Capítulo 40

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— Mais pai, criar um documento, quer dizer, um contrato falso só para a Isis ler e não duvidar de nada, não é muito trabalho só para passar três dias com a minha mãe?— Clara questionou ao encarar Josué e o pai.

— De fato vai ser trabalhoso, mais eu e Marta precisamos de um tempo só para nós. Sem esse inferno todo. Vai valer a pena, minha filha.— ele explicou.

— Uhum, isso eu concordo plenamente. E oque eu faço nessa história?

— Você só tem que confirmar tudo se ela perguntar. E para todos os efeitos, eu vou para Genebra e não Roraima. Tudo indica que eu vou para Genebra negociar um carregamento de joias, que são diamantes especiais que você quer para a nova coleção. Oque não deixa de ser verdade, já que você realmente quer esses diamantes.

— Sim. Mais é de Paris, né pai? Mais tudo bem, a história é boa e se contada direito fica muito convincente. Ah, mais um detalhe, volta com os diamantes, tá? Se não vai dar muito na vista que você mentiu.— Ela alertou.

— Com certeza. É o principal!

— Eu já comecei a providenciar os papéis, comendador. Agora preciso saber quando pretende ir para o monte?

— Amanhã a noite! Veja o helicóptero para mim e as coisas que você já sabe que eu levo etc...etc.

— Ok! Mais alguma coisa?

— Não, Josué. Você já pode ir.

— Com licença. — E saiu.

— Então quer dizer que você vai passar três dias naquele monte com a minha mãe? Logo ela que odeia aquele lugar? Eu pagaria para ver isso.— Ela riu.

— Suspeito que vai ser divertido ver sua mãe andar num terreno irregular, sentir aquele frio todo da noite, tudo por três dias.— eles riram — Mais essa história dos documentos é um trabalho que vai valer muito a pena. Ter sua mãe comigo já vale a pena, Clara.

Clara abriu um sorriso. Não era difícil para ela ver a alegria nos olhos dele.

— Eu quero que vocês sejam muito felizes juntos. Muito mesmo! Eu amo vocês.

— Eu também te amo, minha filha.— Zé respondeu segurando as mãos dela sobre a mesa.

— Eu amo bem mais, afinal, foi eu que coloquei no mundo quando você me pediu três filhos.

Sem esperarem por aquilo, se viram supresos quando Marta entrou na sala.

— Oi, mãe.— Clara se virou rindo.— Oque faz aqui a uma hora dessa? Já são quase meia noite?

— Eu sei. Mais você sabe que sou ansiosa para algumas coisas, e outra, eu preciso conversar com esse bode velho, ai.— Ela alfinetou.

— Bode velho é a mãe, hein Marta.— Ele devolveu tentando fingir irritação mas sua feição demonstrava amor.

— Vai começar. Olha, eu já vou. Avisando que só tem vocês dois aqui e os seguranças lá fora. Todo mundo já foi — Ela se levantou pegando a bolsa na cadeira — Tchau pai, beijo mãe. E ó, juízo aos dois.

Clara piscou para ela antes de fechar a porta.

Marta se virou para Zé e caminhou até o outro lado da mesa onde ele estava sentado e parou encostando na mesma.

Meu Diamante - MALFREDOnde histórias criam vida. Descubra agora