Capitulo Único

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NOTA DA AUTORA

Isenção de responsabilidade: não tenho o intuito de ofender ninguém com essa fic e obviamente tudo isso não passa de ficção. Não conheço nenhuma das personalidades aqui (infelizmente) e escrevo por puro divertimento.

Ps 1: não falo dinamarquês, então desculpe pelos possíveis erros que cometi aqui. As falas sublinhadas foram retiradas de entrevistas em que ele participou.

Ps 2: me empolguei novamente nos gifs, sorry hahahahah

Ps 3 e último: acreditem ou não, mas nesse oneshot não terá hot 🙊

Boa leitura!

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Gabrielle Evans não estava tendo um dia bom, se for pra ser eufemista. Agora se for pra falar com sinceridade e sem filtros...ela estava, desde que saiu da faculdade de cinema, na merda.

Claro que ela não admitiria isso em voz alta, nem pros amigos e muito menos para seus pais, que nunca aprovaram realmente a escolha de carreira da filha. "É um trabalho ingrato"- eles diziam. Mas o que Gabrielle poderia fazer? Ela não se via fazendo outra coisa na vida, não se via longe das câmeras.

Sua paixão surgiu ainda na infância, quando seu pai trazia pra casa, toda sexta, meia dúzia de filmes para assistirem. Era sempre uma variedade de gêneros: terror, comédia, ficção científica, noir...mas ela sempre teve um interesse particular por dramas e por mundos distópicos. Gabrielle não via os filmes, ela os devorava...um atrás do outro, e quando terminava ficava ansiosa para que sexta feira chegasse novamente, apenas para que uma nova remessa de filmes fosse trazida por seu pai da locadora.

Seu aniversário de treze anos foi um marco em sua vida, ela ganhara uma pequena filmadora de presente, a qual passou a levar para todos os lugares. Ela filmava pessoas correndo, os vizinhos brigando, os adolescentes dançando no parque... até que seu pai começou a chamá-la de pequena Maria Fifi. Em resposta, ela apenas declarava que "não era fofoqueira, era uma futura cineasta incompreendida". Seu pai apenas ria e dava de ombros, pensando que logo essa fase passaria.

Foi um choque para seus pais quando ela declarou a faculdade que iria fazer. Obviamente tentaram de todas as formas dissuadir a garota, mas ela foi irredutível, e não tendo outra alternativa, "aceitaram" sua decisão.

Gabrielle conseguiu uma bolsa de estudos na concorrida faculdade de artes de Los Angeles, seus pais e ela própria mal acreditaram quando a carta de admissão chegou.

Mais uma vez vieram as discussões: "por que não uma faculdade que seja daqui? Por que em Los Angeles?"

E mais uma vez ela foi irredutível...era em Los Angeles que estavam os melhores e mais renomados professores, então era pra lá que ela iria. Mesmo que fosse a pé, de carona ou de bicicleta...mesmo se tivesse que bater de porta em porta vendendo doces para conseguir dinheiro e ir...mas ela iria!

No final, não precisou de nada disso...seus pais tinham uma pequena quantia guardada que garantiu a viagem, assim como dois meses de aluguel do quarto em que ela ficaria, na república perto do campus. Era um sonho se tornando realidade!

Foram quatro longos, suados e maravilhosos anos de estudo. Ela trabalhou de noite em um pequeno restaurante, dormiu por volta de cinco horas por dia e definitivamente não se alimentou direito...mas ainda foram quatro anos maravilhosos, pois estava seguindo o que seu coração almejava. Claro que ela não podia imaginar o que aconteceria com o fim de seus estudos...ela não imaginara o medo que sentiria, a sensação de vazio e a frase que iria pairar sobre sua cabeça: "tá, e agora?"

O Oposto da AntipatiaOnde histórias criam vida. Descubra agora