tainted and dirty wild love

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sumário: Serkan chora pela primeira vez. EdSer amores de infância, serkan!criminoso

600 palavras

And the love we share

Seems to go nowhere

I've lost my light

For I toss and turn, I can't sleep at night

"Então é isso, disse ele, a voz rouca.

"Sim, é isso", respondeu ela, cruzando os braços.

Serkan Bolat em seu mais caro terno Louis Vuitton, andou de um lado para o outro na pequena sala.

No bolso do seu terno, uma caixa com um anel incrustado de rubis.

Na sua mão esquerda, sua arma.

"Reconsidere, Eda", ordenou ele, sua voz rouca dos nós de angústia subindo por seu pomo de adão.

"Não temos mais o que conversar", sentencia ela, encaminhando-se para a porta de madeira.

Serkan Bolat segura o pulso de Eda Yildiz e a puxa contra o seu peito de pedra, coberto no mais caro algodão do planeta, exsudando Spice & Wood da Creed, apenas o mais leve toque de almíscar em seus braços que revelava o calor por baixo de olhos tão friamente intensos e determinados.

Com a mão direita, Serkan segura Eda pelo pescoço esguio, puxando-a contra o seu corpo duro.

"Eda...", sussurra Serkan contra a têmpora de Eda, sua arma apontada para o chão. "Por que temos sempre que ser assim?"

Eda engole seco, sua garganta dourada ondulando contra os dedos firmes de Serkan.

"Nós somos feitos para isso", sussurrou Eda no ouvido de Serkan.

No pulso de Serkan, o cabelo de Eda se enrolava como uma corda grossa. Os fios encaracolados de Eda seguravam os fios ruivos dos braços de Serkan como se repetissem, solenemente, não vá enquanto a boca rosada da mulher permanecia em um silêncio teimoso.

"Você acha que eu vou desistir, anjo?", murmurou Serkan contra os lábios de Eda, sua testa morna encostando intimamente na dela. "Você sabe até onde fui da última vez, até chegarmos aqui. A sua memória de peixinho dourado, tão seletiva quanto detestável, não pode ter esquecido disso."

"Não", respondeu Eda, com olhos fervendo de ódio.

Serkan mordeu o lábio, sua mão se fechando violentamente contra o queixo de Eda, apertando o seu maxilar até que os lábios se fechassem em um biquinho ressentido.

Os olhos de Eda se encheram de lágrimas relutantes.

"Eu te amo desde que tínhamos catorze anos. Você esqueceu disso, porra?", rosnou ele, seus dentes trincados. "Como você pode tentar se casar com outro, Eda? Como?", grunhiu ele, aproximando os seus lábios dos reticentes de Eda.

Eda murmurou algo que o aperto de Serkan em seu maxilar não permitiu que fosse inteligível, forçando-o a liberar o seu agarre.

"Você disse bem. Você me amou, da sua maneira distorcida e doentia", disse Eda, apontando um dedo esguio no peito de Serkan. "Eu sempre fui um espólio de guerra para você. O seu pai me odeia. Os meus pais odiavam a sua família", as lágrimas caíam pelos olhos angustiados de Eda. "Você precisa me deixar ir."

Serkan sentia-se sufocado.

Mais uma vez, o pesadelo se repetia.

Eda dizendo-lhe adeus.

Adeus.

Uma palavra tão minúscula de letras que não se repetem, como o seu passado mais doce com Eda.

Serkan sentiu, subitamente, como se o seu rosto estivesse se contraindo todo ao mesmo tempo em que adormecia, frio. Os seus olhos ardiam, como pequenos grãos de areia em todo o globo ocular. Ele observou, cauteloso, enquanto Eda erguia a mão com olhos surpresos, tocando-lhe a bochecha.

"Serkan?", perguntou ela, preocupada.

Um único dedo úmido de Eda mostrou-lhe a razão de sua preocupação.

Lágrimas.

Lágrimas idiotas e tolas, de raiva e frustração, vertiam pelo rosto pálido de Serkan.

"Serkan? Você está chorando?"

Serkan se vira, escondendo o rosto úmido de Eda. Parece que sua garganta foi violentamente lixada, pois está grossa e Serkan enfrenta dificuldade para engolir. Ele morde o lábio na tentativa de parar, engolindo seco.

"Serkan jaan...", diz Eda, abraçando-o por trás. "Não precisa chorar. Estou aqui com você."

Serkan se vira, bebendo da imagem de Eda. Em seu corpo, apenas um vestido vermelho tubinho. Os cabelos soltos, grandes cachos castanhos macios descendo até as suas costas. Em seu rosto, um olhar de deslumbramento e estupor. Os seus olhos dourados brilhando de novas lágrimas não derramadas, dessa vez de carinho.

"O que você estava pensando? Que eu apenas iria me casar com um desconhecido qualquer?", disse Eda, puxando o corpo grande de Serkan contra o seu, sussurrando contra os seus lábios. "Nós nos amamos desde os catorze anos."

***

aceito solicitações de drabbles de ATÉ mil palavras! <3

to the moon and back [drabbles]Onde histórias criam vida. Descubra agora