Desistir de procurar um amor faz Lisa ceder ao pedido de casamento feito pelo seu melhor amigo Bambam no auge dos 29.
Talvez ela não o amasse mesmo. Ela não tinha certeza, eram muitas coisas na sua cabeça. Mas nenhuma delas era amar Bambam. Mas ela...
I can't love you in the dark It feels like we're oceans apart There is so much space between us Maybe we're already defeated
Adele-
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Talvez fosse essa a razão pela qual venho tentado evitar a rotina do dia a dia depois de estar oficialmente noiva. Jennie vem saindo comigo a cada momento e não estou reclamando, muito pelo contrário.
Ela me tira da realidade e isso me faz bem.
Tenho evitado Bambam ainda mais. Não nos olhamos do mesmo jeito e ele já percebeu isso. Nosso casamento estava fodido e a culpa não era inteiramente dele.
Mas eu esqueci tudo isso quando era chamada para ir ao apê dela no fim da semana. Era estranho demais, nos tratávamos como amigas mas eu sabia que não. Não era assim que eu me sentia quando a pegava olhando para minha boca quando conversávamos, muito menos quando eu me perdia na guerra de cócegas com ela no sofá e minha mãos acabavam apalpando as coxas grossas e atraentes dela.
Meu Deus eu estava perdida.
Eu nunca tinha me sentido assim. Nem com Bambam, nem com meus namorados do ensino médio, com nenhum homem. Era algo bizarro.
Eu me sentia tão a vontade com ela que a palavra conforto parecia totalmente tosca.
Na noite anterior decidimos fazer uma maratona de doramas na sua casa, que era sempre o point dos nossos programas. E quando o primeiro episódio de Viccenzo acabou, o vinho que estava cheio na minha tava tinha descido goela a baixo.
Comecei a falar até demais e quando me dei conta contava sobre minha frustração com Jennie. Ela me olhava com um olhar totalmente indecifrável. Seus olhos queimavam minhas bochechas que estavam salgadas por causa das lágrimas que começaram a rolar.
Uma bola de neve começou a se bolar no meu coração, minha respiração passou a se tornar pesada. Eu estava lá se novo, sozinha, lutando contra minha própria imensidão.
Mas antes que meu corpo se encolhesse e fugisse novamente de sentir o pânico, as mãos quentes da mulher a minha frente envolveram meu rosto e o levantou me fazendo olhar cara a cara a ela.
-Você não é obrigada a isso Lalisa, espero que saiba disso- seus olhos ternos foram em direção aos meus que estavam apavorados-Você se ama Lalisa?- olhei desesperada. Eu já não sabia mais. Já tinham me perguntado isso e eu não sabia como respondê-las. Não era muito diferente com Jennie.
-Eu-eu...- gaguejei nervosa e ela afagou suas mãos mais ainda me aproximando ainda mais do seu rosto.
-Se acalme Lisa-ya!- sussurrou baixinho esperando enquanto eu respirava fundo. Ela começou a beijar minha bochecha e enquanto as lagrimas cessavam.
