Capítulo 3 - Claridade

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WIN









Não sei há quanto tempo estou aqui, a passagem de tempo nesse lugar é totalmente irrelevante, nada muda por aqui, nem eu. Eu não tentei abrir os olhos, eu ainda tenho medo, mas, eu quero saber o que vai acontecer caso eu tente fazer isso.

Mesmo sem aquela voz suave me incentivando eu sinto a necessidade de tentar, então criei força e coragem para conseguir. Meus olhos se abriram, eu consigo ver ao longe uma fresta de luz. Agora posso observar todo esse lugar, que é realmente escuro e existe uma luz também, é aparentemente pequena, mas, muito brilhante.

A luz aos poucos toma a escuridão em que estou, agora eu consigo enxergar meu corpo, estou sentado, e tem um envelope do meu lado, este envelope tem um nome escrito: Win. Esse nome me é familiar, acredito que já o ouvi muito em algum momento, mas, não lembro onde. Claro, a voz que sempre conversa comigo me chama assim, Win deve ser meu nome, sim esse é meu nome.

A cada momento que passa, consigo enxergar mais claramente coisas ao meu redor, são fotografias. Esses rostos são familiares, mas, tem um dos rostos que está apagado, isso me deixou confuso, por mais que eu tente, eu não consigo reconhecer ou tentar lembrar quem poderia ser naquela foto.

Eu preciso levantar, achar uma saída desse lugar, eu preciso encontrar essas pessoas das fotos eles podem ser minha família, não é? Coloquei minhas duas mãos no chão para me apoiar e consegui ficar de pé.

Estou feliz, pois, finalmente estou de pé e consigo enxergar as coisas.

Fui em direção à minha casa, encontrei um homem muito gentil, ele me abraçou seu abraço me confortou, não estou mais sozinho aqui ele sorri e me indica uma porta.

— É exatamente isso que você está procurando. – Ele sorri –

— Mas, se eu ver aquilo de novo, o senhor sabe vovô, aquilo me machucou!

— Ô meu querido ômega, você precisa ter coragem.

Win?

— O senhor também ouviu essa voz?

— Sim, eu ouvi querido. – Ele diz calmamente –

— Mas não é a mesma voz que sempre me chama, eu consigo reconhecer de quem é essa voz.

— É o seu irmão, ele está preocupado com você. Você passou muito tempo longe de casa.

— Onde ele está?

— Atrás dessa porta, é claro.

— Win, você … realmente consegue me ouvir?

— Sim, eu consigo Mew, eu ouço você! por que ele não respondeu de volta?

— Ele só consegue te ouvir se você atravessar a porta, olha – Ele bate na madeira — é feita com um material muito resistente, não tem como o som passar. – Girei a maçaneta –

— Está trancada! Como vou passar? – Me desespero –

— A chave está comigo, mas, só posso te dar quando você tiver certeza. Do que ainda tem medo? Sua família está lá te esperando.

— Sabe, a gente sente sua falta, sei que sou mandão e te irrito, mas, eu realmente quero que você volte, irmão.

— Eu já estou indo mano. – Me virei em direção ao vovô — Preciso da chave vovô, eu quero voltar para minha família! – Ele deixou um sorriso escapar e me entregou a chave. –

Respirei fundo, girei a chave e a maçaneta e entrei pela porta.

A luz é ainda mais intensa, não consigo enxergar nada direito, tapei meus olhos e continuei andando, até que finalmente consegui abrir meus olhos sem dificuldade.

REMEMBER THE LOVEOnde histórias criam vida. Descubra agora