Red hood

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Oi gente! Como vocês estão ?
Eu acabei de ter um surto criativo durante a madrugada e resolvi postar este capítulo, que é o primeiro narrado pelo nosso querido Jason.
Espero muito que gostem da surpresa!
Obrigada pelo carinho e uma boa leitura! 💚


 Espero muito que gostem da surpresa! Obrigada pelo carinho e uma boa leitura! 💚

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Jason Todd pov.

O trabalho nem sempre é gracioso ou algo do que eu me orgulhe.
Principalmente em dias como hoje, em que precisei usar Frank como uma desculpa. Não que isso tenha sido um completo trabalho, eu sabia que ela gostaria de visitar os laboratórios S. T. A. R.
Mas colaborou para uma discreta e bem executada invasão. Pegamos algumas amostras de sangue extraterrestre para venda para laboratórios clandestinos que pagam trinta vezes o valor de mercado.
Trabalho difícil, precisei uma leve ajuda de alguns funcionários que queriam faturar, isso inclui a única pessoa que quase colocou o plano a perder falando com Frank, o tal Harry.
Harry, Howard...estou pouco me fodendo, ele é um fodido estagiário que assedia as garotas do departamento, além de ser corrupto.
Mas não gosto de pessoas que mexem com minhas coisas, que toquem, falem ou respirem perto delas, isso inclui Frank.
Nossa pequena e ingênua garota do interior, uma simples universitária com uma capacidade gigante.
Grayson pegou Brianna e a levou para algum lugar que ele temporariamente julgava seguro, isso me deu um leve prejuízo de alguns milhões de dólares, porém, me rendeu algo que eu estava considerando tornar um investimento.
A garota tinha espírito, Frank tinha algo que precisava ser despertado. Até agora, eu havia observado-a cada fodido dia. Nas aulas, no antigo dormitório, todos os dias em que esteve no hospital e até quando Grayson fugiu com ela de lá. Sim, aquilo me deixou muito puto.
A cena imbecil na recepção, ele não devia encostar daquela forma em Frank.
Grayson ainda não havia compreendido a complexidade de Frank Jones.
A garota que parecia um pequeno coelho, tímida, pequena e que baixava os olhos quando encaravam diretamente pra ela tinha o potencial para se tornar uma leoa, linda, feroz e voraz. Eu já tinha sacado do que ela precisava, e era liberdade, adrenalina, vento nos cabelos longos e ruivos. A forma como ela apenas tombou a cabeça para trás sentindo o vento e a velocidade atingirem-a quase me deixou excitado, ela era quente e eu gostava de olhá-la.
Quando a garota estava em cima daquele prédio, sozinha com a pequena bandeja do refeitório e andando se apoiando sem medo no frágil batente em uma altura impressionante eu soube do que ela precisava. Ainda que, em um momento, quando a chuva começou, e vi seu corpo frágil ser lançado para baixo, eu falhei, miseravelmente travei e pela primeira vez em algum tempo, eu temi. Agarrei o corpo frágil das escadas de incêndio, vi algumas bolhas em seu colo e pescoço e senti as batidas de meu coração diminuírem. Estourei o vidro do primeiro carro que vi, colocando-a deitada no banco traseiro e dirigindo em alta velocidade até o hospital, consegui que ela fosse salva. Acompanhei sua internação e sondagem. Odiei a forma como os médicos cochichavam em cima dela, como se eu estivesse vivendo a porra de mais um flashback.
Minha mãe morrendo com a merda de uma overdose e médicos e mais médicos rondando-a como se ela fosse a porra de um objeto. Eu me lembrava disso, eu odiava essa merda.
Fiquei com ela, gritei algumas vezes com cada merda de funcionário que tentava me tirar de lá e esperei até que ela fosse colocada em um quarto, segura e protegida. Mas infelizmente, sem intenção de acordar.
A parte merda dos negócios, é que eles não te esperam, e quando se envolve em muitas coisas, você apenas precisa estar em certos lugares, sem desculpas e sem atrasos. Foi minha única motivação a ligar para Grayson, que ficou no hospital todos os dias, mas parecia respeitar meu espaço com Frank todas as noites.
Algumas noites eram boas, eu chegava cedo, contava uma das várias histórias que as pequenas garotinhas do orfanato em que cresci, contavam pelos corredores. Outras, eu estava com dor demais ou quebrado demais, então eu apenas penteava o longo e ruivo cabelo de Frank, como uma antídoto e cura pra qualquer merda que estivesse quebrada demais em mim. Eu gostava de encara-lá dormindo, calma e parecia estar sem dor, aquilo motivava minha volta todas as noites. Dormindo apoiado nas escadas de incêndio, para que o pai da garota ocupasse a poltrona ao lado de sua cama e para que eu pudesse livra-lá de qualquer mal que aterrorizasse seu sono, para matar qualquer monstro das histórias que eu contava a ela. Ainda que, eu pudesse ser um deles.
Quando acordou, foi a única noite em que eu não visitei a garota e de repente, Grayson estava lá. Sentando na porra da cama dela, com as porras de mãos nela.
Não foi um bom dia, nem para mim, nem para Gotham. Concordei em fazer trabalhos que não me classificavam na linha dos bonzinhos, não aquela noite, eu precisava de adrenalina e uma mente ocupada. O que não funcionou por muito tempo, já que no meio da madrugada eu estava em cima de uma moto, pronto para espancar Dick Grayson e as merdas de ideias que ele tem de afastar Frank.
Em Metropolis localizar Dick Não foi difícil, era um lugar óbvio. Eu estava disposto a apenas cuidar de Frank a distância, deixar que ela conhecesse pessoas e apenas intervir no caso de algo acontecer, minha ideia durou pouco. Vê-la saindo sozinha e pegando um ônibus me despertou curiosidade, a segui e depois foi só questão de estacionar afastado.
Achar a cabeleira ruiva de Frank não era difícil, o vermelho vivo era chamativo e na minha cabeça, devem existir poucas mulheres ruivas de bunda grande no mundo.
A vi pedir um cappuccino, o que era provavelmente um vício dela e uma torta com morango, um vício meu.
Eu particularmente tinha tesão em surpreender Frank, as duas órbitas verdes em seu rosto saltavam e eu podia notar como ela mordia o cantinho dos lábios quando ficava nervosa com minha presença, principalmente em comentários de duplo sentido, onde sua linda cabecinha parecia travar. E eu, estava louco para saber até onde ela aguentaria o duplo sentido antes de meter um soco no meu rosto. De certa forma, eu ansiava por despertar Frank e seu espírito selvagem louco para sair e assumir o controle.
Grayson gostava de encarar Frank como alguém que precisava de um controle e proteção, alguém pra colocar sobre suas asas.
Eu não, eu queria Frank forte e decidida, alguém que poderia ser uma dama, mas uma dama feita de aço, alguém que gritaria se quisesse ser ouvida, alguém que tenha suas próprias asas.
E no dia em que a vi andar sobre o batente de um telhado, sem hesitações, sem medo e sem receios, eu vi a necessidade de um pouco de loucura e adrenalina na vida de Frank Jones.
Levando-a para conhecer o laboratório, eu vi os olhos, ainda que das paredes de vidro distantes da garota brilharem e seu rosto se iluminar. Sorri por baixo da máscara vermelha e após rosquear o silenciador da pistola e atirar em uma das câmeras de vigilância da sala, parei para observar Frank por um breve minuto.
Vi o homem desconhecido abordá-la e guardei a arma em minha calça, saindo da sala e indo até a escada externa no prédio, trocando as roupas e retirando a máscara, encarei meu celular vasculhando a tela pelo rosto do homem, quando vi seu nome, procurei por registros e uma ficha policial brilhou com seu nome, desarquivando uma denúncia de assédio. Babaca. Não me livrei da arma, mantive comigo para que talvez fizesse um serviço a humanidade e seria menos um escroto no universo. Encontrei Frank ainda conversando com o homem pude sentir o sangue em minhas veias esquentar, eu estava puto.
Coloquei a garota colada ao meu peito e encarei o filho da puta como se fosse matá-lo e bom...eu realmente faria isso um dia.
Ao colar meu corpo nas costas de Frank e espantar o homem que se eu desse sorte, logo seria explodido com a bomba deixada por mim, em seu departamento. Meu contratador não ficaria feliz, mas eu estou cagando.
Permaneci mais que o tempo necessário colado ao corpo de Frank, mas foi inevitável, seu cheiro era bom e por um momento de descontrole que nunca me acontecia, pude sentir vida. Vida até demais principalmente no que se referia ao meio de minhas pernas. Me soltei rapidamente da garota e puxei-a rapidamente para fora do caos futuro.
Deixá-la foi difícil, eu não queria que ela fosse diretamente para as asas de Dick, talvez isso conte para o argumento de que eu escolhi o caminho mais longo apenas para que desse tempo de Grayson e seus amigos correrem para salvar a cena e assim, ela ficaria sozinha por um tempo. Esperei-a e fui para o meio de alguns arbustos, apenas por garantia de que a garota ficaria bem sozinha.
Minha explosão havia sido eficiente, como o planejado, sem vítimas, ainda que eu desejasse que o homem que havia estado com Frank tivesse sido uma.
Vi a cabeleira ruiva se deslocar para a sala e sorri com a cara surpresa assistindo ao noticiário. Eu estava disposto a abrir o jogo com ela, a mostrar um novo mundo e fazê-la viver, eu só precisava de tempo, pouco tempo. Eu queria que ela me conhecesse e a todo o meu mundo.
Mandei uma mensagem para seu número.
Sim, meu Romã, eu sempre te encontro.
Aliás, Frank Jones, eu nunca se quer a perdi.

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