entre a razão

capítulo 10

······ Cecília·······

Hoje é segunda feira, já estou na faculdade e acho que ainda estou de ressaca de sábado. Naquela noite bebi 8 shots de tequila mais 2 copos de whisky, e para ser sincera, nem lembro como cheguei em casa.

As primeiras aulas foram mais entediantes que o normal. Matt e eu conversamos durante alguns minutos antes de uma garota pedir que fizéssemos silêncio.

Emma me contou mais sobre o seu quase namorado, e parece que os dois estão se dando bem.

Estou no refeitório com Matt e Emma, escutando eles conversarem sobre alguma coisa a qual estou prestando 0 atenção quando sinto alguém sentar ao meu lado.

- Preciso do seu telefone.

-  Embora ter um fã pareça legal, você está me assustando. - Nicolas arqueia uma sombrancelha.

- Esse é o gato de jaqueta da boate. - Emma sussurra do outro lado da mesa.

- Então esse é o cara que transou com a minha namorada. - Matt passa um de seus braços pelo meu ombro e fechou a cara olhando pro Nicolas.

··········· Nicolas ···········

Eu escutei bem?

- Namorada? - Ela transou comigo enquanto namora outro cara?

Os três caem na gargalhada e aí eu percebo que estão de palhaçada com a minha cara.

- Não fode. - Decido ignorar a palhaçada e vou direto ao assunto. - Olha Cecília, acho que você sabe o significado de casualidade. Embora eu tenha que admitir que posso me tornar um fã. - sussurro perto do seu ouvido, com minha respiração em seu pescoço e a sinto arrepiar. Ela parou de rir e passou a língua umedecendo os lábios. Me afasto e volto a falar.

- Preciso do seu número para marcar de fazer o trabalho. - Cecília desvia o olhar e pega um pedaço de folha do fichário, e anota o que eu acho ser o seu número.

- Aqui, acho que posso fazer o trabalho na sexta. - ela me entrega o papel e se aproxima.

- Vou ver e te aviso. - me levanto da mesa e caminho em direção a saída do refeitório.

  Saio mais cedo da faculdade hoje, passo no escritório e reviso alguns papéis. Estou evitando a minha mãe. Pode parecer egoísmo, mas caralho, é a minha mãe.

  Ela vai se casar com um cara que até dois dias atrás eu nem sabia da existência. Eu quero que ela seja feliz, ela merece ser feliz depois de toda merda que ela passou com um marido alcoólatra e que a espancava na frente dos filhos. Ela passou muito tempo sofrendo, e eu entendo isso.

Eu só estou preocupado, não quero que ela passe por tuda aquela merda de novo.

Fico olhando algumas plantas e projetos, assino alguns e mudo outros. Quando meus olhos se cansam e eu não consigo manter o foco, fecho meu notebook e respondo algumas mensagens no celular.

Depois de sair do escritório, decido passar em um restaurante para jantar antes de ir pro meu apartamento.

Chego no restaurante italiano e estaciono o carro um pouco distante.  Caminho até o restaurante que está parcialmente cheio e me sento perto de uma das janelas.

Peço um ravioli ao molho de nozes e um vinho para acompanhar. Após comer, sigo em direção ao meu apartamento.

Chego e vou tomar um banho, reviso alguns trabalhos da faculdade e me lembro que tenho que marcar o trabalho com a Cecília.

Falando no diabo, eu sei que mais cedo ou mais tarde o que fizemos vai se repetir. Cecília parece ser uma mulher complicada, mas que aproveita a vida e sabe o significado de casualidade.

Pego o meu celular para mandar uma mensagem.

·Mensagem on·

N - Não posso na sexta. Pode na quarta?

C - Você realmente tem um problema com a palavra oi. Quarta a noite. Podemos nos encontrar em um restaurante, ou na biblioteca.

N - Seria um encontro? Pequena.

C - Me avisa quando decidir onde quer fazer trabalho.

N - Nos encontramos no restaurante italiano perto da faculdade.

·Mensagem off·

Marco no restaurante em que fui hoje, deixo o celular de lado, deito na cama e pego no sono.

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Mais um capítulo hoje só pra não me matarem.

Nick já passou por muita coisa, vou falar mais sobre em algum capítulo mais pra frente.

Esses dois com essa casualidade vou te contar viu.