O sol, ainda tímido começava a brilhar por toda Nova York que apesar da escuridão parcial, as pessoas já se movimentavam entre o trânsito caótico da cidade. A cidade perfeita para empresários e o horror para aqueles que preferem a tranquilidade.
Kara gostava da cidade, tinha seus defeitos, claro. Mas é o que dizem, você se acostuma. E um dia você se acostuma a acordar com buzinas, gritos, latidos e outros barulhos irritantes. Porém também há dias que todos precisam do silêncio das montanhas ou apenas de um lugar silencioso.
A loira se rendeu ao sono depois de perceber que cochilou encima de seu notebook enquanto fazia pesquisas e anotações sobre seu trabalho pessoal. Ainda que tivesse apenas duas horas de descanso, resolveu que era melhor do que nada.
Dormindo como um anjo, Kara estava debaixo das cobertas por conta do ar condicionado em seu quarto. Um baixo barulho de algo se fechando foi ouvido, mas nada que atrapalhasse nossa protagonista de seus sonhos com comida, ela apenas se remexeu resmungando algo incompreensível.
Do outro lado da cama, Barry sentou-se de modo que seu rosto ficasse próximo ao da loira. Tirou alguns fios de cabelos loiros do rosto da amiga e sussurrou:
- Era uma vez um elfo encantado que morava num pé de cáqui. Encima morava um duende safado que vivia fazendo pipi. – Kara se remexeu virando pro outro lado. – Um dia o elfo se aborreceu e na porta do doente bateu. Foi nessa ocasião então que eles se... – Respirou fundo e gritou no ouvido da amiga. – CASARAM!
No mesmo segundo Kara acordou assustada se debatendo nas coberta e consequentemente caindo da cama já resmungando de dores possíveis. Barry, no entanto, se explodia em gargalhadas que já lhe fazia derramar lágrimas e reclamar da falta de ar.
- BARTHOLOMEW HENRY ALLEN!
Kara gritou ainda no chão e a risada se encerrou no mesmo segundo. Engolindo em seco, o amigo se levantou observando a a loira ainda no chão com uma cara nada amigável. Talvez fosse hora de aprender a dormir acordado.
- Uma mãozinha? – Barry perguntou segurando o riso.
- Isso se você ainda tiver as duas quando eu terminar meu banho.
Dito isso, Kara se levantou indo até o banheiro que ficava dentro de seu quarto. Enquanto a amiga se arrumava, Barry organizou o quarto deixando tudo em seu devido lugar. A cama foi arrumada, as roupas guardadas, o lixo retirado e agora só faltava falar com a loira sobre o que iriam fazer.
Trinta minutos depois, Kara saiu do banheiro vestindo apenas um top preto e uma boxer da mesma cor. Se dirigiu ao guarda roupa, mas parou de procurar por roupas quando ouviu Barry pigarrear chamando sua atenção. Confusa, a loira se virou com o cenho franzido e esperou que o amigo falasse.
- Você me conhece a dez anos e só agora vai reclamar que eu tô quase nua?
- Sim, porque agora estou apaixonado.
- Não esperava ouvir isso.... Mas... – Parou dramaticamente. – Eu também estou apaixonada por você, Barry.
Ambos ficaram em silêncio se olhando por longos segundos até caírem na gargalhada.
- A gente apaixonado um pelo outro. – Barry apontou para si e para a amiga. – Imagina que horror
- Nem me fale. Imagine acordar na manhã seguinte e a primeira coisa que eu ver é seu rosto.
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A Retaliação dos Esquecidos - SUPERCORP/KARLENA
FanfictionPor debaixo da nevoa do mundo real, criaturas, magia, vilões, heróis, lendas, semideuses e deuses vivem por lá. Pode uma criança ser ingênua o bastante para acreditar? Ou um adulto cético o bastante para ignorar uma diferente realidade? Uma realidad...