𝑳𝒖𝒍𝒍 ༄ 𝑐𝑜𝑛𝑡𝑜 𝑁𝑒𝑠𝑠𝑎 𝐴𝑧𝑒𝑟𝑒𝑑𝑜

❀ 𝕃𝕦𝕝𝕝 ❀

Olhava o campo florido a minha frente, suspirando pesado com o nervosismo que me consumia. Encarei a carta em meu colo e comecei a lê-la mais uma vez.

" 𝘊𝘰𝘮𝘦𝘤̧𝘰 𝘮𝘪𝘯𝘩𝘢 𝘤𝘢𝘳𝘵𝘢 𝘱𝘦𝘥𝘪𝘯𝘥𝘰 𝘱𝘦𝘳𝘥𝘢̃𝘰 𝘦 𝘫𝘢́ 𝘭𝘩𝘦 𝘱𝘦𝘥𝘪𝘯𝘥𝘰, 𝘧𝘪𝘲𝘶𝘦 𝘵𝘳𝘢𝘯𝘲𝘶𝘪𝘭𝘰, 𝘦𝘶 𝘯𝘢̃𝘰 𝘴𝘦𝘯𝘵𝘪 𝘥𝘰𝘳 𝘢𝘭𝘨𝘶𝘮𝘢, 𝘮𝘪𝘯𝘩𝘢 𝘪𝘥𝘢 𝘧𝘰𝘪 𝘵𝘳𝘢𝘯𝘲𝘶𝘪𝘭𝘢.
𝘗𝘦𝘤̧𝘰 𝘱𝘦𝘳𝘥𝘢̃𝘰 𝘱𝘰𝘳 𝘵𝘦𝘳 𝘭𝘩𝘦 𝘥𝘦𝘪𝘹𝘢𝘥𝘰, 𝘮𝘢𝘴 𝘫𝘢́ 𝘦𝘴𝘵𝘢𝘷𝘢 𝘯𝘢 𝘮𝘪𝘯𝘩𝘢 𝘩𝘰𝘳𝘢. 𝘝𝘰𝘤𝘦̂ 𝘧𝘰𝘪 𝘮𝘦𝘶 𝘱𝘳𝘪𝘮𝘦𝘪𝘳𝘰 𝘦 𝘶́𝘭𝘵𝘪𝘮𝘰 𝘢𝘮𝘰𝘳, 𝘦 𝘫𝘢𝘮𝘢𝘪𝘴 𝘮𝘦 𝘦𝘴𝘲𝘶𝘦𝘤𝘦𝘳𝘦𝘪 𝘥𝘦 𝘷𝘰𝘤𝘦̂, 𝘢 𝘧𝘰𝘳𝘮𝘢 𝘤𝘰𝘮𝘰 𝘮𝘦 𝘢𝘮𝘰𝘶, 𝘰𝘴 𝘴𝘰𝘳𝘳𝘪𝘴𝘰𝘴 𝘣𝘰𝘣𝘰𝘴 𝘦 𝘷𝘦𝘳𝘥𝘢𝘥𝘦𝘪𝘳𝘰𝘴, 𝘢𝘴 𝘣𝘰𝘳𝘣𝘰𝘭𝘦𝘵𝘢𝘴 𝘯𝘢 𝘣𝘢𝘳𝘳𝘪𝘨𝘢, 𝘢𝘩 𝘢𝘴 𝘣𝘰𝘳𝘣𝘰𝘭𝘦𝘵𝘢𝘴...
𝘍𝘰𝘪 𝘵𝘶𝘥𝘰 𝘵𝘢̃𝘰 𝘣𝘰𝘮, 𝘣𝘰𝘮 𝘦𝘯𝘲𝘶𝘢𝘯𝘵𝘰 𝘥𝘶𝘳𝘰𝘶.
𝘗𝘰𝘳𝘦́𝘮 𝘱𝘢𝘳𝘢 𝘢 𝘴𝘶𝘢 𝘪𝘯𝘧𝘦𝘭𝘪𝘤𝘪𝘥𝘢𝘥𝘦, 𝘴𝘦 𝘢𝘱𝘢𝘪𝘹𝘰𝘯𝘰𝘶 𝘱𝘰𝘳 𝘢𝘭𝘨𝘶𝘦́𝘮 𝘲𝘶𝘦 𝘫𝘢́ 𝘦𝘴𝘵𝘢𝘷𝘢 𝘪𝘯𝘥𝘰. 𝘔𝘦𝘶 𝘤𝘰𝘳𝘢𝘤̧𝘢̃𝘰 𝘢𝘪𝘯𝘥𝘢 𝘣𝘢𝘵𝘪𝘢 𝘱𝘦𝘳𝘧𝘦𝘪𝘵𝘢𝘮𝘦𝘯𝘵𝘦, 𝘮𝘢𝘴 𝘮𝘪𝘯𝘩𝘢 𝘮𝘦𝘯𝘵𝘦 𝘫𝘢́ 𝘯𝘢̃𝘰 𝘳𝘦𝘢𝘨𝘪𝘢, 𝘯𝘢̃𝘰 𝘩𝘢𝘷𝘪𝘢 𝘮𝘢𝘪𝘴 𝘯𝘢𝘥𝘢 𝘢𝘲𝘶𝘪 𝘥𝘦𝘯𝘵𝘳𝘰. 𝘔𝘦 𝘱𝘦𝘥𝘪𝘶 𝘱𝘳𝘢 𝘧𝘪𝘤𝘢𝘳 𝘮𝘢𝘴 𝘦𝘶 𝘯𝘢̃𝘰 𝘱𝘰𝘴𝘴𝘰! 𝘑𝘢́ 𝘤𝘶𝘮𝘱𝘳𝘪 𝘮𝘦𝘶 𝘰𝘣𝘫𝘦𝘵𝘪𝘷𝘰 𝘢𝘲𝘶𝘪, 𝘫𝘢́ 𝘧𝘪𝘻 𝘵𝘶𝘥𝘰 𝘰 𝘲𝘶𝘦 𝘲𝘶𝘦𝘳𝘪𝘢 𝘧𝘢𝘻𝘦𝘳 𝘦 𝘫𝘢́ 𝘴𝘰𝘧𝘳𝘪 𝘵𝘶𝘥𝘰 𝘰 𝘲𝘶𝘦 𝘫𝘶𝘭𝘨𝘰 𝘲𝘶𝘦 𝘮𝘦 𝘢𝘧𝘦𝘵𝘢𝘳𝘪𝘢. 𝘕𝘢̃𝘰 𝘷𝘰𝘶 𝘮𝘢𝘪𝘴 𝘮𝘦 𝘵𝘰𝘳𝘵𝘶𝘳𝘢𝘳, 𝘱𝘳𝘦𝘤𝘪𝘴𝘰 𝘪𝘳, 𝘮𝘦 𝘭𝘪𝘷𝘳𝘢𝘳 𝘥𝘦𝘴𝘴𝘦 𝘤𝘰𝘳𝘱𝘰 𝘷𝘢𝘻𝘪𝘰 𝘦 𝘥𝘦𝘴𝘤𝘢𝘯𝘴𝘢𝘳.
𝘌𝘴𝘱𝘦𝘳𝘰 𝘲𝘶𝘦 𝘮𝘦 𝘦𝘯𝘵𝘦𝘯𝘥𝘢, 𝘱𝘦𝘤̧𝘰 𝘴𝘪𝘨𝘢 𝘦𝘮 𝘧𝘳𝘦𝘯𝘵𝘦, 𝘴𝘦 𝘢𝘱𝘢𝘪𝘹𝘰𝘯𝘦 𝘯𝘰𝘷𝘢𝘮𝘦𝘯𝘵𝘦 𝘱𝘰𝘳 𝘢𝘭𝘨𝘶𝘮𝘢 𝘮𝘶𝘭𝘩𝘦𝘳 𝘲𝘶𝘦 𝘭𝘩𝘦 𝘧𝘢𝘤̧𝘢 𝘧𝘦𝘭𝘪𝘻, 𝘤𝘰𝘮𝘰 𝘦𝘶 𝘯𝘢̃𝘰 𝘱𝘶𝘥𝘦. 𝘛𝘦𝘯𝘩𝘢 𝘧𝘪𝘭𝘩𝘰𝘴 𝘦 𝘢 𝘤𝘢𝘴𝘢 𝘯𝘰 𝘤𝘢𝘮𝘱𝘰 𝘲𝘶𝘦 𝘴𝘰𝘯𝘩𝘢𝘷𝘢 𝘦𝘮 𝘵𝘦𝘳, 𝘵𝘦 𝘱𝘳𝘰𝘮𝘦𝘵𝘰 𝘮𝘦𝘶 𝘢𝘮𝘰𝘳, 𝘦𝘴𝘵𝘢𝘳𝘦𝘪 𝘵𝘦 𝘷𝘦𝘯𝘥𝘰 𝘥𝘢𝘲𝘶𝘪 𝘦 𝘷𝘪𝘣𝘳𝘢𝘯𝘥𝘰 𝘥𝘦 𝘧𝘦𝘭𝘪𝘤𝘪𝘥𝘢𝘥𝘦 𝘢 𝘤𝘢𝘥𝘢 𝘤𝘰𝘯𝘲𝘶𝘪𝘴𝘵𝘢 𝘵𝘶𝘢, 𝘦𝘶 𝘵𝘦 𝘢𝘮𝘰 𝘦 𝘢𝘮𝘢𝘳𝘦𝘪 𝘦𝘵𝘦𝘳𝘯𝘢𝘮𝘦𝘯𝘵𝘦!"

Sobre lágrimas fechei a carta, a colocando em baixo da cesta do nosso piquenique. Passei as mãos em seus cabelos logo deixando um beijo ali, um último carinho. Levantei o deixando dormindo e saí em caminho ao lago.

A brisa batia no meu rosto e a água tocou meus pés me deixando arrepiada. Mergulhei na água logo deixando meu corpo relaxar e afundar. O ar começou a faltar e meus pulmões foram inundados, comecei a morrer lentamente.

[...]

Depois dá dor sentia a 𝘤𝘢𝘭𝘮𝘢𝘳𝘪𝘢. O pôr do sol estava ali, diante de meus olhos. E os gritos do menino tomou minha atenção, ele estava todo molhado com sua amada morta nos braços.

Nessa Azeredo-