Capítulo 37

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- Você não precisa ir. Sabe que pode ficar.- Maurílio, com seu jeito carinhoso, puxou Marta pela cintura com as duas mãos.

Ela apoiou as mãos no peito dele, já bem perto, a ponto de sentir o calor da pele dele.

- Maurílio...não sei se é uma boa ideia.

Depois de um selinho demorado nele, ele a olhou, fixando seu olhar naqueles olhos azuis penetrantes dela.

- Eu acho que é sim...- ele a beijou. Tomando seus lábios de um jeito tão convidativo que o corpo dela não conseguiu dizer não.

Oque mandava nela naquele momento não era a razão, e sim à emoção do momento. Mas quando já estava completamente envolvida por ele, algo dentro dela gritou pela razão.

- Maurilio...espera. - Ela parou o beijo, tentando recobrar a consciência. - Eu não consigo. Não dá. Você me desculpa?

A cara dele de decepção, expressou que não, mas sua boca disse que sim.

- Se você quiser ir, tudo bem. Não vou prender você aqui.- Ele disse levando da cama.

Por mais que ela quisesse muito seguir enfrente, não conseguia. Pois lá no fundo, tudo chamava pelo nome daquela que ela já não tinha nenhum laço. Mesmo sem saber, eles estariam ligados para resto da vida. E no final das contas, seriam apenas os dois.

Com um pesar na considerável, ela se viu na posição de ir embora, pois o clima já não era mais favorável.

[...]

Na volta para seu apartamento, Marta estava pensativa sobre oque quase havia acabado de acontecer entre ela e Maurilio. Por um momento ela quis e quis muito passar a noite com ele, mais um maldito insite à fez lembrar de uma certa pessoa que já não a merecia mais. Estúpidos pensamos e idiota o sentimento que ela ainda guardava por ele.

Chegando em seu apartamento, ela desejou mais do que nunca um banho bem relaxante de banheira para levar embora toda tensão que seu corpo carregava. Acompanhada de uma garrafa de vinho e uma taça, ela prendeu os cabelos e mergulhou todo o corpo dentro da água morna da banheira já pronta.

E foi ali que ela mergulhou em seus pensamentos.

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- Você só pode estar de brincadeira com a gente, pai...isso é alguma piada? - Clara perguntou com uma subta raiva diante da situação.

- Não. É verdade. Eu vou me casar com isso e isso não é uma pergunta, é uma certeza. Ninguém vai se meter. E está dito.

- Clara, calma. Toma uma água. Senta.- João Lucas sabia dos rompantes da irmã, por isso tratou logo de tentar acalmá-la.

Ele deu a taça de água na mão dela, mais na mesma hora, ela jogou longe o objeto, o espatifando em qualquer canto. Clara até tentou voar em cima de Isis, mais Zé parou na frente dela a segurando.

- Voce vai tirar essa garota da nossa casa eu vou cometer uma loucura, pai. - Ela praticamente rosnou.

- Fale direito comigo e pare de gritar, para Clara. Para! - Ele mandou na base do berro.

Sem dizer mais nada, e sabendo que o comportamento da filha não mudaria ele a arrastou para longe dos demais.

- Vamos conversar lá em cima no meu quarto, agora.- Ele a levou quase que arrastada.

[No andar de cima...]

- Já falei para me soltar que eu sei andar sozinha, pai. Me larga.- Zé a soltou já dentro de seu quarto.

Ao entrar no cômodo, ela se inibiu com a presença de Josué. Zé tracou a porta e a olhou.

- Nem pense em começar a tentar me convencer de nada, porque assim que eu sair por aquela porta ali, eu vou arrumar as minhas coisas e vou sumir dessa casa que nem minha mãe fez. Porque no final das contas pai, você é realmente tudo oque ela fala...e eu...

Meu Diamante - MALFREDOnde histórias criam vida. Descubra agora