Capítulo 49

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"... Quero que o meu amor
Te seja enfeite
E conforto, ponto de partida
Para a fundação
Do teu reino, em que a sombra
Seja abrigo e ilha
Quero que o meu amor
Te seja leve
Como se dançasse numa praia
Uma menina..."

Lya Luft

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- Por Luana Tavares -

Esquecia-me sempre da agressividade do inverno em Chicago. Vinha de uma cidade tropical, Calomanhengue só tinha duas estações, a chuvosa que era quentíssimo, as temperaturas chegavam aos 37 graus Celsius e a seca que chamamos de cacimbo, é seca no entando o frio não desce para os negativos. A minha adaptação foi difícil nos primeiros dias, mas eu apaixonei-me por Chicago e já não consigo ver a minha vida longe daqui, até porque tinha um motivo mais forte para cá permanecer.

Decidimos ficar os primeiros dias em casa da minha sogra, primeiro porque não podia fazer muito esforço e depois a gravidez estava me deixando doente, passava as manhãs debruçada sobre a sanita, às tardes a dormir e às noites enjoada e com os desejos mais bizarros (quem sofre é o Hakim, já o fiz ir até South Shore em busca de syllabub de morangos*). Depois de dez dias a minha fadiga e o mal estar atenuara-se e eu sentia-me mais confortável.

O último fim de semana do mês de novembro tinha parecido particularmente atarefado pra ele, tinha estado a fazer os últimos relatórios das jóias enviadas para o Brasil, ele ia para São Paulo naquela mesma semana. Então nós teriamos de permanecer em casa da minha sogra. Mesmo depois da minha relação com ela ter melhorado, sentia falta da nossa privacidade, ela estava a estragar a Ayanna com tantos mimos, fazia todas as vontades da minha filha e já estava a ficar preocupada. Moderou após o Henry a chamar atenção. Mas eu ainda acredito que elas as duas têm um esquema clandestino.

Como eu queria manter a minha rotina continuei indo a terapia, todas às segundas e quartas-feiras, e o resto da semana eu saía em busca de emprego. Os meus cartões estavam na metade e não podia me acomodar, o Henry ficou aborrecido nos primeiros dias, até aceitar que eu sou assim e que mesmo gravida eu ia trabalhar (só não sabia se iriam contratar uma mulher grávida).

Ele foi pro Brasil numa terça-feira e voltou dois dias depois, estava estranho. Não me tocava, eu sentia a nossa relação esfriar.

No primeiro domingo de Dezembro de 2021, fui jantar com a Dra. Marlene na baixa, deixei o Hakim, a Ayanna em casa com a minha sogra. Depois de ter voltado para Chicago fiquei sabendo que ela sempre ligava a procurar por notícias minhas, gostei de saber porque no primeiro dia da minha consulta com ela criamos uma boa ligação. Era bom ter uma nova amiga, completava-me como fazia a Katiana, dava-me alento sempre que sentia-me em baixo, frustrada por conta da gravidez. Elas se tornaram a minha âncora quando sentia que não conseguia alcançar o Hakim, e nos últimos dias sempre que o clima esquentava entre nós ele me fugia, dizia que tinha trabalho, ou que estava cansado.

Luana, a Vendida (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora