Caught in a poorly made tangle; - KageHina

Capítulo Ⅵ - Investidas indecisas

  Por mais que Kageyama quisesse evitar ter mais encontros com o Homem Aranha, não tinha o poder para tal escolha. Passou a encontrar-se mais com ele, mas pelo menos seus encontros não eram tão "privados."

  De fato estava incomodando a si mesmo esses encontros. Não é nada normal o herói mais prestigiado de toda Nova York ficar se encontrando sempre com um mero cidadão e lhe dando um "bônus", um tratamento especial. O herói sempre dava mais importância para si e ficava se preocupando ao extremo.

  E isso era estranho. Por que se importava tanto consigo?

  Umas das questões que queria evitar que acontecesse era: não descobrir a identidade do herói. Isso lhe causava angústia, pois não queria carregar o peso de saber quem realmente era a pessoa que atuava por trás da máscara em busca de salvar todos os cidadãos da cidade. Quanto mais se aproximavam, mais suspeitas eram levantadas para o moreno, tentava o seu máximo para ignorá-las, mas as mesmas atraíam a sua atenção.

  Queria de toda forma esquecer o herói, mas estava sendo impossível. Xingava a figura heróica das piores formas possíveis em sua mente, pois era sua culpa por ter chegado naquela situação.

  E por não conseguir mais se segurar, começou a investigar. Todas elas levavam Hinata Shouyo como o principal suspeito. Não queria acreditar, por isso, buscou investigar novamente desde o início, mas sempre dava o mesmo resultado.

  E logicamente, fazia todo o sentido. Todas as pistas ou podemos dizer, "esfarrapadas" que o herói dava, eram interligadas ao ondulado. Não conseguia esconder a surpresa por ter descoberto isso, pois o ruivo era alguém totalmente bobo e desastrado.

  Não, eu preciso investigar mais. Não pode ser ele.

  Balançou a cabeça para o lado e para o outro, tentando manter o foco somente na situação a seguir. O moreno estava dentro do museu mais famoso da cidade, sendo um dos reféns. Um vilão totalmente paranóico colocou bombas em todo o museu, não eram evidentes e sim escondidas. Ele gargalhava alto, sua risada era maligna, e em meio a elas, Tobio só conseguia revirar os olhos e rir baixo por tamanha inocência pois, o vilão não tinha chances algumas de vencer o herói. Sabia muito bem que, não demoraria muito para ele chegar, o Homem Aranha. E dito e feito, logo apareceu ele, soltando suas teias e fazendo piruetas pelo ar. Era impressionante o fato de como ele se movia extremamente rápido, porém, também era belo. A multidão e os reféns ficaram eufóricos com sua chegada.

  Mais uma vez, sendo salvo pelo grandioso herói.

  Com tamanha eficiência, em questão de segundos derrubou todos os seus capangas. Recuou a maioria dos reféns antes da primeira bomba ter sido explodida, causando caos e desespero nas almas daquelas pessoas. Antes que um pedaço de uma coluna caísse sob um casal, ele esgueirou-se por baixo com agilidade raptando ambos e os deixando à salvo. Suspirou aliviado, jurava que não iria dar tempo de ele os salvar.

  Que homem astuto, porém, irritante para si.

  A segunda bomba foi explodida causando um enorme desequilíbrio nos andares de cima. Conseguiu por fim, retirar todos de lá de dentro, exceto Kageyama. Quando o herói chegou para o salvar, o vilão puxou-o pelo pescoço ameaçando o Homem Aranha de cortar sua garganta. "Porra!", pensou. Começou a se tremer dos pés à cabeça, tinha uma faca afiada encostada em seu pescoço, um único puxão para o lado ele morreria ali mesmo. Não conseguia se manter calmo em circunstâncias alguma. E o que fazia-o se sentir mais angustiado era ver o herói parado em sua frente, sem fazer praticamente nada.

  Ele estava arquitetando algo?

  — Porra! — Xingou baixo. — Me salve logo, caralho! — Pediu. O vilão forçou a lâmina afiada ainda mais em seu pescoço, fazendo um pequeno corte e dali começou a escorrer sangue.