Único; Como uma fênix vinda das cinzas.

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então, na época em que eu ainda tinha MUITO receio de postar minhas fics sobre tpn, eu escrevi uma one-shot no ponto de vista do Ray falando sobre o amor da Emma e do Norman e os pensamentos do menino Ray em relação a isso, mas eu nunca cheguei a publicar por insegurança e acabei excluindo ela do meu bloco de notas.

Não lembro muito bem do que tinha na one-shot, mas eu lembro que acabava com o Ray contando a história de amor entre a Emma e o Norman pra filha dos dois (vulgo Aurora cofcof)

Pensando nisso, eu escrevi essa fic pro tema de hoje, que é "Renascimento do amor"

Espero que gostem, uma boa leitura e desculpem pelos erros <3

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Ray viu o amor entre Norman e Emma nascer quando eles tinham apenas quatro anos, mais ou menos na época em que seu melhor amigo pegou um terrível resfriado e teve que ficar - mais uma vez. - na enfermaria. Foi naquela mesma linha de acontecimentos que Ray ajudou Emma a produzir os copofones, achando uma maneira prática e segura de fazer companhia ao menino adoecido.

Ele notou muito bem a sutil mudança de comportamento de Norman em relação a Emma no momento em que ele saiu da enfermeira, e imediatamente soube que algo estava diferente. Foi dito e feito, uma semana depois Ray percebeu que seu melhor amigo estava apaixonado por aquela bola de energia que ele também chamava de melhor amiga.

O garoto brincava com Norman em relação a isso, sempre o provocando quando possível, mas interiormente Ray estava preocupado. Se o destino de todos eles era a morte, então como Norman poderia continuar a sustentar aquele amor por Emma sendo que em uma hora ou outra ambos seriam mortos?

Esqueça isso, ele se repreendeu certa vez, isso não vai acontecer. Eu vou achar uma forma de tira-los daqui. Emma e Norman. Eles estarão em segurança, mas primeiro eu preciso pensar em como fazer isso. E tem de ser rápido.

Ray viu a chama daquele sentimento ficar ainda mais forte aos sete anos, quando percebeu que aparentemente, Emma retribuia os sentimentos de Norman - mesmo que ela estivesse estupidamente alheia a isso.

Foi naquele dia depois da chuvarada, quando Norman enfrentou as gotas geladas apenas para resgatar o lenço de uma Emma tristonha. O único problema era que seu amigo deveria ter esquecido que tinha facilidade ao adoecer, e não foi surpresa para ninguém quando ele caiu duro no chão, fervendo em febre.

Então lá foi Emma, aquele imã de energia humana, à procura de uma cura para Norman após pensar que seu tempo de vida estava reduzido e ele iria supostamente morrer. E claro, Ray foi junto, apenas para garantir que ela não voltasse com arranhões e mais machucados.

— É sempre o Norman quem me tira dos problemas. Ele me ensina o que eu não sei, ele me ajuda quando eu tenho problemas, mas não é só isso... É como se ele estivesse sempre me protegendo. Isso porque ele é um aliado valioso que me ajuda em qualquer situação. Norman ele... Ele é valioso para mim. — foram essas exatas palavras que Emma lhe disse quando ele a questionou a razão por estar tão comprometida a achar uma cura para Norman, e na sua mente de sete anos, e até mesmo agora mais crescido, aquilo foi um belo exemplo de uma declaração indireta.

Então lá estavam aqueles dois: ambos apaixonados um pelo outro mas totalmente alheios.

Havia como piorar? Ray descobriu que sim.

Porque da mesma forma que ele viu aquele amor ser cuidado e semeado aos poucos, de uma forma inocente e pura, com gestos infantis como dar as mãos, abraços e palavras gentis, Ray também viu aquele amor ser destroçado em pedacinhos quando Norman foi enviado para ser "adotado", deixando para trás uma Emma abalada e desamparada.

Havia acabado. Simplesmente tudo desmoronou. Aquele amor que foi cuidado e crescendo aos poucos durante anos havia simplesmente queimado até virar cinzas.

Ou foi isso que ele pensou, afinal Ray deveria saber que se tratando daqueles dois, as coisas sempre seriam diferentes.

Foi com surpresa que ele viu Emma incluindo o nome de Norman em tudo que eles faziam depois da fuga, ela lhe revelou que faria e viveria tudo aquilo que Norman não pode, que ela não deixaria a memória dele a atormenta-la e sim impulsiona-la cada vez mais.

E ela fez exatamente o que havia dito. Ray via Emma conversando com a foto dela e de Norman todas as noites, e ele até poderia chama-la de louca - aquilo era estranho às vezes. - mas achava um gesto louvável.

O que o fez pensar: a chama do amor entre Norman e Emma ainda não havia apagado como ele anteriormente achou, ao contrário, parecia ainda mais acesa e forte.

Seja lá onde Norman estivesse, Ray tem certeza de que ele continua a nutrir seus sentimentos por Emma da mesma forma que ela faz com ele.

E adivinha? Ele novamente não errou! Porque quando Ray subiu as escadas e abriu a porta do escritório do "novo" William Minerva e encontrou Norman parado ali ao lado de Emma, juntos como eles eram quando menores, ele imediatamente soube que nada havia mudado, e que aqueles dois ainda se amavam.

Mesmo com ideais opostos, eles continuaram a se amar e a se importar loucamente um com o outro, e mesmo após Emma ter ido às Sete Paredes e selado uma nova promessa com o deus demônio, e Norman acabar com toda a monarquia demoníaca, eles continuaram a se amar como quando tinham sete anos.

Até mesmo quando todos eles acordaram em uma praia humana sem nenhum rastro de Emma, Ray notou que Norman permanecia amando Emma. E foi por amor a Emma que ele continuou firme em suas buscas incansáveis por ela, nunca parando ou desistindo, insistindo até não suportar mais. Seus esforços deram frutos e graças a isso, depois de dois anos, eles encontraram Emma e estavam morando com ela. Como uma família de novo.

E se formos ser sinceros, na verdade, Ray não estava surpreso em mesmo depois de tanto tempo separados e ainda por cima com Emma sem memórias, ver aquele amor renascendo das chamas.

Com memórias ou não, Emma ainda assim amaria Norman e aquilo era hilário de se ver. Talvez, por se tratar de alguém de certa forma "desconhecido", e também por ela não ser a mesma de antes, Emma era muito fácil de se ler em relação aos seus sentimentos.

Não que ela não fosse antes, na época de Gracefield, mas agora as coisas estavam bem mais claras para os de fora. Como o fato de ela ficar nervosa sempre que Norman estava por perto, ou como suas bochechas assumiam uma tonalidade rosada quando ela acabava tendo um toque de mãos acidental com ele, e o que falar do jeito como seus olhos verdes se perdiam nele sempre que ela tentava encara-lo com " discrição"?

Vamos falar então da forma como ela sorria sempre que ele falava com ela, e de como ela parecia se sentir segura e confiante ao lado dele, ou do jeito como Emma simplesmente amava estar na presença de Norman.

E Norman, bem... ele não havia mudado. Qualquer um - exceto Emma. - podia ver o quão apaixonado ele estava.

Aquelas chamas que Ray achou que em diversas vezes foram apagadas graças as armadilhas do destino, haviam reacendido no momento em que eles encontraram Emma naquele mercado a céu aberto e Norman propôs que ela fosse morar com todos eles. Como uma fênix ressurgindo das cinzas em sua mais perfeita glória.

Com memórias ou não, Emma continuaria a amar Norman, e ele sempre iria retribuir.

Porque o amor entre Emma e Norman era assim, por mais turbulentas que fossem as coisas, aquela chama jamais se apagaria.

Nada havia mudado.

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Headcanon de que quando o Ray chegou no mundo humano ele fez um fc pros noremma e a conta tem mais de 1 milhão de seguidores <3

foi só isso por hoje mesmo ☠️

➡︎ A arte da capa NÃO ME PERTENCE! Todos os créditos vão para @pheoflame, no Twitter! ⬅︎

Muito obrigada por ler até aqui, até a próxima!

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