Prisioneira do Amor
Você diz me amar,
Mas me maltrata
Pedi perdão, e de novo
Me faz chorar.
Tento te largar
E você me ameaça
Me tranca em casa
E vai se divertir.
Me humilha dizendo
Que sou nada.
Me bati e me xinga,
Depois se diz arrependido
E mais uma vez acredito.
E assim vou vivendo,
Numa prisão sem grades
De abusos e desrespeito
Da qual não consigo fugir.
Um milagre em meu ventre me dá coragem para lutar.
Fujo à noite em silêncio,
Para uma nova vida
Encontrar.
Por breve tempo eu consigo, finalmente ser feliz,
Mas logo tudo se acaba,
Quando você me encontra.
Eu luto por minha vida
Mais ela é cessada
E mesmo implorando
Por nosso filho,
A sua ira não se acaba.
Duas vidas foram ceifadas,
uma mesmo antes de nascer.
E no final me arrependo
De não querer denuncia-lo
Pelo menos poderia
A vida de um inocente
Ter salvado.
