra boca?
 
***
 
Marta chegou em sua casa ainda em meio à tempestade que açoitava a cidade. Porém, aquela chuva torrencial não era nada perante o medo que sentia do marido. Temia que já estivesse chegado em casa antes dela.
Precisava de um fôlego para respirar, pois sua vida estava muito confusa. Há dois dias, Marta deu à luz uma linda criança, a qual infelizmente foi entregue a um homem praticamente desconhecido que Marta havia se relacionado meses atrás.
Agora, muitas coisas passavam em sua mente e explodiram através dos prantos em sua cama, enquanto aguardava a chegada de seu marido que, por sorte, realmente ainda não havia chegado em casa.
Não conseguiu pregar os olhos naquela noite. Começou a se entregar ao cansaço que já tomava conta de seu corpo, quando ouviu um barulho no andar de baixo.
— Querida! Querida! – era Dante, marido de Marta.
Desceu rapidamente as escadas ao encontro dele.
— Meu amor, que saudades! – estava aos prantos. Não conseguiu conter as suas lágrimas e disfarçar o delito que acabara de cometer com uma vida tão pequena.
— O que houve querida, você está bem? Não sabe a saudade que senti de você! – colocou o casaco na estante. – Como foram as coisas durante o tempo que estive fora, querida? Aconteceu algo?
— Bem! Muito bem! – foi a única coisa que conseguiu responder.
 
Cap. II
Chegada do Interior
 
 
Como pode a alma, que não alcançou a perfeição durante a vida corpórea, acabar de depurar-se? Sofrendo a prova de uma nova existência. Como realiza essa nova existência? Será pela sua transformação como Espírito? Depurando-se, a alma indubitavelmente experimenta uma transformação, mas para isso necessária lhe é a prova da vida corporal (O LIVRO DOS ESPÍRITOS – Questão 166).
 
PASSARAM ALGUNS ANOS. A pequena criança já estava moça, agora com os seus quatorze anos de idade. Tinha cabelos negros e longos, olhos esverdeados, os quais destacavam a sua pele alva como a neve. Era uma menina de corpo esbelto. Chamava a atenção por onde passava e tinha uma voz marcante que exaltava personalidade e sensualidade.
Sua irmã, Sofia, era três anos mais velha. Fernando acabou criando suas filhas com muito cuidado, mas também com uma proteção exagerada. Acreditava que elas deveriam seguir os princípios tradicionais de sua família, a qual havia chegado ao Brasil cinquenta anos atrás, sobretudo no que dizia respeito aos princípios católicos.
Assim, não deixava suas filhas brincarem com os meninos, acreditando que poderiam se desviar dos caminhos corretos pregados pela religião.
Mal sabia Fernando, porém, que certo dia as regras que ele mesmo colocou sofreriam um teste.
 
***
 
Era manhã. Os raios solares resplandeciam pela vidraça da janela do quarto das jovens moças. Era um quarto simples, mas o conforto e a organização resplendiam em cada canto do ambiente. Aliás, a disciplina foi o primeiro princípio que o pai ensinou às filhas, quando eram pequenas.
Mas, neste dia, Fernando entrou brutamente, sem bater à porta.
— Meninas, precisamos conversar!
Colocaram-se rapidamente de pé.
— O que houve, pai? – Sofia perguntou de modo grotesco, resplandecendo um sentimento pouco familiar, apesar de ser o modo que seu pai a tratava.
— Que jeito é esse de falar comigo, menina? Tenha modos! – olhou-a de relance.
— Desculpe-me, papai! Perdoai a minha fala!
— Arrumem-se imediatamente! Vamos ter visita!
— De quem, papai? – Hellena parecia estar mais curiosa.
— É um primo de vocês. Ele está vindo da capital para resolver algumas pendências e precisa ficar aqui.
Hellena e Sofia levantaram-se.
— Eu não quero saber de assanhamentos. Estamos entendidos? – Fernando estava aparentemente muito preocupado.
— Sim, papai – havia medo no tom de voz das meninas.
— Ele está vindo do interior e sabe que vocês já estão avisadas – franziu o cenho. – Nem um toque, nem um abraço, nem um beijinho no rosto... Nada! Espero que estejamos entendidos.
Hellena e Sofia entreolharam-se.
— Ele provavelmente chegará amanhã de manhã – Fernando continuou. – E devo ter uma longa conversa com ele, em particular – levantou-se de modo sorrateiro.
— E onde ele irá dormir, papai? Só temos dois quartos na casa! – perguntou Hellena, inocentemente.
— Ora, mas que pergunta idiota, Hellena! Onde vai dormir... – repetiu as palavras em tom de reprovação. – Na sala, onde mais?
— Desculpe-me pela pergunta, pai!
— Vocês precisam entender que eu quero vê-las casadas com filhos de famílias nobres e ricas, de preferência com alguém da família Gonzáles. Carlos, por exemplo!
Aquela repentina mudança de assunto soou de uma forma estranha, mas, ao mesmo tempo, deixou clara a forma como Fernando enxergava as possibilidades de relacionamento de suas filhas em relação ao sexo oposto.
Fernando sonhava recorrentemente que, pelo menos, uma de suas filhas se casasse com Carlos, filho da família mais rica e respeitada da cidade. Ao fazê-lo, pensava em seu próprio bem estar, das vantagens que teria neste contexto.
Tudo isto porque preocupava-se piamente com a sua velhice. A garantia de uma velhice saudável, para ele, era o casamento de uma de suas filhas com um homem rico. Assim, não precisaria preocupar-se com médicos, roupas, comidas, dentre outras coisas.
Para tentar realizar este sonho, Fernando controlava as suas filhas, de modo que somente os seus próprios desejos tinham espaço naquela casa.
— Já tive uns proseados com Virgílio, o pai de Carlinhos – neste momento, Fernando acendeu um charuto, o fumo que tanto amava. – Estive negociando com qual de vocês duas ele irá se casar. Não quero que nada atrapalhe este noivado!
Carlos era o mais velho entre duas irmãs. Já estava formado em Medicina e já havia se estabilizado financeiramente. Para Fernando, era o sonho perfeito!
Depois de deixar todos os seus recados bem claros, saiu do quarto, deixando as suas filhas se aprontarem para a recepção do primo que viria da capital para fazer negócios.
— Não acredito que o papai ainda tem essa ideia absurda... – retrucou Hellena.
— Pelo amor de Deus, minha irmã, não deixe ele te ouvir falando isso! Pode nos matar! – Sofia ficou ansiosa, de tão preocupada. – Vamos, arrume a sua cama!
— Mas é um absurdo! – balbuciou Hellena.
 
***
 
No dia seguinte, Hellena e Sofia prepararam o café para a recepção do primo, o qual estava para chegar da capital a qualquer momento.
— Terminou de colocar a mesa, Hellena? – Sofia cobrou.
— Não – respondeu sem muito ânimo, enquanto colocava um dos pães em cima da cadeira preferida de Fernando.
Sofia caiu na risada ao observar a reação de sua irmã.
— O que é isso, Hellena? Tire imediatamente este pão daí! É impressão minha ou você está desafiando-o?
— Lógico que não! – tirou o pão e sentou-se na cadeira dele.
De repente, Fernando entrou na cozinha.
— Mas que assanhamento é esse aqui? O que significa isso? Podem me explicar?
Hellena e Sofia se assustaram com a súbita chegada do pai e voltaram à postura habitual.
Fernando olhou com fúria para as duas meninas e saiu. Aquele olhar foi o suficiente para elas acatarem piamente as suas ordens ou, então, sofreriam consequências negativas.
Neste momento, a campainha tocou. Fernando acenou com o cenho para que Hellena abrisse a porta.
— Olá, como vai? Você deve ser a Hellena, certo? – era um belo moço de olhos azuis, postura elegante e trajes nobres, como dizia Fernando. Carregava uma grande mala que acabou deixando à soleira da porta de entrada da residência.
— Entre! – respondeu Sofia.
Ela estava tão nervosa, ainda mais com a presença do pai, observando-a, que nem conseguiu explicar que não era a Hellena.
— Meu tio querido, quanto tempo! – retirou o chapéu ao entrar.
Fernando apertou levemente as mãos de Miguel, seu sobrinho.
— Como vai, Miguel? – inquiriu Fernando, convidando-o para se sentar no divã da sala.
— Estou bem, tio, mas acho que precisarei ficar mais tempo aqui, no interior.
— Por quê? Como está a sua estadia na capital, não vai muito bem?
— Não é isso, tio. Apenas decidi dar um tempo no meu trabalho.
— Que bom! Sinta-se à vontade – pigarreou. – Só não tão à vontade assim! – olhou de relance para as suas filhas. – Bom, venha até a cozinha. Preparei um delicioso café para você!
— Não precisava se preocupar, tio! – ambos andaram até a cozinha, acompanhados por Hellena e Sofia, mas somente os dois sentaram-se à mesa.
Acreditando que havia sido muito ríspido com Miguel, Fernando resolveu apresentar gentilmente as suas filhas a ele.
— Miguel, esta é a Hellena, minha filha mais nova e esta é a Sofia, minha filha mais velha – olhou-as rapidamente. – Nada de gracinhas, ouviu? – deu algumas risadas irônicas, as quais reverberaram pelas paredes.
Fernando era um homem sério, mas, às vezes, usava a tonalidade da brincadeira para deixar claro o seu recado.
Hellena e Sofia estavam tão preocupadas em obedecer ao pai, que mal cumprimentaram o primo Miguel.
Durante o café, Miguel não conteve os seus olhares à filha mais nova de Fernando, Hellena. Ela lhe chamou a atenção pela sua sensualidade e seus lindos olhos esverdeados como duas esmeraldas.
Reciprocamente, Hellena não conteve os seus sentimentos pelo primo, chegando a transparecer um pouco disto. Imediatamente e como forma de aviso, tomou um leve cutucão nas costelas de sua irmã, ao servir o café para o convidado.
— Você está louca, irmã? – Sofia cochichou para ela depois. – Pare com isso! Se o papai perceber, te mata e me leva de brinde!
Durante o café, Fernando acabou percebendo os olhares maliciosos de Miguel para Hellena.
— Miguel?
— Sim, tio!
— Após o café, precisamos ter uma conversa – passou a manteiga no pão e depois fitou-o. – E devo lhe informar que é séria!
— Como quiser, tio.
Hellena era muito mais nova que Miguel, mas aqueles olhares deixaram-na confusa. Um misto de sentimentos bons e ruins invadiu-a por completo.
Em contrapartida, Fernando sentia somente raiva e ansiava conversar logo com Miguel. Por isso, assim que terminou de tomar o café, prontificou-se rapidamente de pé.
— Vamos até à biblioteca para conversarmos, Miguel.
Depois que os dois foram até o referido lugar, Hellena e Sofia ouviram vozes mais altas que o de costume.
— Será que estão brigando? – Hellena sentiu medo neste momento.
— Não sei, mas você deve rezar para que não seja sobre o que aconteceu durante o café.
— O que aconteceu? – Hellena fez-se de desentendida. – Não houve nada, Sofia!
Após um silêncio, as duas tentaram, sem sucesso, ouvir a conversa que vinha da biblioteca.
Mal sabiam elas como havia sido o sermão de Fernando.
— Escute aqui, filho, não precisa se sentar porque a nossa conversa vai ser rápida – disse isso assim que entraram na biblioteca.
— Diga logo então, tio, já estou ficando nervoso!
— E é para ficar mesmo! Não quero que você fique dando mole para nenhuma de minhas filhas! São apenas crianças. Não quero ver a safadeza sua com nenhuma delas dentro de minha própria casa! Estamos entendidos?
— Safadeza? Eu? – Miguel também se fez de desentendido. – Jamais, tio! Nem tenho mais idade para esse tipo de coisa.
— Acha que não vi os seus olhares para minha filha? Estou de olho em ti, garoto! – nessas alturas, Fernando já estava quase explodindo de raiva pelos olhos. – Eu tenho planos para elas, ouviu?
— Sim, tio. Pode ficar tranquilo.
— Hoje, você dormirá na sala. Mas, trate logo de procurar outro canto para você, ouviu?
— Sim, pode ficar tranquilo, tio – Miguel só conseguia repetir as mesmas palavras.
Acabou ficando vários dias na casa de Fernando, e, já avisado, conteve os seus instintos. Ao perceber isso, Hellena sentiu que deveria fazer algo, pois havia se sentido bem com os seus olhares anteriores.
Além disso, toda vez que se aproximava de Miguel, Hellena sentia algo percorrer o seu corpo, como uma faísca sedutora que a envolvia por completo. Tal sensação estranha era diferente e ao mesmo tempo maravilhosa.
Hellena sentiu vontade de conversar sobre isso com a sua irmã, que por ser mais velha, poderia lhe explicar o que estava acontecendo. Também queria conversar com alguém para tentar entender os vários pensamentos ruins que tivera quando encontrava Miguel pela casa.
Ele começou a se aproximar de Hellena aos poucos, buscando-a com frequência pelos corredores da casa e mostrando-se totalmente bondoso, carinhoso e de confiança. Isso aumentou a curiosidade de Hellena, mas, mesmo tendo vontade de se entregar a ele, as dúvidas em sua mente só aumentaram.
Hellena sentiu, como nunca, a enorme falta de sua mãe para poder entender o que acontecia dentro de seu coração. Achou que seria papel de uma mãe ter esta conversa com ela, mas essa figura nunca existiu na vida de Hellena!
Na ausência da mãe, Hellena prendeu-se muito à figura de seu pai durante a infância, mas começou a sentir que ele invadia a sua vida com frequência recentemente.
Apesar de ter uma boa intenção, Fernando parecia esquecer que as suas filhas eram apenas seres humanos que precisavam de atenção, pois tinham sonhos distintos dos sonhos dele.
Um sentimento de raiva e remorso começou a dominá-la todas as noites. Porém, mesmo em meio a esta confusão mental, Hellena e Miguel deixaram os seus instintos falarem mais alto e começaram a se encontrar às escondidas.
Fernando achava que não precisava se preocupar, pois havia visto o medo nos olhos de Miguel. Para ele, as suas filhas estavam seguras.         

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⏰ Última atualização: Jan 08, 2022 ⏰

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