Você, ele, nós | Barry Keoghan + Andrew Garfield fanfic

Capítulo 6

Obrigada pelas reações e comentários nos capítulos, pessoal. Vocês não tem ideia de como me deixa feliz ver que vocês estão gostando da Cecilia, do Gael e do Ethan.

São 2 da manhã e eu não consigo pensar em outra coisa que não seja descobrir os próximos passos desses três, acho que eles são meus melhores amigos e maiores crushes no momento. Espero que vocês gostem desse capítulo, que só se tornou realidade graças a algumas taças de vinho, assim como certo evento que acontece mais ali pra baixo. Enjoy!

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Os olhos de Ethan estão enormes, sua expressão determinada e atenta, a boca entreaberta. Eu fico quieta, coloco minhas mãos no colo e entrelaço os dedos, depois os solto e começo de novo. Ethan aperta os lábios e recomeça.

— Eu sei o que você tá pensando. Eu te disse, eu gosto do Gael, olho pra ele e tenho vontade de fazer ele feliz, tirar um sorriso dele. Por causa disso eu... Mas você causa um efeito em mim, me faz considerar umas coisas que antes eu não achava que queria ou sabia. Todos os dias que não te vejo são tão chatos! – ele diz com certo sofrimento — e eu tento me afastar porque eu quero que vocês dois sejam felizes, mas aí eu fico tão infeliz, é horrível.

— Não sei o que você quer que eu diga, Ethan. Você tá acabando comigo, sabia?

— Eu sei, desculpa. Eu sou babaca e egoísta. Vamos fingir que eu não falei nada.

Eu concordo em silêncio e digo que preciso ir dormir.

— Quando você tem um tempo livre? Vou te levar pra conhecer a cidade.

Eu hesito, mas acabo dizendo que terei uma folga. Ethan me promete um tour como um local, mas eu sei que isso vai ser impossível. Mais uma vez vou ser coadjuvante na minha própria vida. Apesar disso, fico feliz de ele estar ali, só preciso de algum tempo para processar a declaração de amor que ele largou no meu colo. Toda nossa relação foi construída sobre sentimentos implícitos, coisas não ditas e olhares ansiosos. É como se Ethan tivesse quebrado nossa regra primária, como no clube da luta, não falamos sobre isso. Essa decisão me faz sentir obrigada a tomar uma atitude quando eu nem sei ainda o que quero. Ou melhor, não sei como conseguir o que quero sem perder o que já tenho. Essa era uma questão para a Cecilia do futuro, porém. Essa noite eu gosto do que ouvi.

Ethan e eu nos despedimos no saguão e quando me viro para entrar no elevador, ele segura minha mão e me puxa ao seu encontro. Ele me abraça e eu retribuo, sentindo o calor do seu corpo invadir o meu, ele pressiona a bochecha no topo da minha cabeça, me envolve numa espécie de casulo e eu fecho os olhos por um momento. Depois me afasto e encaro seu rosto, luto contra uma força invisível que quer me empurrar direto para a boca de Ethan e ganho a batalha. Ethan segura meu rosto com as mãos, ele também parece concentrado em NÃO fazer algo, finalmente ele beija minha testa e eu sinto meu corpo derreter antes de me virar para chamar o elevador de novo.

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Me contorço na cadeira, sentindo o conhecido incômodo de usar biquini por baixo da roupa, mas aguento firme porque a manhã já está acabando. Discuto alguns detalhes sobre uma cena com a equipe e vinte minutos depois estou abrindo a porta do carro de Ethan. Ele sorri e nos cumprimentamos com um beijo no rosto, depois coloco o cinto de segurança e ele parte com o carro.

Seguimos por avenidas intermináveis e estacionamos muito longe da praia. Eu me assusto com o preço do estacionamento, mas Ethan não se afeta, ele já está acostumado com os absurdos da cidade. Como sempre, meu guia preferido tem suas próprias histórias para contar, afinal foi aqui que ele cresceu. Almoçamos tacos e tomamos café gelado depois de caminhar entre bodybuilders, skatistas, turistas e hippies. Fico decepcionada ao ver que as pessoas não estão se bronzeando na areia, todas parecem se concentrar no calçadão ladeado por palmeiras. Como estou de biquíni, tiro a camisa de algodão mesmo assim, preocupada com a marca horrível que ela está deixando nos meus braços.