Capítulo 1 - Prólogo - A Rainha Humana

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Há muito tempo atrás, monstros e humanos viveram em uma serena paz por eras. Gerações e gerações da realeza dos monstros e dos humanos conviveram pacificamente pelas mesmas terras, sem conflitos de grande escala. Porém, um dia, os humanos, que temiam que os monstros os atacassem e roubassem suas almas, juntaram um exército e atacaram os monstros.

Asgore, o rei dos monstros, não sabia o que fazer. Ele não queria lutar contra os humanos, mas ele não teve escolha. Ou permitia que seus súditos fossem exterminados, ou revidava.

Foi então que o rei decidiu criar um exército com os monstros que dominavam a magia mais poderosa de todas. A magia que os humanos tinham dentro deles e o que os tornava tão fortes, a determinação. Os monstros que possuíam a magia e os que não possuíam juntaram-se para defender os seus e ganharam dos humanos pelo seu número e pela sua força.

Muitos monstros morreram, mas Asgore permanecia se negando a trancar os humanos no subsolo, por isso tentou fazer um acordo com o rei dos humanos para dividir o mundo em dois: uma parte para os monstros, e outra para os humanos...

O acordo perdurou por vários anos, mas, quanto mais o tempo passava, mais os humanos ficavam gananciosos e desejavam a terra dos monstros para eles. Pensamentos como "Nós somos superiores! Nossa alma é mais forte! Devíamos ficar com todo o planeta só para nós!" passavam pela cabeça deles.

Um grande grupo de humanos um dia chegou para o rei deles para pedir permissão para tomar de volta o que era deles, mas o rei, que já estava muito velho, sempre respondia "Não permitirei! Fizemos um acordo com eles e não vamos quebrá-lo. O rei deles foi piedoso conosco, então eu não deixarei outra guerra como aquela acontecer. Não enquanto eu viver!". Porém, poucos anos depois, o rei faleceu por uma doença desconhecida.

Sua filha, Chara, que era até nova demais para assumir o trono, foi colocada como a nova rainha dos humanos, mas ela tinha um ódio pelos monstros no coração, o mesmo ódio que os humanos gananciosos tinham.

Não demorou muito até que os humanos desenvolvessem armas e conhecimentos mágicos poderosos que podiam acabar com os monstros, e Chara, alimentada pelo seu ódio, anunciou um ataque à cidade dos monstros mais próxima da fronteira.

Os cidadãos que lá viviam foram pegos de surpresa. Os humanos destruíram todos sem piedade. Quando Asgore foi informado, era tarde demais. Ele tentou enviar uma carta a Chara, tentando propor paz, mas ela recusou. Asgore se viu novamente sem opções e decidiu dar a Chara o que ela mais queria... A Guerra.

Infelizmente, para os monstros, os humanos saíram vitoriosos. Cinzas de centenas de monstros pairavam pelo ar. Até o filho de Asgore, Asriel Dreemurr, havia falecido.

Ele havia sido acertado por um golpe mágico enquanto tentava salvar algumas crianças humanas dos destroços de uma casa que estava pegando fogo. Uma das crianças não conseguiu sobreviver e ofereceu sua alma a ele para que pudesse salvar as outras e, relutante, ele a aceitou. Ele tinha esperança que os humanos poderiam mudar, que nem todos eram cruéis, mas os humanos ao virem Asriel salvando as crianças, pensaram que ele estava as atacando e atiraram nele sem piedade.

Asgore estava sentindo que havia falhado, não só como rei, mas também como pai. Os humanos, liderados por Chara, expulsaram os monstros para o subsolo e sete magos poderosos os trancaram lá com uma barreira que só podia ser atravessada por alguém com uma alma humana e de monstro e que só podia ser quebrada com o poder de sete almas humanas.

O tempo foi passando... No subsolo, os monstros adaptaram-se ao estilo de vida rotineiro e vários cientistas, dentre eles Alphys, trabalharam para achar uma forma de produzir energia para as cidades com o núcleo do subsolo. Várias estruturas foram erguidas e os monstros conseguiram sobreviver. Mesmo depois de tantas dificuldades e perdas, eles sempre mantinham a esperança de que um dia sairiam do subsolo e voltariam a sentir a luz do sol em suas peles ou escamas.

O rei conseguiu coletar seis almas humanas ao longo dos anos, mas, ainda que ele estivesse próximo de libertar os monstros, ele se sentia quebrado. A perda do seu filho e de seus vários amigos ainda estava dentro dele, e fazia-se muito tempo desde que um humano não caia no subsolo. A esperança dele estava em pedaços, os seus súditos sempre tentavam animá-lo, mas não conseguiam.

Alguns até sussurravam entre si que talvez ele não pudesse mais governar... 

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⏰ Last updated: Jan 12, 2022 ⏰

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Lewstale - (Undertale AU)Where stories live. Discover now