- Porque tem, senhor sabichão. - sorrio, mas meu coração está acelerado. - Não é loucura, Aaron? - fico séria. - Não tem nem um mês que nos conhecemos e...Ele me aperta mais em seus braços e levanta o meu queixo para que eu encare seus olhos.
- Eu sei, Gabi. Inclusive sei como você se sente, pois me sinto igual. Também estou apavorado com isso que estou sentindo, mas nunca tive tanta certeza em minha vida. Eu sei que isso que nós temos é pra sempre.
As palavras cheias de certeza acalentam meu coração e descrevem tudo o que sinto.
- Eu te amo e quero você na minha vida pra sempre. - ele diz e beija a pontinha do meu nariz. - Sei que parece loucura, mas tenho plena convicção que vamos nos casar, ter filhos lindos e depois netos. - acabo sorrindo. - Não vai ser agora, eu juro, até porque precisamos preparar nossas famílias. Mas quero uma resposta agora. - ele fala num tom imperativo, mas seu olhar me transmite carinho. - Quando eu pedir, você vai aceitar? - seus olhos agora me transmitem incerteza.
- Eu precisaria ser louca pra não aceitar o pedido de casamento do homem que amo.
Ele sorri e seu semblante alivia.
- Acho que minha família vai surtar. - ele me abraça e beija meu pescoço. - Mas depois do choque inicial vão amar.
Aaron ataca a minha boca e me beija de maneira possessiva.
- Que tal irmos passar o meu aniversário na minha casa de campo? Poderíamos ir amanhã?
- Você tem uma casa de campo? - pergunto, surpresa e ele assente.
Não sei por quê a minha surpresa. Se Aaron tinha uma empresa de aviões, uma casa de campo não era nada. Na verdade deveria ter muitos imóveis.
- Onde fica?
- Há umas duas horas Nova York.
- Eu adoraria.
- Ficaremos lá para o réveillon e vamos no outro dia para a casa da minha mãe. Ela precisa conhecer a mulher da minha vida.
Ele sorriu pra mim, mas aquilo me deixou um pouco nervosa. Ir conhecer a sua família. A sua mãe. Numa conversa, Aaron tinha me falado dela. Disse que era uma mulher admirável, que tinha criado ele a irmã sozinha, trabalhando incansavelmente para proporcionar-lhes uma vida digna. E se ela não gostasse de mim? E se não me achasse digna do filho? Aaron iria contra ela? Mas esses pensamentos ficaram em suspenso quando ele me puxou para um beijo que prometia mais uma sessão de sexo gostoso.
No outro dia acordei com um barulho vindo do quarto de Sam. Olhei para Aaron e ele permanecia adormecido. Meu amor tinha sono pesado, diferente de mim que acordava até se uma pena caísse. Cubro meu corpo nu com o robe que que está largado na poltrona do meu quarto. Sigo em direção ao som. Abro a porta do quarto da minha amiga e a vejo sentada na cama com um olhar perdido.
- Sam? - ela se assusta tendo um sobressalto.
- Gabi? Não sabia que você estaria aqui? Aconteceu alguma coisa? - ela desanda a falar, preocupada.
- Não, acalme-se. - eu sorrio e sento na cama de frente pra ela.
Percebo que seus olhos estão inchados.
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Preconceitos (em ANDAMENTO)
عاطفيةTrês histórias de preconceitos que serão vencidas pelo amor.