━ CAPÍTULO NOVE ━

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━ DEDOS MÁGICOS E TECIDOS ALINHADOS ━

— Cassandra! Acorda! — Miranda gritou. As batidas na porta poderiam acordar a vizinhança inteira, mas, do lado de dentro do quarto, Cassandra não dormia.

Submersa nas memorias da rainha, Cassandra havia se perdido no tempo e no espaço. Passara todos os dias revivendo alguma lembrança, se apaixonando por cada momento naquela terra distante e se martirizando por cogitar deixar seus pais para trás.

Cassandra! — Miranda voltou a gritar.

Dentro da memória, Cassandra sentiu uma dor aguda no braço e viu o mundo de Tênax se dissipar em sua frente. Estava de volta em seu quarto, os gritos da mãe inundando seus ouvidos e os olhos bravos de Dipity a encarando.

— Sua mãe está estourando meu ouvidos. — Disse ele, os braços cruzados por cima do colete branco e o sapato branco batendo no chão.

— O que você está fazendo aqui?

Reloginho revirou os olhos de forma dramática.

— Já te falei isso quando você era cri... Eu não devia ter falado isso! Ah, essa mulher gritando não me deixa pensar e eu acabo falando besteira! — Dipity tapou os ouvidos. — Por favor, vá ver o que ela quer. — Choramingou.

Cassandra se levantou.

— Quando ela for embora você vai me explicar.

Dipity gargalhou e saltou na cama.

— Eu não faço o que me mandam. — Desdenhou ele, os dedos tapando os ouvidos e os sapatos no edredom.

Cassandra abriu uma brecha na porta, mantendo sua cama — e reloginho — escondidos.

— Desculpa, mãe. — Começou, mas Miranda a cortou com um dedo no ar.

— Não quero ouvir desculpas! — Disse e jogou nos braços da filha enormes sacos pretos e pesados. — Escolha um. Aturei a sua preguiça por um mês já. Droga Cassandra, faltam dois dias para a festa e você não tem vestido ainda! Lamento querida, mas esses eram os únicos do seu tamanho. O que está escondendo, Cassandra!? — Miranda perguntou, empurrando a porta até abri-la por completo.

Em pé na cama, Dipity sapateava e cantarolava uma melodia com um sorriso largo. Cassandra sentiu como se seu coração estivesse na garganta. Como explicaria aquele ser ali?

— Mãe, eu p-posso explicar! — Gaguejou.

— Shhh... — A mulher puxou a porta de volta. — Não tenho tempo para me preocupar com a sua bagunça. — Resmungou e se seguiu pelo corredor. Das escadas, voltou a gritar: — Escolha o vestido, agora!

A herdeira perdida - As crônicas de TênaxOnde histórias criam vida. Descubra agora