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Era incrível como meu coração se encheu de alegria brincando com uma criança

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Era incrível como meu coração se encheu de alegria brincando com uma criança.

Mas eu não posso adotar ele.....ou posso? Porque eu não poderia?

Conversei com a senhora e ela me explicou os processos e as dificuldades para se adotar uma
criança.

Peguei meu telefone e disquei o numero de Erick, eu precisava comunicar a ele a minha possível decisão, eu senti algo diferente, eu vou adota-lo!

— Alô, Erick? Tenho uma notícia incrível. — Eu disse.
— O quê é, meu bem —  Ele me perguntou, e pelo seu tom de voz, pude observar seu desinteresse pelo assunto, mesmo sem saber o que era.
— Eu vou adotar um bebê. Ele tem menos de um mês! — Eu disse e não ouço nada do outro lado da linha.

— Que?..... Quero dizer, isso é bom demais. Uma ótima notícia! — Ele disse, mas pude perceber que ele não falava sério, ele apenas queria me agradar.

Aquilo me chateava, ele sabia o quanto eu queria isso, ele me apoiou de começo e agora ele deu com o pé atrás?

— Diz a verdade. Eu sei que não está nenhum pouco animado com isso. — Eu disse.
— Claro que eu te apoio. — Ele disse.
— Mas? — Eu o questiono.
— Mas acho cedo demais. —  Ele disse.
— Hm. Olha, eu só queria te avisar que eu vou começar com a papelada. — Eu disse.
— Ok, eu te amo. — Ele disse.
— Eu te.. te amo. — Eu disse e minha voz falhou um pouco, nada demais.

Eu e a senhora fomos até a sala da diretora e ela me explicou algumas regras que eu havia de seguir e me fez algumas perguntas.

Ela disse que me comunicaria sobre os andamentos do processo e precisava resolver algumas coisas e logo, logo me ligaria para conversarmos.

— Tenha uma boa tarde, Srta Hernandez. — A diretora disse e eu retribuo e saio de sua sala.
— Tenha uma boa tarde. — Eu disse.

Me despeço da senhora que me recebeu com tanto carinho e saio do orfanato, com um sentimento bom no coração.

Após chegar em casa, observo os quadros com fotos minhas e da minha ex, era tão difícil olhar para cada cômodo da casa e lembrar dela

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Após chegar em casa, observo os quadros com fotos minhas e da minha ex, era tão difícil olhar para cada cômodo da casa e lembrar dela.

Lembrar que ela me prometeu que seríamos uma família e na hora que esse sonho iria se realizar, ela some? Era tão difícil para mim.

Pego o porta retrato que tinha nossa foto e o arremesso no chão, com força, fazendo que ele quebrasse instantaneamente e os cacos se formaram no chão. Todas as nossas fotos tiveram o mesmo destino, ou acabaram com o porta retrato quebrado ou foram rasgadas por mim.

Subi até meu quarto e observo minha gaveta, onde tinha aquilo... Aquilo.

— Meu filho, eu te prometo, é a última vez. — Eu digo, fazendo uma promessa.

Pego a droga e injetei na minha veia, mas eu precisava de mais, eu precisava para esquecê-la.

Pego todas aquelas coisas e joguei no lixo, não quero nunca mais ter que usar aquilo para esquecer alguém, principalmente ela.

Fiquei a frente do espelho e observo meus olhos avermelhados e super dilatados, odeio ter que encarar essa minha versão, uma versão totalmente fudida e infeliz.

O que essa garota fez comigo? Eu só queria ser feliz e formar uma família, ter um relacionamento bem sucedido, mas eu me fudi mais uma vez com o amor.

No dia seguinte...

Eu fui até o centro de reabilitação, respirei fundo e logo entro no local, eu precisava daquilo, e eu farei aquilo pelo meu filho, apenas para ele.

Eu estou pouco me fudendo para minha família, pois eu sei que eles estão da mesma forma para mim.

Eu só me importo com o bebê, apenas ele e eu, seremos apenas nós dois.

— Boa tarde, eu gostaria de me internar, eu sou um drogado. — Eu disse e a atendente me olhou de cima a baixo, apenas me observando, provavelmente me julgando por alguém tão novo como eu, estar tão fudido.

— Preciso de alguns dos seus dados. Para fazer sua ficha, pode me acompanhar? — Ela me questionou.
— Tudo bem. — Eu digo e sigo ela até um local, onde me fizeram perguntas e me falaram coisas bem inspiradoras, coisas que nem minha "família" e nem meus "amigos" nunca me disseram.

E olha, eles sabiam de tudo, de tudo que eu estava passando e nunca me ofereceram uma ajuda, nunca me esticaram a mão e disseram. " Eu estou aqui, caso você precise. "
Todos simplesmente me ignoraram, e assim, eu retribui a eles.

Eles me falaram sobre o que eu tinha que fazer, as regras e quanto tempo eu ficaria aqui, provavelmente seis meses.

Era pouco, mas também, era muito.
Porquê? Eu quero ver meu filho crescer e é claro que eu não vou conseguir a guarda dele da noite pro dia, então, eu preciso de o mínimo tempo possível preso aqui. Mas preciso que faça efeito, então, terei que aguentar tudo.

Será difícil, mas eu irei conseguir, irei conseguir pelo meu filho!

Continua...?

O próximo episódio terá uma quebra de tempo, ok?

Drugs - Jaden Hossler Onde histórias criam vida. Descubra agora