Com uma xícara fumegante de café em mãos, Zlatan Ibrahimovic observa da varanda da casa seu pai Sefik concentrado em cortar e trazer algumas lenhas para colocar no fogão que ele mesmo fez em casa. O jogador ri consigo mesmo. Mesmo depois que se tornou uma estrela do futebol europeu e conseguiu finalmente o que sempre quis, que era proporcionar melhores condições de vida aos seus pais, o velho Sefik Ibrahimovic não conseguia largar suas raízes simples.
Recostado na pilastra da varanda principal, ele recorda-se de como era quando era pequeno e via seu pai trabalhando duro na roça para trazer comida para casa e sobre como a questão financeira da família foi um dos motivos que fez seus pais se separarem. Ainda novo, o jogador queria dar uma vida digna aos pais, mas não conseguiria isso trabalhando nas mercearias do bairro de Rosengard. Não, ele não se achava melhor do que os outros a ponto de achar que não nasceu para trabalhar em um simples mercado, mas ele também tinha suas ambições assim como qualquer pessoa e achava que poderia conseguir bem mais do que aquilo.
Como sempre foi apaixonado por futebol ele via ali a sua chance de crescer profissionalmente e fazer dinheiro. Desde cedo acompanhava jogadores como Ronaldo Nazário, mais conhecido como Ronaldo, o fenômeno, um de seus jogadores favoritos, e tentava se visualizar neles. Infelizmente ele precisava colocar comida na mesa naquele instante, não dali a dois, cinco anos quando se via fazendo sucesso no futebol. Diante dessa situação, como expôs a Zahrah um tempo atrás, fez péssimas escolhas das quais se arrepende, como por exemplo tentar a vida na criminalidade, uma forma de ganhar dinheiro rápido e fácil. Com sorte algo aconteceu e colocou o treinador do Malmo FC na sua vida. Apesar de não acreditar muito no divino e em questões relacionadas à espiritualidade e fé, Zlatan acredita que aquela noite foi um sinal, um sinal para que saísse daquela vida mesmo antes de entrar. Caso ele ignorasse aquele sinal ele tem certeza que não estaria hoje vivo para contar história, pois terminaria a vida enfiado dentro de uma cela fria, ou pior, poderia estar morto.
Continua observando o Ibrahimovic mais velho e se recorda de quando ainda estava no início da carreira na Holanda jogando pelo Ajax e seu pai foi visitá-lo no país. Zlatan percebeu que ele ficou chateado pelo fato dele estar usando o seu primeiro nome na camisa do time e não o sobrenome da família. A verdade é que Sefik sempre quis que Zlatan fosse jogador de futebol e sempre o apoiou em sua decisão porque sabia que o filho tinha potencial e talento para isso, mas gostaria também de ver o sobrenome Ibrahimović sendo levado na camisa do filho e assim se tornasse reconhecido, mas isso foi por água abaixo quando Zlatan optou por levar o próprio nome na camisa. Tempos depois, já em outro clube, Zlatan decidiu fazer esse agrado ao pai e realizou um desejo dele, tornar o sobrenome Ibrahimovic conhecido.
Deixa a xícara de café sobre a mesa de centro disposta pela varanda e se aproxima do velho Sefik, o ajudando a pegar algumas das lenhas maiores e mais pesadas.
— Já acordado, Zlatan? — O mais velho indaga sem parar de fazer sua tarefa, ele não gostava de perder tempo.
— Estou acostumado a acordar cedo, gosto de aproveitar bem meu dia. — O jogador responde e é a verdade, Zlatan costumava acordar cedo, muitas vezes madrugava para começar seus treinos. Gostava de estar sempre em um nível maior do que esperavam dele.
— E os meninos e a mais nova mamãe do ano, onde estão? — Pergunta se referindo a Max, Vin e Zahrah. O mais velho havia adorado a notícia de que agora teria uma neta. O clã Ibrahimovic precisava de uma menina.
— Ainda estão dormindo. Zahrah passou mal grande parte da noite, nada do que ela come para no estômago mais e agora ela começou a querer comer umas coisas estranhas. — O jogador diz fazendo cara de nojo ao lembrar do pedido inusitado e um tanto nojento da parceira na noite anterior. Ela simplesmente queria comer terra. Obviamente que o sueco não permitiu.
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Depois de Você| Zlatan Ibrahimovic ✅
FanfictionSendo CEO de uma multinacional que distribui produtos para 95 países, as maiores preocupações de Zahrah Al-Mim, uma árabe radicada nos Estados Unidos são: continuar mantendo sua empresa e patrimônio em constante crescimento, permanecer estampando a...