Avisando aqui novamente, se você for sensível a humilhação e choro é melhor não ler, não é nada pesado e extremo, mas pode dar gatilho... Continuar é por sua conta e risco
★★
Fazia uns dias que Sam estava provocando Kaly de várias formas contando que ele conseguiria sair do seu castigo, eram frases de duplo sentido, toques íntimos que não deveriam estar acontecendo, fotos, áudios e vídeos que "ops acabei compartilhando sem querer", e birra muita birra, andar batendo o pé, bufar pelos cantos e fazer biquinho eram o menos pior.
Kaly estava no limite a muito tempo, odiava tanto não poder tocar Sam quanto ele odiava não ser tocado, mas se ela fizesse tudo que ele queria a desobediência que ele vinha apresentando durante uns meses não seria efetivamente controlada, então mesmo que ela quisesse muito dar uma canseira em Sam, ela respirava fundo e virava de costas como se nada estivesse acontecendo, claro que Sam não via sua pálpebra tremendo ou sua mão fechando em punho de tão puta que ela ficava.Era a última sexta-feira trabalhada de Kaly, felizmente as tão sonhadas férias estavam a meia horinha de começar, a mulher estava trabalhando até mais radiante, após terminar as coisas que precisava fazer se sentou esparramada em sua cadeira confortável e fechou os olhos por 5 segundos antes de arrumar a postura e terminar mais um artigo, enquanto estava em seu "descanso" quando sentiu em seu bolso o celular vibrar, mesmo sem pegar no aparelho tinha certeza que era mais uma das mídias compartilhadas sem querer por Sam e no final ela estava certa, a foto da vez tinha Sam deitado na cama que os dois dividiam, com uma gagball rosa toda molhada na boca e os olhos marejados, ao analisar o restante da foto ela percebeu porquê ele estava assim, um dos maiores dildos que eles tinham estava pela metade dentro dele e em seu pau havia um pequeno vibradorzinho preso "filho da puta" foi a primeira e única frase que passou pela cabeça de Kaly, a mais velha bloqueou o celular sem se dar ao trabalho de responder e suspirou fundo umas três vezes antes de continuar, odiava com todas as forças se sentir excitada em ambiente de trabalho.
Assim que o relógio bateu 18 horas Kaly desligou o computador e se levantou rumando a saída do escritório, foi se despedindo de todos que encontrou pelo caminho informando que voltaria melhor ainda no final das férias, o rumo que sempre tomava era sair da empresa e ir direto para casa, mas não naquela noite, Kaly fez um caminho diferente parando no centro da cidade para fazer umas comprinhas, queria aproveitar que estava com um bom dinheiro em conta prontinho para ser gasto, comprou algumas langeries, meias, e outras coisinhas mais. O relógio já passava das 20 horas quando ela voltou para dentro do carro, seu celular já estava cheio de mensagens de Sam perguntando se havia acontecido alguma coisa, o único retorno que ela deu e de maneira fria foi um "não" logo depois jogou seu celular de volta na bolsa e seguiu para casa.
Sam caminhava de um lado para o outro roendo as unhas do polegar esperando sua namorada chegar, sentiu um alívio maravilhoso quando ouviu a porta abrindo e ela entrar cheia de sacolas.
— Amor, ainda bem que chegou, estava preocupado — Sam correu em direção da mesma a abraçando apertado e aquele fora o único toque em semanas que não tinha nada se duplo sentido, então a mais velha respondeu o afeto o abraçando com carinho e deixando um beijo em sua testa
— Prontinho, agora já estou aqui.
— Está com fome? Eu... eu fiz o jantar — Um fato curioso era que Sam nunca fazia o jantar, ele adorava limpar toda a casa e fazer compras, mas não se sentia confortável em cozinhar para Kaly, pois achava que sua comida não era de todo digna dela, mesmo que Kaly sempre tenha dito que pra ela a comida dele era como saborear um pedaço do céu, como ele não acreditava muito, mas não queria contrariar sua amada, ficou acordado entre os dois que em ocasiões especiais ele então cozinharia.
— Qual é a ocasião especial?
— Um pedido de desculpas
— E está se desculpando por que exatamente?
— Eu fui desobediente e quero me desculpar, não quero que fique brava comigo para sempre — Os olhos bonitos já estavam levemente marejados, Kaly nada respondeu somente sorriu e seguiu para o quarto com as sacolas na mão dizendo em tom ameno um "não me segue" quando começou a ouvir os passos atrás de si.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Penitência
KurzgeschichtenProvocações em sua maioria são boas, servem de combustível entre quatro paredes, mas as coisas podem sair do controle quando a linha do limite é ultrapassada e é por isso existem as penitências, para manter o respeito, a ordem e a hierarquia Penitên...