Máfia

Eu perdi você.

Izzy ficou minutos daquele chão frio nos braços de Cassandra. Sua respiração tinha normalizado, mas as lágrimas não tinham parado. Ela se lembrou de todos os momentos com Clary, e de como Magnus tinha a levado.

-Precisamos ir.

-Para onde?

- Clary. Ela será torturada por informações. Apesar de tudo, não posso deixar isso acontecer.-Izzy a encara. Ela sabia que Clary não tinha enganado apenas ela, mas Cassandra também, tinha usado ela para chegar até Izzy, para destruí-los, mas Cassandra abriu um pequeno sorriso. Cassandra a ajudou a se levantar e a ajeitar sua roupa.

-Vamos. Eu dirijo.

Izzy ligou para James e descobriu para onde tinham levado Clary. Não demorou muito para Cassandra estacionar e elas saírem do carro. Elas entraram na casa, os guardas no lado de fora nem pisaram enquanto faziam isso. Era uma casa simples. No nome de alguém que nunca existiu, era um dos lugares usados para interrogatórios.

Izzy parou na porta que descia para o porão, então se virou para cassandra.

-Por favor, não deixe que ninguém entre.-Cassandra assentiu. Izzy abriu a porta e desceu.

Ela conseguia ver a luz amarelo no fim do corredor, sussurros ao fundo. Quando ela finalmente chegou, Izzy viu Clary sentada em uma cadeira no meio da sala, Lidya estava em pé ao lado dela mexendo na mesa de ferramentas. Lídia levantou uma das facas de a observou, então se virou e começou a caminhar até Clary. Os olhos de Clary se encontraram com os de Izzy.

-Lydia.-Ela para o meio do caminho e divide seu olhar entre a faca, Clary e Izzy.

-Magnus disse...

-Nos deixe a sós.-Ela deixou a faca na mesa novamente, olhou para Clary uma última vez e saiu do cômodo.

Clary tinha o olhar no chão. Parte de izzy queria tirá-la dessa cadeira, comfortá-la e dizer que ficaria tudo bem, que o amor delas era maior que tudo, mas outra parte de izzy se lembrava de Alec morto, de jace em outro país e de seus ferimentos que ainda doiam a cada movimento.

-Veio me torturar você mesmo?-Clary levantou o olhar novamente. Um sorriso irônico nos lábios. Agora sem o disfarce izzy percebeu que iria conhecer a verdadeira Clary, ou melhor, a verdadeira Clarrisa Morgenstern.

Izzy ficou em silêncio por minutos, não sabia oque falar ou oque pensar. Izzy chegou a imaginar oque Alec faria se fosse o Maguns ali, mas percebeu que não iria adiantar, ela não era Alec, e Clarrisa não era Maguns.

-Como você pode matar Alec? Como pôde traí-lo depois de tudo oque ele fez por você? Ele te aceitou antes de mim, te fez da família. Naquela noite, segundos antes de Magnus entrar com ele na mansão você me chamou, os olhos cheios de lágrimas. Você sabia.

-Não foi assim que aconteceu. Como pode pensar que o matei? Eu roubei os arquivos, resgatei Jonathan, mas não matei Alec.-Ela abaixou o olhar.-Eu o amava.-Izzy sentiu alguma coisa dentro dela amolecer, mas não podia permitir isso.

-E você quer que eu acredite?

-Isabelle.-Izzy deu um passo para trás. Ter seu nome sendo dito por clary....-Sei que deve estar se sentindo traída.

-É por que fui.-Clary fechou os olhos, mas continuou.

-Mas eu não tive nada haver com a morte do Alec e muito menos com o seu sequestro. Izzy, pelo amor que um dia sentiu por mim, acredite.-Izzy sentiu seu corpo se irijecer. Ela amava clary, o amor nunca passaria tão rápido assim, na verdade, izzy achava que nunca passaria. Izzy mal tinha se recuperado quando Clary começou novamente.-Pode me matar e torturar, eu não me importo, mas Izzy... Por favor, acredite, tudo que vivemos foi real.