Visconde foi até a casa de Beatrice no outro dia, ela estava no escritório ele bateu na porta:
-Com licença, vossa graça.- e fez um reverência.
Beatrice revirou os olhos e disse:
-Já disse para não me chamar assim.
-São as regras, só estou seguindo-as.
-O que quer aqui afinal?
-Vim te levar para sair, o sol está se pondo e o crepúsculo é lindo da vista do lago, o que acha?
-Sabe que hoje não é meu aniversário não é?
-Meu deus! Não é? Imaginei que fosse! Claro que sei que hoje não é seu aniversário, estou apenas tentando ser gentil e você não está me ajudando. [
-Está bem, eu vou, mas preciso me trocar.
-E desde quando liga tanto para roupas?
-Desde quando me tornei duquesa e a maior fonte de murmurinhos e fofocas na cidade.
Beatrice foi se trocar e Visconde desceu para a esperar, pouco depois ela desceu e eles saíram. Quando eles chegaram tudo estava preparado para um piquenique, Beatrice disse:
-Fez tudo isso?
-Fiz, e o que achou?
-Está lindo Visconde.
Eles se sentaram e começaram a conversar e depois de um tempo Beatrice perguntou:
-Por que fez tudo isso?
-Porque gosto de te ver feliz, muito careta?
-Bastante - disse Beatrice rindo.
-Então nem vou te contar o próximo passo.
-Diga, qual era?
-Íamos deitar e ver as estrelas.
-Andou lendo os livros de romance de Sophie?
-Não, apenas sei como ser um cavalheiro.
Visconde se aproximou de Beatrice e tocou sua mão, ela se afastou, naquele momento lembrou do dia em que Ivan levou ela até o jardim, ela então levantou e disse:
-E-eu preciso ir, já está tarde e parece que vai chover.
-Posso te acompanhar até sua casa.
-N-não precisa, eu consigo ir caminhando, tchau.
E ela saiu correndo, Visconde sabia o motivo, ela tinha entendido o que ele pretendia fazer por isso saiu daquela maneira, ele guardou tudo e foi para casa sentindo muita raiva. Enquanto na casa de Beatrice, ela estava deitada desde que chegou, ela pensava em quão tola havia sido, uma chuva forte começou, e enquanto pensava veio na cabeça dela a imagem de seu pai no dia que ele havia partido, ela lembrou-se do que ele disse "Solte Visconde, ele a ama muito", ele certamente não havia sido um bom pai, mas sabia ver quem amava sua filha, e no dia em que ele prendeu Visconde, ele viu nos olhos dele o amor que ele sentia por Beatrice, ela se levantou foi até o espelho e se olhou por um tempo e depois sabia o que devia fazer. Mesmo com a chuva caindo com força ela saiu de casa, foi até o jardim de Sophie, pegou umas pedrinhas e começou a jogar na janela do quarto de Visconde, ela sabia exatamente onde ficava a janela dele porque costumava fazer aquilo para irrita-lo quando eram pequenos, pouco tempo depois Visconde apareceu na janela, ele obviamente não havia dormido ainda, ele a abriu e disse:
-Pensei que deveria dormir cedo.
-Por favor, desça.- ela respondeu.
Ele fechou janela, Beatrice percebeu que havia o machucado de verdade e estava no caminho de volta para casa quando ela ouviu uma voz:
-Ei, desiste muito fácil para uma guerreira e duquesa.
Ela se virou e disse:
-Me desculpa, eu não queria ter saído daquele jeito, e-eu não sei o que deu em mim, eu gostaria de ter ficado e...
Visconde então se aproximou e disse:
-Cale a boca.
E então a beijou, eles se beijaram por bastante tempo até que Beatrice disse:
-Isso com certeza faz parte dos livros de romances de Sophie.
-Então eu amo romance.
Eles foram entre beijos até o quarto de Visconde, se deitaram e depois de um tempo pegaram no sono.
Pela manhã, Beatrice e Visconde ainda estavam dormindo, eles não trancaram a porta e foram acordados por Sophie abrindo a porta dizendo:
-Já estão todos comendo e...
Eles havia acordado e Beatrice estava vermelha de vergonha quando Sophie olhou para ela espantada e gritou:
-Beatrice?!
-Bom dia.- disse Bia sem jeito.
-O que está fazendo aqui?
-U-uma longa história, melhor descer, eu já vou, obrigado irmãzinha.- disse Visconde levantando e empurrando Sophie para porta, depois ele a fechou, encostou-se e disse:
-Fica vermelha quando está envergonhada.
-Visconde! Não acredito que eu dormi aqui, e-eu posso pular da janela e...
-Ei, ei, pode ir parando por aí, ninguém vai pular de janela nenhuma, não temos mais quinze anos, vamos descer e tomar café como qualquer casal civilizado faria.
-Casal?
-O que? Não gostou, me desculpa eu...
Beatrice o beijou e disse:
-Adorei.
-Ufa, agora vamos descer.
-Tenho mesmo que descer?
-A não ser que queira morar pra sempre no meu quarto deve descer.
-Estou com vergonha.
-Tem vergonha de mim?
-Não...
-Ótimo, então vamos.
Eles se aprontaram e desceram e quando chegaram na sala de jantar Alice viu Beatrice e disse:
-Tia Beatrice, não sabia que estava aqui.
-Também não- murmurou Sophie.
-Bom dia Bia, espero que tenha dormido bem.- disse Thomas dando um sorriso sarcástico.
Beatrice olhou para Thomas com um olhar fuzilante até que Madeleine disse:
-Não sabia que Sophie havia te chamado, podia ter arrumado o quarto de visitas.
-Eu não chamei - disse Sophie.
-Beatrice veio comigo, agora podemos começar a comer? Maria, prepare um lugar para Bia por favor.- disse Visconde.
Pouco depois a criada posicionou o lugar de Beatrice, todos tomaram café. Após o café, Beatrice se despediu e Visconde a levou até a porta:
-Viu? Você não morreu, não é?
-Cheguei perto.
Visconde a beijou e disse:
- Precisa mesmo ir?
-Preciso, mas aceito visitas em casa.
-Bom saber disso.
Beatrice saiu e Visconde subiu direto para o seu quarto para evitar perguntas da família.
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Em busca da liberdade - superando medos
General FictionApós 5 anos Sophie e Beatrice estão de volta, agora mais velhas e maduras, elas estão prontas para superar seus medos e conquistar seus sonhos. Aviso: esse livro é o continuação do livro "Em busca da liberdade".