S. T. A. R.

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Oi gente linda! Como vocês estão ?
É um prazer recebê-los em mais um capítulo!
Gostaria de agradecer a vocês por todo amor que ando recebendo...vocês todos moram em meu coração.
Peço desculpas por alguns erros que possam encontrar...
Uma boa leitura e beijo no coração de todos! 💚




Dick Grayson pov.

Definitivamente a vida não é um clichê.
Por que estou dizendo isso ?
Frank Jones é linda, carismática e alguém por quem um homem tomaria um banho gelado.
Mas existe uma verdade sobre essa mulher...
Ela ronca como um velho de sessenta anos.
Estou há exatos cinco minutos encarando-a dormir com a cabeça apoiada no banco do passageiro de meu carro com a boca levemente aberta.
Em parte, estou com medo de perder oxigênio de tanto ar que ela puxa para seus pulmões, mas no geral, preciso acorda-lá para avisar que chegamos e não faço a menor ideia de como fazer isso.
- Frank ? — chamo-a. Nenhum sinal de vida. – Frankie...— chacoalho sua mão e vejo a garota abrir os olhos em um pulo.
- Bom dia. — resmunga coçando os olhos e ajeitando sua postura no banco. – Nós chegamos ?.
- Chegamos. — sorrio desligando o carro e apontando para a casa de campo a nossa frente.
- Onde estamos ? — pergunta confusa.
- Esta é a casa de um casal de amigos. — sorrio. – Que muito provavelmente ficarão putos por eu estar aqui essa hora. — digo saindo do carro.
Frank me acompanha no caminho até a porta de madeira do sobrado branco.
M'gann é uma de minhas amigas mais próximas e de longa data, assim como Artemis. A diferença entre as duas é que a convivência entre M'gann e Frank poderia ser mais pacífica, considerando a gentileza da marciana. Além dela, seu marido e também grande e velho amigo meu, Conner, moravam no sobrado para conquistarem um pouco mais de privacidade como recém casados. Como diz Artemis, em resumo, eles queriam transar em paz.
O fato de eu estar em frente a casa deles com uma ruiva completamente estranha e alheia ao universo de heróis, as cinco da manhã pode ser um motivo para alguns sermões e caras emburradas. Nada com que eu não pudesse lidar.
Toco a campainha e encaro Frank que ainda permanecia com os olhos sonolentos.
- Ainda não acredito que saí para viajar com um amigo tão recente. — murmura ela. – Meus irmãos surtariam se soubessem.
- Eles me agradeceriam. — sorrio convencido. – Afinal, eu estive com você todos os dias por dois meses, mesmo que não estivesse acordada.
- Obrigada por isso, mais uma vez. — sorriu timidamente. Linda.
Ouço um leve barulho e sorrio.
- Sou eu!. — digo alto e logo ouço o 'click' da porta sendo destrancada. Sei que ele já sabia, M'gann tem poderes telepáticos.
Encaro a figura musculosa e sonolenta, vestido em um roupão vermelho e preto e com pantufas em seus pés.
- Hey, visita surpresa! — anuncio sorrindo amarelo. 
O homem me encara sério e eu quase me arrependo de trazer Frank até aqui.
- É muito bom te ver, Grayson! — diz antes de me surpreender em um abraço caloroso e apertado.
- Digo o mesmo, grandão. — sorrio. – Onde está M'gann ?. — pergunto por sua esposa.
- Pelada e um pouco puta pelo sono perdido. — diz ele simples e vejo Frank arregalar os olhos.
Conner era o que podíamos chamar de excessivamente sincero, isso as vezes fazia com
que as pessoas ficassem levemente desconfortáveis com seus comentários diretos.
- Nos desculpe por isso. — diz Frank coçando a garganta. – Podemos voltar outro momento, não é !? — pergunta sem graça. Naquele momento, o rosto de Frank já estava em um tom próximo a cor de um pimentão.
Conner me solta e encara a garota se aproximando dela, logo abrindo um sorriso e puxando-a para um abraço. Sorrio da cara da garota ao ser esmagada contra o peito de Conner.
- E você é a Frank...— diz ele e eu o encaro confuso. – Artemis, antes que pergunte. — diz e eu concordo com a cabeça. Fofoqueira miserável.
- Sou a Frank. — afirma a garota tentando retribuir desajeitadamente o abraço. – Desculpe a invasão noturna.
- Dick tem passe livre por aqui. — diz Conner soltando-a. – Entrem! — convida nos dando passagem a sua casa.
- Obrigada. — sorri Frank.
Ao entrarmos sorrio com a imagem a minha frente.
Símbolos kryptonianos e marcianos se misturam discretamente em quadros pendurados nas paredes. A casa era organizada e como eu imaginava que M'gann havia sonhado, um lugar para uma família.
- A casa é linda, obrigada por nos receber. — agradece Frank.
- Nem precisa agradecer, querida. — diz M'gann descendo as escadas em um pijama rosa. – São mais do que bem vindos!
- Achei que me esperaria pelada, querida. — diz Conner e posso ver a marciana arregalar os olhos.
- Não faça com que eu me arrependa da promessa de não ler sua mente. — diz ela e eu arregalo os olhos chamando sua atenção. – Certo, desculpe. — diz para mim em pensamento e posso notar que Conner também recebe a mensagem.
Ser o asa noturna, ter sido o Robin, lutar contra Jason como capuz vermelho e todo o fardo de herói seria omitido de Frank. Ela uma vez havia sido uma missão, mas agora com Brianna em um lugar seguro e Jason em Gotham, eu poderia conhecê-la sendo apenas o Dick.
Os dois meses que passei apenas observando-a no sono de seu coma, me tornaram levemente dependente da companhia da garota. Observei cada traço de seu rosto, sabia a quantidade de sardas que preenchiam seus lábios e com a presença de seu pai e irmãos, que acreditaram em minha generosa ajuda de custos, aprendi tudo sobre a garota, e tudo sobre ela era comum, normal e calmo. Os motivos de minha primeira ida ao hospital eram curiosidade e investigação, a garota havia sido trazida por Jason, estava ferida, eu precisava estar ciente de tudo.
Um tempo depois, me aproximar de sua família era confortável, olhá-la tão em paz e longe de riscos, me trazia paz. Depois de um tempo, se tornou um hábito.
Agora, eu queria aproxima-lá de mim, queria que fosse minha amiga, e queria mais ainda, que ficasse longe de Jason e de todas as preocupações que ele me trazia.
Queria mostrar a Frank um pouco de meu mundo, fazê-la aproveitar os dois meses que perdera na cama daquele hospital, queria que ela me conhecesse e ficasse segura.
Agora que Brianna estava segura e temporariamente incomunicável, Frank não era mais uma missão, era uma garota que eu gostaria de manter por perto e eu a manteria bem, segura e longe dos meus fardo, principalmente de Jason, que só queria torturar a garota em uma briga de egos.
- Vocês devem estar cansados...— começa a dizer M'gann. – Infelizmente estamos só com um quarto livre. — sorri amarelo.
- Não, tem problema. — sorri Frank e eu a encaro. – Cresci com quatro irmãos...dormi muitas vezes no sofá.
- Ai que tudo! — diz M'gann animada. – Também sou de uma família grande, adoro falar sobre isso. — diz puxando a ruiva para as escadas. – Vou te mostrar tudo! — posso ouvi-la dizer.
- Eu não sou telepata como M'gann...— diz Conner coçando a garganta. – Mas você parece decepcionado com a história do sofá.
- Fiquei dois meses no hospital cuidando da segurança dela. — digo a ele.
- Estão namorando ? — pergunta me entregando uma latinha de cerveja e se sentando na pequena mesa da cozinha.
- Longe disso, ela é só uma amiga. — explico me sentando a sua frente e aceitando a lata que ele me oferece.
- Então não tem ninguém há dois meses ?
- Sim. — suspiro. – Estou de saco cheio...— murmuro. Literalmente com saco cheio.
- Ela é bem atraente. — diz dando um gole em sua cerveja e eu o confirmo com a cabeça. – Mas nada supera minha linda M'gann.
- Estou feliz por vocês. — sorrio e ele me acompanha dando início a história de recém casado que vivem.

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