CAPÍTULO 44

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Nailea

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Nailea

"Mãe. Pai." Falo assim que entro dentro de casa, sem realmente parar para falar algo. Subo direto para o meu quarto enquanto minha mãe parece estar cozinhando é meu pai lendo o jornal.

Assim que chego ao meu quarto, ligo o telefone, e encontro uma mensagem de Lana e uma ligação perdida de Riley. Vejo a mensagem primeiro enquanto tiro a roupa molhada.

L: Hey garota!! Namorando e agora nem liga mais para mim, né? :'(

Rolo os olhos. Rainha do drama.

N: Ei amiga! Desculpa, tem sido meio que uma bagunça por aqui. O pai de Vinnie morreu semana passada, então ele está bem mal.

Não tenho que esperar muito pela resposta.

L: Sério? Que merda... Manda um beijo para ele. Tenho que ir agora, amiga. Te amo

N: Te amo, minha vaca favorita.

L: Sua única vaca você quer dizer ;)

Solto uma gargalhada e decido ligar para Riley antes de tomar um banho.

"Oi amiga!" Digo quando Riley murmura um 'alô'.

"Hey. Te liguei mais cedo... Faltando aula para se pegar com Vinnie, Nailea? Sério?" Eu solto uma gargalhada.

"Estava entediada." Posso quase ver ela rolando os olhos. Nailea tinha se soltado bastante desde que nos conhecemos, e eu gosto disso. Mas ainda sinto como se ela tivesse se prendendo.

"Sei. Meus pais estão pirando por aqui." Essa foi a minha vez de revirar os olhos. Os pais de Riley piram por tudo.

"O que houve dessa vez?" Ouço ela bufar.

"Lembra aquela tal gangue que eu te disse?" Murmuro um mmhum, prestando toda a atenção. Por algum motivo, eu tinha uma grande curiosidade nessa gangue. "Bem, mais ou menos um mês e meio atrás, eles deixaram seu símbolo pichado em um beco. Um crânio com duas asas de anjo. O problema, é que não tem cena de crime. Não aconteceu nada. A única coisa que temos, é marcas de corrida de carro no chão." Eu franzi o cenho.

"Bem, talvez eles sejam apenas inteligentes e esconderam." Digo.

"Exatamente o que pensei. De qualquer maneira, não era nem para eu estar te contando isso, e eu realmente tenho que ir."

Nós despedimos, e a tal gangue não sai da minha cabeça enquanto eu tomo banho. Por que deixar o símbolo se nada ocorreu no lugar? Apenas não tem sentido.

Me forço a parar de pensar nisso quando me visto e volto para meu quarto. Mas, o fato de Vinnie ter uma asa de anjo tatuada não saia da minha cabeça.

Sacudi a cabeça, afastando o pensamento. Ele me contaria. Vinnie confiaria em mim. Era apenas uma conhecidência.

Tinha que ser.

______________________________________

Quando volto da escola no dia seguinte, me surpreendo ao encontrar meu pai e minha mãe me esperando. Os dois tinham expressões carrancudas no rosto, e eu ouço a moto de Vinnie partindo. Tínhamos adquirido a rotina dele me buscar de manhã e me trazer na volta. Pelo rosto dos meus pais, eles realmente não gostam disso.

"Nailea,nós precisamos conversar." Minha mãe dispara, e eu me forço a manter a postura. Eles não começariam a ser pais agora apenas porque eu estava namorando alguém que eles consideravam inapropriado. Não vai acontecer.

"Nailea, eu e sua mãe decidimos que você não vai mais sair com Vincent Hacker." Meu pai declarou, e apesar de as palavras serem esperadas, ainda sinto como se fosse um soco no estômago. Raiva toma conta de mim enquanto escuto minha mãe falar."A cidade fala, Nailea. Esse Vincent? O menino é um bandido. Você sabia que ele botou um menino no hospital um quase dois anos atrás?" Eu não sabia. Mas isso não significava que eu não conhecia Vinnie. Eu sabia que ele podia ser perigoso, mas eu também sabia que ele não faria nada com alguém completamente inocente. Apesar de não aprovar, não julgo. Se o garoto foi para o hospital, tem um motivo. Deixo a raiva tomar conta.

"A, é? Adivinha o que, mãe?" Eu falo o mãe com ironia. "Eu não ligo. Eu não ligo porque seja lá o que Vinnie fez, ele está mais comigo do que vocês dois, e vocês são meus pais! Eu não ligo porque o que quer que ele tenha feito não vai me fazer parar de amá-lo." Minha mãe parece ter levado um soco no estômago. "E, honestamente? No minuto em que eu fizer dezoito anos, eu vou sair daqui. E Vinnie? Vinnie vai estar bem ao meu lado." Assim que termino, não deixo eles falarem nem uma palavra. Me viro para sair. Assim que vou botar meu pé fora de casa, escuto meu pai gritar.

"Nailea Cristina Devora, se você botar um pé para fora dessa casa, não se encontre de voltar!" Eu paro por um segundo.Toda a minha vida, a única coisa que meus pais se importaram foram com eles mesmos. Eles nunca choraram em uma apresentação minha, ou sequer foram. Eles não estiveram lá para me ensinar a andar de bicicleta, e eu nunca ouvi um 'bota o casaco que está frio' da minha mãe. Eles nunca se importaram. Então, porque eu me importaria agora?

Dou um passo para fora, e apenas continuo a andar. Pego o meu carro, que minha mãe as vezes usava quando meu pai estava em outro lugar, e sem realmente ter para onde ir, saio daquele lugar. Era isso, eu sabia. Não voltaria para aquela casa, e honestamente, não queria voltar. Eles eram meus pais, e parte de mim sempre iria amá-los e procurar por sua aceitação, mas eu estava cansada. Tive o suficiente.

Enquanto dirigia pelas ruas de Los Angeles, lágrimas caiam pelas minhas bochechas. Lágrimas de raiva, tristeza, indignação e... Alívio. Era isso. Eu sabia que meus pais não iriam chamar a polícia ou algo assim. Eu iria fazer dezoito anos em mais ou menos três meses, e eles não iriam pagar esse mico. Não iriam deixar que a sociedade soubesse de sua filha rebelde que saiu de casa.Ligo para Vinnie algumas vezes, e ele não atende em nenhuma. Quando vou ligar para Riley, desisto. Eu não quero ir para sua casa, apesar de ser minha melhor amiga. Eu quero ficar com Vinnie.

Dirijo direto para o bar ao lado do estúdio de Chase.

Dirijo direto para o bar ao lado do estúdio de Chase

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XOXO 𝙎𝙖𝙗𝙧𝙞𝙣𝙖

𝗔𝗹𝗽𝗵𝗮-𝗱𝗲𝗮𝘁𝗵 𝗼𝗳 𝗔𝗻𝗴𝗲𝗹𝘀 | vinnie adaptation  Onde histórias criam vida. Descubra agora