Olivia
A morte e sempre muito triste, a partida de um ente querido requer muita sabedoria para que possamos seguir em frente, eu não entendia muito bem o que acontecia com os mortos, acreditava que eles estavam dormindo, e me perguntava o motivo de tantas pessoas chorarem por uma pessoa que apenas dorme. Mamãe me explicou que o pai da tia Helena agora tinha ido morar no céu, e que seu irmão mais novo agora morraria conosco na fazenda.Não tive mais explicações sobre o acontecimentos, mas ao poucos vi um dos quartos de hóspedes ser preparado para a chegada do Gael, meu novo primo como mamãe me explicou agora ele seria cuidado por meus tios e precisaria da ajuda de todos nós para suportar a dor que estava sofrendo, mas que tipo de dor? Ele estaria machucado?. A casa estava toda decoração e pronta para a chegada do Gael eu com meus cinco anos já sabia ler muito bem e sabia o significado de cada palavra descrita no cartaz.
E a porta se abriu e atrás dos meus tios Helena e Arthur estava ele, loiro alto e lindo, triste porém lindo, e ali me apaixonei perdidamente por ele, antes mesmo de ouvir sua voz. Depois desse momento nunca mais larguei o Gael e cheguei a pedir ele em namoro e ele prometeu pensar no meu caso. Ele sempre me levava para a escola eu e meus primos, Mike, Saulo e Edward.
Mamãe descobriu que estava grávida, sim eu teria meu tão sonhado irmão, eu só não sabia que seriam dois ao mesmo tempo, sim mamãe estava grávida de gêmeos e os nomes logo foram escolhidos por mim Samuel e Salomão nomes que eu tinha visto em histórias bíblicas.
Era uma tarde de domingo e a fazenda Falcão estava bem mais calma que o normal, pedi para o papai ir cavalgar comigo na beira do riacho, e ele logo foi, estava acostumada a cavalgada com a mamãe mais a barriga enorme a impedia de fazer nossas coisas preferidas juntas, então dessa vez meu pai faria isso ao meu lado. Sugar minha égua galopava pelos campos a caminho do riacho, e eu ria para meu pai enquanto dizia:
- Vamos papai, me alcance. Disse enquanto meu cabelo voava com o vento e sentia a brisa do vento em meu rosto.
- A mocinha vou te pegar. Disse ele enquanto acelerava para me alcançar.
E ele conseguiu, assim demos uma acalmada nos cavalos, e fomos conversando sobre nosso cotidiano.
- Como vai a escola, minha princesa. Perguntou papai, olhando para mim enquanto descia do cavalo.
- A papai, tudo que a professora está ensinando eu já sei um pouco, mais gosto das aulas de espanhol e alemão. Disse relembrando das minhas lições para aprender o idioma do meu país de nascença, mesmo vindo muito pequena para o Estados Unidos, eu tinha nascido na Alemanha.
Demos um pause na conversa e caminhamos de mãos dadas até a beira do riacho, eu ria para o papai que me levantava no ar, até avistar ele Gael acompanhado de uma moça, me perguntei quem seria ela, o que ela seria? E mais ainda o que ela significaria para ele? E todas essas respostas vieram quando eu vi ele a beijar, minha cabeça só pensava em uma questão, as pessoas só se beijam quando se amam, isso significava que ele amava ela. E ali sofri minha primeira decepção amorosa aos 6 anos de idade, sofrendo de amor.
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Título padrão - Rendida A Esse Amor
RandomDizer que sempre fui apaixonada por ele é pouco, Gael sempre foi o amor da minha vida, e não era uma paixão de adolescente que iria passar com o tempo, o sentimento latente em meu coração permaneceria pelo resto dos meus dias. Eu lutaria para f...