18° Capítulo

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Ele encosta-me à parede tomando nosso beijo cada vez mais intenso..
Eu automaticamente entrelaço minhas pernas à volta de sua cintura o pressionando cada vez maia contra mim. Ele beija meu pescoço...desce a mão até minha coxa...

Oiço o inconfundível som do motor do carro da minha mãe estacionando...Ah não! Ela tinha mesmo de vir agora?

Em reflexos rápidos afastei Lucas e corri até ao meu quarto para buscar seu casaco.

"-Toma, sai pelas traseiras. Se faltar alguma coisa eu dou-te depois. "- disse meio apressada, meio rindo. De seguida dando-lhe um selinho de despedida.

"-Ta bom, depois a gente fala."-ele beijou-me mais uma vez e saiu pela janela do jardim, saltando a cerca do mesmo.

Num pulo, sentei-me no sofá e tentei parecer o mais natural possível, logo a minha mãe entra pela porta principal.

"-Cheguei!"- ela fechou a porta e ouvi ela deixar uns sacos no chão.

"-Então mãe? Não era só para chegar amanhã?"- levantei-me e dirigi-me a ela.

"-Ue? Não está contente pela sua querida mãe ter voltado mais cedo?"- ela riu. Mas que bom humor.

"-E a que se deve essa alegria?"- perguntei.

"-É....-ela fez uma pausa de suspanse- Fui promovida!"- ela sorriu em felicidade. Eu sei o que isso queria dizer. Queria dizer que aqui a escrava ia ter mais tarefas, pois a madame quando está em casa, é impossível de aturar.

"-Que bom! Estou tão feliz por ti!"- a minha felicidade era meio fingida, né?

"-Vou receber mais e já não tenho os turnos da noite nem horas extras. Também não vou ter de andar de uma localidade para a outra só por causa do trabalho!"- ela estava realmente feliz, vou deixa-la ter o seu momento de felicidade -" E como fui aumentada trouxe umas coisinhas para nós duas!"- Ok! Esta é a parte que me interessa...A minha mãe parecia uma autêntica adolescente acabada de fazer compras.

Ela tirou os dois sacos do chão, um para ela e um para mim. Eu imediatamente abri o meu deixando os pedaços de embrulho cairem no chão. Comecei por analisar a caixa e de seguida abri-la.

"-OMD! Os headphones que eu sempre quis! Obrigado, obrigado, obrigado!"- dei pulinhos como uma criança que acabou de ganhar um pirulito e abracei a minha mãe.

"-Que bom que gostou! Para mim trouxe um vestido."- ela colocou em frente de si, como se o tivesse a vestir. Era preto com renda nas costas e ombros rendados também.

"-Uhhhh.. "- fiz aquele barulho que me irrita, mas que adoro fazer para irritar os outros- "Já estou a imaginar-te a arrasar dentro dele."

Falámos mais um pouco e de seguida subi para o meu quarto, decidida a experimentar o meu novo 'assessório'. Entrei no quarto e olhei para a cama onde eu havia andando a fazer coisas... Mel, se foca nos headphones!

Deitei-me e conectei-me com o telemóvel, ligando o cabo do assessório ao mesmo. Procurei algum som que fosse capaz de testar a capacidade das colunas e coloquei na reprodução.

Wow! Eu parecia ter uma discoteca dentro de minha cabeça...não ouvia mais nada para além daquilo que estava agarrado a meus ouvidos. Agora já tenho desculpa quando digo que 'não ouço' minha mãe me chamando.

Eu estava com necessidade de sair, pois apesar de hoje não estar tanto calor assim, estava sol.
Vesti umas calças-jeans pretas e uma blusa larga cinzenta com mangas até ao cotovelo. Maquilei-me com algo bem simples e coloquei assessórios, tais como brincos, um colar e anéis.

"-Vou sair mãeee!"- falei alto para que ela não falasse depois que eu não a tinha avisado.

Coloquei novamente meus headphones e deixei que a música invadisse meus canais auditivos. Eu estava entrando no meu mundo...

Fui andando calmamente vendo a gente passar na rua até chegar ao jardim público. Ah sim..esse lugar maravilhoso e relaxante onde eu gostava de passar maior parte do meu tempo em infancia.

Dirigindo-me a uma árvore, reparei que ao fundo havia um agulmerado de multidão. Fui lá ter e vi um carro totalmente espatifado contra a parede do quiosque do jardim e a mulher que se encontrava lá dentro estava morta. Tinha uma ambulância lá estacionada e uns homens tentando abrir a porta do carro para tirar a mulher lá de dentro.

Como não era nada a ver comigo, decidi afastar-me para o lado do parque e sentar-me a desenhar no meu caderno e ouvir música.
Sentei-me encostada a uma árvore a desenhar e deixei-me levar para o meu mundo.

Aos poucos um ruído começou a perturbar-me e aí apercebi-me que era um choro de uma criança. Olhei em volta tentando encontra-la e reparei que ela estava num daqueles baloiços em que é impossível sair sem nenhum adulto a ajudar.
Olhei novamente em volta para tentar encontrar os pais da menina, mas nada. Não estava ninguém por perto. Só eu.

Aproximei-me dela e ajoelhei-me à sua frente e tirei os auscultadores. De seguida limpei-lhe as lágrimas.

"-Os teus pais pequenina? Onde estão?"- sorri gentilmente e retirei-a da cadeira/baloiço.

Ela soluçava ofegante no seu choro enquanto eu lhe afastava os cabelinhos loiros da cara. Ela era uma menina para os seus 4 ou 5 anos.

"-E-Eu não tenho pá-i. E-Eu esta-tava com a minha mãe aqui e-ela disse q-que ia buscar uma c-coisa ao 'popó'! E-Ela foi-se emb-bora e nunca mais voltou!"- fiz um esforço enorme para entender o que ela falava e lá consegui... Pera aí. Carro? Uma mulher? Oh meu deus.

"-Calma minha linda, primeiro diz-me lá. Como era a tua mamã e como se chamava?"- voltei a limpar-lhe a cara e notei que aos poucos ela se ia acalmando.

"-Chama-se Vera... Ela era 'liola' e...e.. Tinha 'oios' castanhos! E.. É alta! Como aquela árvore, 'tas a ver?"- ela era tão fofa a tentar explicar... Omd.. Estou a ficar preocupada. A senhora do carro também era loira! Apesar do sangue não me ter deixado ver a cor dos olhos e não ter percebido se ela era alta..

Omd... O que é que eu faço?

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Oii mis amoress!!

Tudo bem? Comigo está tudo ótimo ( excepto o facto das aulas terem começado novamente 7u7 )

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Bjos da Juka ❤❤❤❤

Amar é complicadoOnde histórias criam vida. Descubra agora