CAPÍTULO 48

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Nailea

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Nailea

Um mês. Tem um mês desde que eu estou completamente quebrada e machucada. Passou um mês desde que eu me senti feliz pela última vez. Passou um mês desde que o pior dia da minha vida aconteceu.

Um mês de chorar até dormir, um mês de completa devastação, um mês de ver a razão de todos os meus sorrisos nos últimos quatro meses e não falar nada. Apenas passar no corredor, como se nada tivesse acontecido. Mas isso não era culpa dele. Ele havia tentado, por umas duas semanas. Ele havia tentado falar comigo... Mas eu não pude. Mesmo que o ame com todas as fibras da minha alma, eu não posso deixar de pensar no que ele fez. Não posso perdoá-lo.

E também tinha Kio e Chase... Não nos falávamos mais. Às vezes em uma aula ou outra, nós trocamos algumas palavras, mas não nos falávamos. E eu sentia falta deles. Demais.

Me aproximei de Flora também, apesar de não conseguir encará-la sem corar ainda, coisa que ela sempre me provocava sobre. Riley e eu nos tornamos bastante inseparáveis. Eu estava ficando na casa dela desde aquele dia. Seus pais não gostavam muito de mim, mas contanto que eu ficasse no meu canto, eles me deixavam ali. Eu deixei claro que era apenas por mais dois meses, até que eu conseguisse dinheiro suficiente para conseguir me estabelecer sozinha. Até eu conseguir a herança da minha avó.

E tinha meus pais. Eu não ouvi nada deles. Quando digo nada, eu quero dizer, nada. Nenhuma palavra desde que saí de casa. Sinceramente, eu não me arrependi de nada. Claro, sentia um aperto no peito ao pensar na relação que podíamos ter tido mas nunca aconteceu. Mas eu também me sentia aliviada de me livrar da necessidade de ser aceita por eles. Apenas cansei. E eles parecem achar o mesmo, pois não falaram nada. Bem, até agora.

Um mês depois da minha partida, recebi uma mensagem. Uma curta mensagem. Eu estava saindo do chuveiro do banheiro de Riley quando o telefone apitou. Era meu pai.

Pai: Nai, recebi uma proposta de trabalho. Eu e sua mãe estamos nos mudando para New York. Pode ficar com a casa. Considere seu presente de aniversário adiantado.

Eu fiquei ali, segurando o telefone por alguns minutos antes da realidade bater. New York? Jura? Eles apenas vão embora? Espero pelo sentimento de raiva, ou alguma coisa. Qualquer coisa. Mas nada vem. Tem sido assim a um tempo.

A casa é minha? Eu sabia que nós havíamos comprado a casa quando nos mudamos, e eles estão apenas me deixando viver lá?

"RI!" Grito para ela, e a porta do banheiro logo abre, minha amiga do outro lado. Ela havia cortado um pouco o cabelo no último mês. Antes estava em sua bunda, e agora parava nas costas, quase no início da cintura. Pouco abaixo do peito. Sem ser isso, boa e velha riley "Meus pais vão se mudar para NY. Acabaram de me dizer que a casa é minha. Acredita nisso?"

Minha amiga me encara com a boca aberta. Eu não achava que meus pais realmente me deixariam ir tão fácil. Não sei porque estou surpresa, de qualquer maneira. Eles não se importam. Nunca se importaram.

"Você vai?" Podia ver que ela estava meio chateada com o fato, e pela primeira vez em duas semanas, desde que Vinnie parou de tentar, eu tenho uma reação. Meu coração aperta por ela.

Nas primeiras duas semanas, eu me sentia acabada. Toda vez que Vinnie tentava falar comigo algo dentro de mim quebrava. Até que ele parou de tentar. Quando ele parou de tentar, eu parei de sentir. Dentro de mim não tinha mais nada, eu não sentia mais nada. E um aperto no coração por Riley, foi a primeira reação que tive em duas semanas.

"Vou. Não posso continuar aqui, Riley. Eu te amo, mas preciso do meu espaço." Digo, tentando ser mais gentil. Riley sorri para mim, e me abraça.

Quando nos afastamos, eu começo a arrumar minhas coisas. Não conseguia pensar em como minha vida tinha realmente mudado em quatro meses. Eu me apaixonei, e depois quebrei.

Arrumo as coisas que eu tinha dado um jeito de pegar sem meus pais notarem em uma mala. Pego a minha mala pronta, dou um beijo e um abraço em Riley, e vou para a porta da frente.

"Arranjei um lugar para ficar. Obrigada pela ajuda, Sr e Sra Hubatka ." Digo, e vejo os pais de Riley me enviarem um sorriso falso. Eu não gostava de nenhum deles, mas eles me ajudaram, isso eu não posso negar.

Vou para o meu carro, deixando a mala na parte de trás, e imediatamente dirigindo para fora daquele lugar. Não me entenda mal, agradeço muito a ajuda que Riley me deu, mas eu precisava desse tempo sozinha. Um mês, e eu não consegui lidar com tudo ainda. Vinnie ainda fica na minha cabeça, nossos momentos juntos se repetiam, me torturando, me fazendo desejar voltar para esses momentos.

Assim que paro em frente de casa, respiro fundo. Tinha me recusado a passar por essa rua no tempo em que eu fiquei fora. Muitas memórias.

Salto do carro, me obrigando a pegar minha chave e entrar na casa. Acendo a luz, e assim que olho para a sala, todos os sentimentos voltam. Vou nessa casa que eu vi ele sorrir de verdade pela primeira vez, que tivemos nosso primeiro beijo, nossa primeira vez. Foi aqui, que decidimos tudo.

Não consigo empedir as lágrimas de descerem, e assim que fecho a porta atrás de mim, pego meu telefone é faço algo que não faço a duas semanas. Quando terminamos, Vinnie me ligou algumas vezes. Não atendi em nenhuma delas, mas gravei os recados. E tinha um, tinha um que eu não conseguia parar de ouvir.

"Oi baixinha..." Minha mão vai para a minha boca para empedir um soluço assim que eu escuto sua voz. A maldita voz sexy do caralho. "Você provavelmente me odeia agora. As vinte ligações que você não atendeu provam isso. Mas está tudo bem. Eu amo você o suficiente para nós dois... Só queria te dizer que você sempre será minha, não se engane sobre isso. Uma parte de você sempre será minha, e nós dois sabemos disso. Nós podíamos ter conquistado tudo... Eu estraguei isso, sei que estraguei. E vou me arrepender pelo resto da minha vida. Eu te amo, minha baixinha." Eu caio no chão, lágrimas descendo descontroladamente. Eu o amava. E odiava o fato que parte de mim desconfiava dele quando dizia que estava arrependido. Mas era verdade. Eu não confiava mais nele. E eu o amava. Mas às vezes o amor apenas não é o suficiente.

Me obrigo a me recompor, limpando as lágrimas do meu rosto. Arrasto a mala até o meu quarto, e tento não prestar atenção na cama ou em nada. São muitas memórias.

Pego uma calça de moletom e faço o que sempre faço. Tento lutar contra a vontade de colocar a maldita camisa de Vinnie que ainda está comigo. Eu nunca consigo, porém, e hoje não é excessão. Boto a maldita blusa, e vou rapidamente para a sala.

Assim que eu sento no sofá, meu celular apita com sinal de mensagem. Assim que vejo o nome na tela, franzi a testa. Mas nada me prepara para a mensagem. Antes mesmo de terminar a ler, já estou com a chave do carro na mão, nem me preocupando em mudar de roupa.

Kio: Nai, sei que você e Vinnie estão en um estado ruim agora, mas Chase está machucado... É ruim, Nai e Vinnie está perdendo a cabeça. Ele é um filho da puta orgulhoso demais para te chamar, mas ele precisa de você... Por favor. Estamos no bar.

XOXO 𝙎𝙖𝙗𝙧𝙞𝙣𝙖

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XOXO 𝙎𝙖𝙗𝙧𝙞𝙣𝙖

𝗔𝗹𝗽𝗵𝗮-𝗱𝗲𝗮𝘁𝗵 𝗼𝗳 𝗔𝗻𝗴𝗲𝗹𝘀 | vinnie adaptation  Onde histórias criam vida. Descubra agora