Você gosta do que vê?

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Chegamos fora do salão, e meu braço chega esta doendo de tanto que Victor aperta os dedos em volta dele. Quando estamos longe o suficiente para ele, ele para, e eu puxo meu braço do seu aperto.

- Eeeiii... Assim você me machuca merda.- olho para ele zangada e bêbada.

- Desculpa princesa, é que eu não via a hora de esta longe do pessoal.- ele fala e eu franzo a testa.

- Por que?- pergunto soluçando por conta do álcool.

- Preciso te confessar uma coisa.- ele começa chegando mais perto de mim.- eu sou louco pra ficar com você.- diz olhando para minha boca e eu dou um passo para traz.

- Tá doido Victor? Nos somos amigos.- minha cabeça da um giro. O Victor na minha frente agora parece duas pessoas.- isso não é você, é o álcool falando, somos apenas amigos, lembra?- tento parecer o mais sóbria possível, porém minha voz arrastada me dedura.

- Isso não é de hoje Mel, eu estou te querendo já tem muito tempo, só que você nunca me dá condições, por isso fiquei com medo de dizer antes. Hoje que a coragem bateu, eu não podia perder a chance.- insiste ele chegando mais perto, e eu consequentemente dou outro passo para trás.

- Mas não da pra gente conversar sobre isso agora, eu estou bêbada, você esta bêbado e nos vamos se arrepender disso amanhã.- estou muito desconfortável, porque mesmo bêbada, eu não sinto vontade nenhuma de fica com Victor.

- Eu sei que estamos bêbados, mas isso deixa as coisas ainda mais divertidas, você não acha?.- pergunta sorrindo maliciosamente, chegando perto demais de mim, sem tirar os olhos dos meus lábios. Enquanto eu vou chegando para traz a medida que ele vai se aproximando.- prometo que você não vai se arrepender. Para de fugi de mim.- ele diz se divertindo com a situação.

- Victor, não faz isso.- peço já com a respiração irregular.

Se ele dê mais um passo, eu corro!

- Eu sei que você também me quer, não precisa fingir, não tem ninguém aqui, só eu e você.- ele fala com um sorriso zombeteiro nos lábios e eu começo a ficar assustada.

- Esta enganado.- eu balanço a cabeça.- eu não quero, me deixa ir e volte lá para dentro, antes que eu de um tapa na sua cara.- falo firme.

Ele para o seu caminho por um estante e sorrir agora mais largo.

Parece que os olhos dele estão em um tom mais escuros agora, suas pupilas estão super dilatadas mostrando claramente sua embriaguez, e isso me causa um pouco de medo. Sei bem o que as pessoas podem fazer quando estão bêbadas e fora de si.

- Oh princesa, se você bater, eu gamo ainda mais.- ele diz e fica sério, fazendo o caminho até a mim novamente, parecendo mais decidido que antes.

Nesse tempo, eu escuto o barulho da porta de um carro se abrindo, mas não tenho coragem nem de virar o rosto, com medo que Victor se aproveite para me agarra. Ele também não se importa com o som que escuta, e continua se aproximando. Quando estou pronta pra corre e dou o primeiro passo para traz, minhas costas bate em algo. Solto um gemido de dor abafado, pois minha cabeça bêbada começa a doer com o impacto. Victor olha para traz de mim, e seu rosto muda para espanto. Ele fica completamente ereto, e seus pés não conseguem mais se mover em minha direção.
Eu fico assustada com sua reação, mas fico imóvel sem conseguir me virar para ver no que bati.
Logo depois, uma voz masculina, grossa e firme como um trovão, soa em meus ouvidos, me fazendo estremecer da cabeça aos pés.

- Tem alguma coisa errada aqui?.- a voz era de raiva, e faz meu corpo inteiro se arrepiar.

- Nãnãaoo... que, que isso, nos somos amigos.- Victor diz nervoso e incomodado, eu fico curiosa pra vê quem é, porém meus pés não me obedecem.

O SicilianoOnde histórias criam vida. Descubra agora