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Estava na escola quando recebi uma mensagem e fiquei muito feliz. O toque para o intervalo soou, e saí apressada da sala, tentando conter a euforia.

Miguel me encontrou no corredor e notou minha expressão radiante.

— Está tudo bem? Você está muito feliz! — ele perguntou, com um sorriso curioso.

— Está tudo ótimo! Não poderia estar melhor, o dia está maravilhoso... — respondi, quase sem conseguir conter a excitação. — Mas tenho que ir...

— Posso saber o motivo dessa felicidade? Não te vejo assim desde que tudo isso aconteceu...

Hesitei por um momento, sabendo que a notícia poderia ser recebida de maneiras diferentes

— Não sei se você vai gostar ou não, mas estou feliz e isso é o que importa... — disse, com um sorriso travesso. — Meu irmão sai hoje do reformatório.

Os olhos de Miguel se arregalaram de surpresa, mas ele rapidamente sorriu, percebendo o quanto isso significava para mim.

— Isso é incrível, Scar. — Ele me deu um abraço rápido. — Fico feliz por você.

— Obrigada, Mi. — falei, dando um beijo rápido em sua bochecha. — Mas agora eu realmente preciso ir.

Com isso, saí correndo, meu coração batendo acelerado de felicidade. Corri até o estacionamento da escola, onde meu carro estava. A ansiedade e a alegria me impulsionavam enquanto eu dirigia em direção ao reformatório.

Quando cheguei, avistei meu irmão Robby esperando do lado de fora, com um sorriso tímido no rosto. Saí do carro e corri para abraçá-lo.

— Robby! — gritei, envolvendo-o em um abraço apertado.

— Ei, Chatinha — ele respondeu, retribuindo o abraço com força. — É bom estar de volta.

— É bom te ter de volta,adotado — murmurei, sentindo as lágrimas de felicidade se acumularem nos meus olhos.

Robby sorriu, e juntos voltamos para o carro, prontos para enfrentar o que quer que viesse a seguir, mas agora, pelo menos, estávamos juntos.

Robby sorriu, e juntos voltamos para o carro, prontos para enfrentar o que quer que viesse a seguir, mas agora, pelo menos, estávamos juntos

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De volta para casa, a energia era palpável. Robby, Scarlett, Juniper e Oliver estavam reunidos na sala de estar, conversando e rindo como nos velhos tempos. Havia uma sensação de normalidade que todos sentiam falta, e era bom estar juntos novamente.

Robby estava sentado no sofá, ao lado de Scarlett, que não conseguia parar de sorrir. Juniper e Oliver estavam em poltronas próximas, compartilhando histórias e lembranças de antes de tudo se complicar.

— Lembra daquela vez em que tentamos acampar no quintal? — perguntou Juniper, rindo. — E acabou chovendo torrencialmente?

— Como esquecer? — respondeu Robby, balançando a cabeça com um sorriso. — Passamos a noite inteira encharcados.

— E ainda assim insistimos que estávamos nos divertindo —acrescentou Oliver, rindo.

— Eu só lembro de vocês dois tentando montar a barraca e falhando miseravelmente — provocou Scarlett, revirando os olhos com carinho.

— Ei, foi uma experiência de aprendizado! — defendeu-se Robby, fazendo todos rirem.

— Sim, aprendemos que barracas de segunda mão não são a melhor escolha — Juniper acrescentou, rindo.

A conversa fluiu naturalmente, com histórias engraçadas e momentos de nostalgia. Por um breve momento, os problemas e as tensões do passado pareciam distantes.

— Robby, você tem que ver a nova série de treinos que estamos fazendo no dojo do Cobra Kai — disse Oliver, mudando de assunto. — É muito intensa, mas incrível.

— Mal posso esperar para voltar ao treino — respondeu Robby, com um brilho nos olhos. — Senti falta disso.

— Vamos voltar com tudo — disse Scarlett, tocando no ombro do irmão com um sorriso encorajador. — E com mais determinação do que nunca.

A tarde passou rapidamente, e quando a noite chegou, eles ainda estavam conversando e rindo. Scarlett olhou para seu irmão e seus amigos, sentindo uma onda de gratidão por tê-los de volta em sua vida.

— Não importa o que aconteça, estamos juntos nessa — disse ela, olhando cada um nos olhos. — E isso é o que importa.

Robby sorriu e assentiu, segurando a mão de sua irmã.

— Juntos, sempre — ele concordou.

E assim, com um senso renovado de união e força, eles continuaram a compartilhar aquele momento, sabendo que, independentemente dos desafios que enfrentassem, estariam lá uns para os outros.

A alegria da tarde foi interrompida quando Scarlett ouviu o som de seu celular. Ao verificar, viu que havia recebido mensagens tanto de Sam quanto de Miguel. Seu sorriso desapareceu imediatamente ao ler o conteúdo.

"Scarlly, acabamos de saber que o torneio de karatê pode ser cancelado por causa da briga na escola. Isso não pode acontecer!" - Sam

"Oi, Scar. Acabei de ouvir que o torneio de karatê está em risco de ser cancelado devido à confusão recente. Precisamos fazer algo." - Miguel

Scarlett sentiu um nó no estômago. O torneio era algo pelo qual todos estavam se preparando há meses. Era mais do que uma competição; era uma chance de provar que o karatê era uma força do bem, uma maneira de canalizar suas energias e aprender disciplina.

— O que houve, Scar? — perguntou Juniper, percebendo a mudança de humor da amiga.

— Recebi algumas mensagens — respondeu Scarlett, tentando esconder a preocupação na voz. — Parece que o torneio de karatê pode ser cancelado por causa da briga na escola.

— O quê? — exclamou Oliver, levantando-se da poltrona. — Não podemos deixar isso acontecer.

— Exatamente — concordou Robby, seu semblante endurecendo. — Todos estam trabalhando muito para esse torneio. Precisamos encontrar uma maneira de resolver isso.

Scarlett respirou fundo, tentando manter a calma. Ela sabia que entrar em pânico não ajudaria em nada.

— Temos que mostrar a eles que o karatê é importante e que a briga foi um incidente isolado.— comenta Scarlett

— Podemos fazer uma petição — sugeriu Juniper. — Reunir assinaturas de estudantes, pais e até da comunidade para mostrar apoio ao torneio.

— Boa ideia — concordou Oliver. — E talvez possamos organizar uma reunião com os diretores dos Dojo participantes do torneio para discutir como prevenir mais incidentes.

— Também acho que devemos falar com os senseis — disse Robby. — Eles terão influência e poderão ajudar a argumentar a favor do torneio.

Scarlett assentiu, sentindo uma renovada determinação. Eles haviam enfrentado muitos desafios juntos e isso não seria diferente.

— Vamos fazer isso — disse ela, com um olhar firme. — Vamos lutar pelo nosso torneio e mostrar a todos que o karatê é mais do que brigas e rivalidades. É sobre disciplina, respeito e união.

Os amigos concordaram e começaram a planejar suas próximas ações. Scarlett sentiu uma faísca de esperança crescer novamente em seu coração. Independentemente dos obstáculos, ela sabia que juntos, poderiam superar qualquer coisa.

Sangue de Cobra, Alma de GuerreiraOnde histórias criam vida. Descubra agora