Em um mundo cheio de possibilidades uma mulher e um homem que estão tão perto, mas que nunca se esbarraram, são pegos pelo famoso "destino" que começará a entrelaçá-los numa jornada cheia de infortúnios, reviravoltas e possivelmente amor.
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ANY GABRIELLY
Quarta-feira.
Aquele jantar me cheirava pura armação mesmo que a piranha da Sabi tenha dito que não. De quantas coincidências eu e Noah podíamos viver? Sério? Mas pelo menos tudo ocorreu bem. Bem enquanto estávamos na Sabina.
Noah cismou em me acompanhar na hora de irmos embora e fez questão de me levar até minha porta. Ficou um clima super esquisito entre nós. Nenhum de nós sabia ao certo o que dizer.
Claro, nos pensamentos mais impuros eu nem queria que ele dissesse nada, que apenas me prensasse nessa porta e me acompanhasse pra dentro aos beijos. Que mal faria?
Logo repreendi tais desejos. Não. Não podia. Aquele jantar, o acidente, no restaurante, boate, o beijo, hoje, foram só momentos inevitáveis, coincidências.
"Coincidências demais podem vir a ser o destino". Lembrei ouvindo perfeitamente a voz de Maria Sabina na minha cabeça. Argh!
Sem falar muito, apenas agradeci por ter me acompanhado e entrei. De costas pra porta, meu corpo quase deslizou por ela, mas não antes de eu olhar pelo visto a frente da minha casa. Ele ficou parado ali por alguns minutos como que resistisse e falasse consigo mesmo.
Juro que minha vontade era de abrir a porta e perguntar "qual o problema dele", mas aí eu estaria enviando um convite e dando motivos para ele pensar que eu queria algo. Pior! Que estava o observando de algum jeito, ou estivesse tão confusa quanto ele.
Não eram esses os sinais que queria passar então, mais uma olhadinha e ele se foi.
Respirei fundo e fechei os olhos. Recobrei na mente a noite, o jeito que eu ficava perto dele não era normal, nem saudável pro meu coração. Eu deveria marcer um cardiologista?
O que foi aquele momento? Trocando a fralda da Sel? Ele não podia ter sido mais desajeitado e lindo. Fiquei encantada, tentada e super coisada ao vê-londe costas sem saber o que fazer naquele momento. Imaginei brevemente se um dia ele tivesse filhos, aí me imaginei rapidamente tendo filhos com ele, ele trocando faldas sexy pra porra, um calor me subiu e quando o ouvi falando sozinho, sorri quando o vi resvalar a mão no cocô.
Mandei esse sentimento de querer me casar, de querer o Urrea e nos imaginar como família pra casa do cacete e fui ajudá-lo. Meio atrapalhado, o ensinei a trocar a fralda.
Casar? Puf! Com o Urrea?
Esse foi um sonho adiado quando terminei com meu ex. No momento eu priorizava minha carreira, ainda sou nova. Pensar em família agora? Pra quê?
Mesmo assim, não nego que às vezes esse sentimento me toma ainda mais quando estou perto de Sabina, Pepe e Selena. Claro que em algum dia vou querer constituir família. Me perdi nos pensamentos olhando pra Noah colocando nossa afilhada no berço-cama, mas logo os pais daquela bebê-caquinha chegaram me tirando tal foco.