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Crescer é parte comum do desenvolvimento de qualquer ser vivo. Ninguém acorda em um belo dia e "Caralho, hoje eu quero ser um adulto!" e boom! Não funciona assim, há todo um processo de amadurecimento até que se alcance o que eles chamam maturidade, levando em conta que tudo ao redor influência nesse caminho. Eu cresci sendo usado como exemplo para as outras crianças ao meu redor e isso nunca foi uma coisa boa para mim, mesmo que ninguém tenha se importado em me perguntar sobre.
Tudo sempre era feito contra a minha vontade, mas minha mãe dizia que era tudo pelo meu bem. Eu passava horas e mais horas preso dentro de uma igreja cujo ela era uma participante assídua, me perguntando quando é que eu iria sair para brincar com as outras crianças na rua até que nossas mães gritassem conosco para que voltássemos para casa. Eu não sabia o que era dizer um palavrão, minhas roupas estavam sempre limpas e tão engomadas quanto o meu cabelo.
A minha mãe, Donna Way, era a única responsável por minha rígida educação e o meu pai, bem, ele sumiu no mundo e eu não o conheci. Eu não tinha o que reclamar, era o que todos ao meu redor diziam. Bem, pelo ao menos não me faltava nada além do afeto e atenção. Dentro dos meus sonhos infantis, nos desenhos ridículos que eu sempre fazia na escolinha, eles estavam todos lá: Mamãe, Mikey, papai e eu. A vida era perfeita.
Pena que isso nunca aconteceu, não com o caminho que eu decidi seguir.
Quando eu fiz quinze anos, pude presenciar meus amiguinhos vivendo suas primeiras aventuras juvenis e cobiçar tudo aquilo, desde os passeios de skate até as pequenas festas e idas aos shows de bandas locais. A minha mãe piraria caso descobrisse que eu estava em um show dos Pink Faggot, banda de muito sucesso na época, até faria um exorcismo em mim. Infelizmente foi isso o que aconteceu. Ela descobriu que eu estava cabulando as missas de todo domingo a noite para que pudesse comparecer aos shows no que ela chamava "pior parte da cidade" e me deixou marcas pelo corpo como forma de punição.
Eu sabia que estava errado, minha mãe não me dava carinho mas pelo ao menos eu tinha uma cama e comida no prato, porém, uma onda de rancor tomou grande parte de mim e eu nunca mais voltei a ser o mesmo. Nunca mais pisei os meus pés em uma igreja desde então, o que me levou a ter que pular a janela de meu quarto e a cerca de casa para que pudesse sair durante a noite e ter a vida de uma pessoa normal. Mas não acaba por aí, não mesmo....
Alguns dizem que eu quase matei minha mãe de desgosto, eu diria que isso é a porra de um exagero. Acontece que eu fui flagrado aos amassos com outro cara na estação de trens por algumas amigas de minha mãe e, quando isso chegou aos ouvidos dela, eu fui convidado a me retirar de casa durante aquela noite. Estava frio pra caralho e a "bichinha imunda" não podia entrar em casa.
Quando pude voltar, passei por dias sem ouvir se quer um "Bom dia!" vindo de minha mãe que, para piorar, coagia meu irmão a me isolar também. E eu podia suportar tudo, menos o silêncio de Mikey. Nós dois apenas conversávamos quando Donna saía de casa por algum tempo e eu podia ver o quão aquilo estava a machucar meu irmão também, aproveitando para me desculpar mesmo que ele insistisse que não deveria.
Patrick me arrumou um emprego na loja de conveniências de sua família dizendo que sabia bem o quão ruim era tudo o que eu estava enfrentando. Eu acordava cedo, enfrentava o metrô lotado para trabalhar durante a manhã e a tarde, esquecendo-me das minhas atividades escolares. Meu objetivo era ter dinheiro suficiente para livrar a mim e a Mikey das garras de minha mãe.
Com meu primeiro salario, renovei meu guarda-roupas. Haviam ali, além das roupas masculinas que era praticamente obrigado a comprar, um lindo vestido branco com flores vermelhas que iam até pouco acima de meus joelhos, além de uma linda saia pinçada e meia-calças. Eu só tive coragem de vesti-los depois de um longo período em depressão cujo nem meus banhos faziam mais parte de minha rotina e é por isso que estou em um colégio interno agora. Por gostar de roupas femininas.
Nos meus primeiros dias aqui, tudo o que eu fazia era chorar e gritar para voltar para casa, tanto que passei alguns dias isolado de todos os outros alunos porque, devido ao fato de que eu estava me auto-machucando com minhas próprias unhas, eles achavam que eu estava ficando louco. Perdi a conta de quantas vezes liguei para a minha mãe, prometendo ser um filho melhor e prometendo abdicar de tudo o que me fazia feliz, mesmo sabendo que aquilo não passava de uma mentira estupida para que eu me libertasse, e então escutava sua voz cuspir palavras amargas antes de bater o telefone.
O meu companheiro de quarto, o Bert, apareceu como um anjo da guarda em minha vida. Ele era outro viadinho rejeitado pela família que me acolheu como se me conhecesse há séculos e eu não poderia estar mais grato por ser seu companheiro nas bagunças mais insanas da escola, que iam de festas quando todos os superiores já dormiam até esconder coisas importantes apenas por diversão.
E foi aí que, com apenas dezesseis anos e no meu primeiro ano naquele lugar, eu decidi que iria dar para minha mãe e para todos aqueles imbecis motivos para que realmente estivesse ali. Eu passei a ser reconhecido pelos professores e superiores não como o aluno exemplar que se esforça para melhorar e sair daquele lugar como eles queriam, mas sim como o pior de seus pesadelos.
Hey, eu já ia esquecendo de dizer o meu nome para você! Eu me chamo Gerard Arthur Way, tenho dezenove anos e estou cursando o terceiro ano do ensino médio, e foi assim que a minha vida se virou de cabeça para baixo....
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Olá, olá estrelinhas como estão vocês? É tão extremamente bom estar de volta, escrevendo! Bom, antes que me perguntem, a aparência do Gerard e do Frank são da era Revenge, okay?! É muito provável que eu queira mudá-las com o decorrer da história, mas vocês irão perceber caso aconteça. Pessoal, eu espero que vocês gostem muito da história e saibam que eu estou escrevendo cada palavra com muito carinho e que cada personagem carrega um pouquinho de mim. Se vocês quiserem votar, eu fico extremamente grata e, se comentarem, eu estarei pronto para responder carinhosamente à cada um! Muito obrigado desde já e é nessa que eu vou!
A. Van Goth
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Hig School For Bad Good Guys (Frerard, Livro 1)
FanfictionGerard Way sempre fora um bom menino, até perceber que estava deixando sua vida passar sem vivê-la devidamente. Sua mãe, Donna Way, decepcionada com as atitudes do filho e em meio aos conflitos que o envolviam, decide que a melhor opção seria deixá...