Em um mundo cheio de possibilidades uma mulher e um homem que estão tão perto, mas que nunca se esbarraram, são pegos pelo famoso "destino" que começará a entrelaçá-los numa jornada cheia de infortúnios, reviravoltas e possivelmente amor.
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ANY GABRIELLY
Café da manhã no hotel, Omaha.
— Não quero tomar café com ele. — decidi.
— Mas Elly?
— Não, não e não.
— Any, para de ser tosca. Agir desse jeito não vai adiantar nada, além de estar fazendo do acidente algo enome.
— Algo enorme? — falei chateada.
— Sei que não foi agradável, mas pensa positivo. Vocês estão bem agora, vivos! Vai deixar sua raiva sobre isso te consumir? Até ontem estava toda melosa, pensativa sobre o Urrea, preocupada com ele, dormiu, acordou assim? Com a pá virada?? — reclamou.
Ficamos nos encarando. Era uma guerra de quem estava "mais certa". Oras! Eu tenho meus motivos pra ter acordado decidida a não ter mais contato com aquele homem! Não posso? Será melhor.
— Para de me encarar assim! — vi que perdi.
— Você é uma tonga mesmo. — revirou os olhos.
Que inferno! Porquê eu era obrigada? Aonde eu enfiaria minha fuça? Não queria ter que lidar com Noah depois de tudo o que rolou.
— Ok. — disse me dando por vencida. — Eu vou. Mas irei apenas tomar café. Não faça gracinhas e não dê um pio que me deixe desconfortável ouviu? — recomendei, quase a obriguei a prometer.
— Uh! — se transformou. Deu um sorrisinho sínico batendo palminhas, catando suas coisas. O quarto estava um chiqueiro, nunca conheci pessoa mais bagunceira que ela — Ok. Ok. Agora vamos que estou morrendo de fome. Eu sou que o café está bem sortido hoje.
— Comos sabe disso?
— Perguntei na ligação que fiz pra recepção, ué! — revirei os olhos.
Chegamos para o café, Noah e Pepe já estavam a nossa espera. Pensei comigo mesma "ok, eu sou madura, consigo encarar isso, é só não olhá-lo, tocá-lo então? Nem pensar"! Porém a primeira coisa que fiz, foi reparar. Noah Urrea é o tipo de homem que não tem como não dar mesmo que seja uma pequena olhada. Nosso beijo, nosso momento "biologia básica" veio com força na minha mente e fiquei repetindo como um mantra: "não olhar, não tocar, não sentir", me sentindo a princesa Elsa de Frozen com seu ritual para controlar seus poderes. Ah! "Frozen" que ironia, não?
Mais próximas deles, disfarcei sentando no único lugar disponível em uma mesa para quatro pessoas: ao lado dele. Os dois educadamente me deram "bom dia" enquanto Pepe e Sabina ficaram de lovezinho na nossa frente. Argh! Tentei ficar nervosa perto de Noah, faria a linha "estou despreocupada - odeio você". Era isso, eu precisava fazer isso.
No entanto, não posso negar, aquele cheiro de Paco Rabanne mexia com meus hormônios mais do que qualquer coisa. Me repreendi de tais pensamentos quando ouvi a voz de Pepe.